Da vida, Das Mulheres: Olhares descolonizadores |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/04/2024 |
Área |
SOCIAIS E HUMANIDADES |
Orientador(es) |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
- Elni Elisa Willms
- Iara Quelho de Castro
- Paulo Cesar Duarte Paes
|
Resumo |
Trata-se de estudo teórico e ensaístico sobre a condição feminina e feminista brasileira atual, através do enfoque decolonial, e trabalho prático com o processo pictórico sustentado por este tema, desenvolvido pela autora, com a realização de exposição multimídia, sendo ela o sujeito da pesquisa. Propõe-se a reflexão sobre a vida das mulheres, chamadas “da vida”, a partir da representação ideológica socioeconômica atrelada à condição de gênero, que se mantém desde a ascensão do patriarcado neolítico, como instrumento de opressão cruel e eticamente vexatória para toda a humanidade. Propõe-se discussões sobre os sentidos da cultura, das representações ideológicas e toda ressignificação decolonial necessária para a superação deste quadro – Pesquisa artística, pesquisa teórica, pesquisa empírica junto ao público. Com ênfase no Feminismo Interseccional que elenca Gênero, Raça e Classe. Ações que representam desafios a um olhar técnico e político mais ousado, que rompa os muros.Digite aqui o resumo do seu trabalho |
Download |
|
|
O ensino de dança no período pós lockdown e suas relações com o período lockdown |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/03/2024 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Janete Rosa da Fonseca
- Marcelo Victor da Rosa
- Rosana Baptistella
|
Resumo |
Este trabalho tem como objetivo geral analisar o ensino das danças e seus artefatos culturais em tempos de pós-lockdown e identificar quais as suas relações com o período do lockdown. Esta pesquisa é caracterizada pela abordagem qualitativa, com uma entrevista semiestruturada realizada com profissionais da dança. As análises dos discursos foram pautadas utilizando as metodologias adotadas em três correntes teóricas fundamentais: Estudos Culturais, análise pós-crítica e Foucaultiana. Essas metodologias são essenciais para analisar de forma abrangente e crítica os fenômenos relacionados ao ensino e prática da dança no ambiente digital, proporcionando insights sobre as dinâmicas culturais e sociais envolvidas. A idade média dos docentes é de 32 anos, com 10 anos em média de atuação profissional. Em relação à formação profissional, 8 professores/as já possuem graduação, e todos/as os/as profissionais atuam em mais de uma vertente de dança e trabalham não apenas como professor/a de dança para poder complementar a renda. Podemos enfatizar que as aulas online desafiaram as hierarquias tradicionais de poder em sala de aula, encorajando abordagens mais colaborativas e horizontais no ensino da dança. Embora as aulas online possam oferecer vantagens em termos de flexibilidade e acessibilidade, a maioria dos professores e das professoras entrevistados/as consideram que o ensino presencial ainda é superior devido ao contato físico e à experiência sensorial que proporciona. Este estudo marca o início de uma jornada contínua de investigação, aonde o ritmo da pesquisa segue em harmonia com a tecnologia e a criatividade humana, dançando em sincronia na busca pela compreensão mais profunda desse universo em constante transformação. |
Download |
|
|
Cantigas de Capoeira de Mato Grosso do Sul: Currículos, Identidades e Poder |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2024 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Christian Muleka Mwewa
- Iara Quelho de Castro
- Marcelo Victor da Rosa
|
Resumo |
Esta pesquisa nasce do interesse em analisar as cantigas no universo da capoeira, investigando: como as cantigas de capoeira produzem identidades ao mesmo tempo em que tensionam as relações de poder? Para tanto, partimos da realidade da capoeira de Mato Grosso do Sul, a qual possui suas peculiaridades dadas pelo tempo e espaço da interação social e relações entre os sujeitos. O levantamento de dados foi realizado a partir de letras das cantigas de capoeira. Dessa maneira, utilizamos três diferentes artefatos culturais que trazem as cantigas de Mato Grosso do Sul, sendo: Um CD digitalizado no Youtube, na página Projeto Memória Fonográfica de Mato Grosso do Sul, denominado 1º Festival Nacional de Ladainha, outro artefato foi um CD gravado no ano de 2016 pelo grupo Camará Capoeira e, por fim, algumas cantigas isoladas encontradas no Facebook. Como resultados, podemos observar um ambiente cantado permeado por relações de poder às quais tensionam temas como violência, religiosidade e códigos de condutas/normas, assim como, cantigas que trazem identidades culturais ao mesmo tempo em que produzem uma capoeira com características locais que não é a capoeira baiana, mas sim, a capoeira de Mato Grosso do Sul, com todas as suas particularidades dadas pelo contexto regional. Para além, observamos que a pedagogia das cantigas em capoeira é um campo fértil para retratar a realidade presente vivida e que a princípio externam currículos, mas que também pode ser produtora de subjetividades diversas.
Palavras-Chave: Identidade. Currículo. Relações de Poder. Capoeira. Cantigas.
|
Download |
|
|
Travessias e Raízes - Identidades, Andanças e Conflitos na Narrativa de uma Família Paraguaia no Brasil |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2024 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Adir Casaro Nascimento
- Ana Paula Squinelo
- Helen Paola Vieira Bueno
- Janete Rosa da Fonseca
|
Resumo |
Esta pesquisa investigou como a experiência de refúgio e os conflitos políticos pós-Guerra Civil de 1947 no Paraguai influenciaram a formação dos descendentes de uma família paraguaia que migrou para o Brasil. Por meio da análise das narrativas pessoais, revelou-se como essas experiências moldaram as percepções de pertencimento e identidade dos descendentes, residentes em Mato Grosso do Sul, Brasil, mesmo sem tradições paraguaias. Este estudo visa contribuir para a compreensão das dinâmicas migratórias e seus impactos na formação do sujeito contemporâneo e da identidade cultural. Para isso foram utilizados autores da área dos Estudo Culturais como Stuart Hall, Homi Bhabha, Aimeé Bolaños, entre outros. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, utilizando a metodologia de História Oral e Autoetnografia, oferecendo uma abordagem das experiências da sujeita da pesquisa e sua família, afetadas por deslocamentos forçados e traumas de conflitos armados. A História Oral registra narrativas de forma autêntica, enquanto a Autoetnografia permite uma reflexão profunda sobre o impacto
desses eventos. Embasado em autores como Meihy e Portelli, o estudo adquire uma base teórica sólida. Meihy oferece diretrizes para coleta e análise de relatos, enquanto Portelli destaca a importância do contexto social e histórico. A principal técnica de coleta de dados foi a escuta sensível e a análise permitiu a investigação da história pessoal da sujeita, onde aborda a jornada de sua família que migrou do Paraguai para o Brasil, enfrentando desafios e mudanças ao longo do caminho. Destacam-se questões como identidade, resiliência e adaptação, evidenciando a importância da educação, do trabalho e das relações familiares na construção das experiências individuais e coletivas. As narrativas revelam as interseções entre gênero, poder e migração, bem como o impacto emocional das vivências passadas na formação das identidades. A busca por segurança, oportunidades e pertencimento é um fio condutor ao longo da história, refletindo as complexidades das experiências migratórias e suas implicações culturais e sociais. Esse
contexto é vital para os estudos culturais, pois oferece uma visão rica e multifacetada das
experiências individuais em contextos socioculturais diversos. Compreender os traumas
históricos enfrentados lança luz sobre questões fundamentais relacionadas à formação da
identidade cultural e individual em sociedades pós-modernas. Essa análise enriquece o campo dos estudos culturais ao fornecer entendimentos significativos sobre como as narrativas pessoais se entrelaçam com narrativas coletivas, como os indivíduos constroem sua identidade em meio a desafios históricos e como as experiências de deslocamento e adaptação afetam a percepção de si mesmos e de suas origens culturais. Portanto, a pesquisa não apenas amplia nosso conhecimento sobre o sujeito em estudo, mas também contribui para uma compreensão mais profunda da dinâmica cultural e social em geral.
Palavras-chave: Cultura, diáspora, família, Identidade, Identidade Cultural, Memória, Narrativas |
Download |
|
|
Deusas que dançam: análises sobre as subjetividades e relações de poder de professoras de Danças Pélvicas |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2024 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Mayara Cristina dos Santos Vieira
|
Banca |
- Marcelo Victor da Rosa
- Marina Brasiliano Salerno
- Vitor Hugo Marani
|
Resumo |
As Danças Pélvicas estão adentrando cada vez mais ao gosto dançante das mulheres, que
procuram por aulas que mexam com os quadris, não somente para aprenderem a rebolar,
mas, por meio das movimentações da pelve, poder libertar amarras que outrora nem se
sabiam que poderiam estar presas. O objetivo geral desta pesquisa foi investigar os
processos de subjetividades e relações de poder na constituição de mulheres professoras
de Danças Pélvicas. Já o objetivo específico, focaliza em problematizar tensionamentos
e deslocamentos por meio das complexidades e potencialidades observadas durante a
construção do percurso. Esta pesquisa perpassou pela metodologia qualitativa, no qual os
dados levantados foram produzidos por meio de dois instrumentos de pesquisa, um
questionário e uma entrevista semiestruturada, ambos de forma on-line, tendo a
participação de nove professoras de Danças Pélvicas. A investigação também atravessou
a metodologia da bricolagem, utilizando como ferramentas analíticas, as deusas
mitológicas, as análises do discurso foucaultianas, transitando pela interseccionalidade
numa abordagem construcionista e pela decolonialidade, articulando com os marcadores
sociais da diferença. Professoras que tiveram apoio familiar quanto às suas decisões em
suas trajetórias nas Danças Pélvicas, demonstraram que esse fator foi um facilitador para
se aprofundarem nos estudos das danças e em alguns casos, suas relações afetivas
acabaram por virar seus parceiros de trabalho. A religião também foi um ponto de
destaque nas análises, pois se apresentou controverso dentro do processo de vida das
entrevistadas, não apenas o cristianismo, mas principalmente ele, pela influência
enquanto um país colonizado. Outros fatores também constituíram para que essas relações
de poder e subjetividades fossem produzidas, como: gênero, raça, classe, sexualidade,
profissão, precarização do trabalho, machismo, preconceitos, assédios, escolarização,
renda, corpos, idade, privilégio, prostituição, sensualidade, sororidade, mídia e
tecnologias. Os resultados da pesquisa ofereceram diálogos e reflexões sobre o universo
das Danças Pélvicas, revelando ir para além de uma expressão artística, destacando seu
papel no cenário cultural e sua relevância na sociedade contemporânea. |
Download |
|
|
"PARECE UM POUCO ÓBVIO, MAS É DIFÍCIL FALAR": ENTREMEIOS DA PRÁTICA DOCENTE INCLUSIVA, DIFERENÇAS E EDUCAÇÃO FÍSICA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/12/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Marina Brasiliano Salerno
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Luís Henrique Domingues Verão das Neves
|
Banca |
- Camila Lopes de Carvalho
- Marcelo Victor da Rosa
- Marina Brasiliano Salerno
|
Resumo |
O processo de inclusão se desenvolve de modo gradual com objetivo de oportunizar, dentre outros elementos, uma educação inclusiva para todos/as os/as alunos/as, com destaque à pessoa com deficiência, foco deste trabalho. A presente dissertação objetivou analisar a prática docente e os aspectos didático-pedagógicos utilizados nas aulas de Educação Física escolar inclusiva. Especificamente, objetivou-se: a) identificar os aspectos didático-pedagógicos de professores e professoras de Educação Física em escolas estaduais de Campo Grande/MS, Anastácio/MS e Aquidauana/MS direcionados à inclusão de alunos com deficiência; b) analisar as formas de planejamento das aulas para turmas inclusivas; c) compreender o entendimento dos/das participantes da pesquisa sobre o processo de inclusão da pessoa com deficiência na Educação Física escolar. A presente pesquisa se configura de cunho qualitativo, descritivo-exploratório. Realizou-se a entrevista semiestruturada com treze docentes que atuam com turmas comuns do ensino fundamental ao médio. Os dados foram centralizados em três eixos de discussão: a) Inclusão: entendimento docente para além da teoria; b) Educação Física escolar: o quê, por quê, como e para quem; c) Fazer docente: percepções, estratégias e reflexos para ação inclusiva. Os/As docentes possuem compreensão ampla sobre inclusão, com predominância de vínculo ao trabalho efetivo conjunto entre alunos/as com e sem deficiência. As facilidades para a prática docente versaram sobre: apoio pedagógico; formação docente; e interação entre os/as discentes. Já em relação aos desafios foram elencadas: formação inicial e continuada; recursos materiais e ausência do apoio pedagógico. Em relação à Educação Física escolar, os objetivos transitaram entre desenvolvimento motor, socialização, e execução das propostas. No que se refere aos conteúdos, observa-se uma variedade, mesmo que o Esporte apareça com mais intensidade, voltando-se aos documentos legais como norteadores para a seleção do conteúdo. No que se refere à prática pedagógica, é notório a contemplação de um planejamento unitário, no entanto, ele não registra as especificidades dos alunos com deficiência, as adequações, quando necessárias, são realizadas no próprio contexto da aula, e não dialogam com os/as estudantes com deficiência. A partir dos dados, observou-se que a maioria dos/das docentes não se sente apto para atuar com aluno com deficiência, entretanto, demonstraram preocupação constante sobre continuar aprendendo para sanar possíveis lacunas de sua atuação, assim, tal preocupação reflete no entendimento de suas aulas serem inclusivas haja vista que a intenção da participação efetiva de todos/todas se mostra no discurso das pessoas entrevistadas. Nota-se, então, que a prática docente é multifatorial e influenciada pela compreensão do que é e dos objetivos da Educação Física escolar e que os aspectos didático-pedagógicos sobressaem a simples adequação de aulas, mas envolve o conhecimento docente sobre a deficiência e o diálogo entre professores/professoras, entretanto, o diálogo com discentes com deficiência e comunidade não foi considerado pelas pessoas entrevistadas. Dessa forma, compreendemos que os/as docentes não trabalham sozinhos para a reflexão da prática, buscando apoio em seus pares, entretanto, ainda não trazem as/os discentes com deficiência para serem parte do processo de reflexão e planejamento das propostas. |
Download |
|
|
O Apocalipse Brasileiro em Narrativas e Traços: as charges e caricaturas da Laerte do Brasil de 2018 |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Fabio da Silva Sousa
- Helen Paola Vieira Bueno
- Silvana Colombelli Parra Sanches
|
Resumo |
|
Download |
|
|
O Apocalipse Brasileiro em Narrativas e Traços: as charges e caricaturas da Laerte do Brasil de 2018 |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Fabio da Silva Sousa
- Helen Paola Vieira Bueno
- Silvana Colombelli Parra Sanches
|
Resumo |
Este trabalho é incluso no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais do Campus de Aquidauana/ PPGCult/CPAQ da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/UFMS pela linha de pesquisa Sujeitos & Linguagens. Tem como proposta analisar as tirinhas e charges da cartunista Laerte Coutinho publicadas em sua conta oficial no Instagram (@laertegenial) durante os últimos três meses do ano de 2018 na conjuntura das eleições para presidência do Brasil em que Jair Messias Bolsonaro, candidato de extrema direita do Partido Social Liberal (PSL), seria eleito. A coleta de dados se deu a partir da seleção das artes que Laerte Coutinho produziu e postou em sua rede social no momento em questão e que estavam em conformidade com os temas em análise. Para resgatar e ajudar selecionar os acontecimentos do ano que se passou a pesquisa foi usado como suporte o livro do jornalista Mario Magalhães “2018, sobre lutas e lágrimas” que traz uma miríade de acontecimentos aberrativo, que embora recentes em relação ao tempo da escrita da dissertação, de tão numeroso, é praticamente impossível ter uma retrospectiva apenas remetendo à memória. Para pesquisas jornalísticas e dados governamentais, houve acesso a jornais digitais como “Folha de São Paulo”, The Intercept Brasil e ”Brasil de Fato” além de sites como dos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para embasamento dos Estudos Culturais, as leituras, entre outras, de Maria Elisa Cevasco “Dez lições sobre os Estudos Culturais”; Richard Johnson, Ana Escosteguy e Norma Schulman “O que é, afinal, os Estudos Culturais?”. Em relação ao conhecimento sobre os quadrinhos, foi dedicado leitura aos livros “Desvendando os quadrinhos” de Scott McCloud, “História da história em quadrinhos”, de Álvaro de Moya e “Quadrinhos e arte sequencial”, de Will Eisner. Como resultado, fica a sensação de que o Brasil flertou com o apocalipse. Palavras-chave: Tirinhas. Estudos Culturais. Laerte Coutinho. Eleições 2018.
Palavras-chave: Tirinhas. Estudos Culturais. Laerte Coutinho. Eleições 2018. |
Download |
|
|
A presença de estudantes indígenas no IFMS/Campus de Aquidauana |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Iara Quelho de Castro
- Noemia dos Santos Pereira Moura
- Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
|
Resumo |
Esta dissertação busca refletir sobre a presença dos estudantes indígenas Terena no Instituto Federal – Campus Aquidauana/ MS. Os objetivos são compreender e constatar a permanência dos estudantes indígenas nos cursos de Ensino Médio Integrado de Edificações e Informática do IFMS, campus Aquidauana. Identificando as motivações e os contextos vivenciados pelos estudantes indígenas para sua permanência e conclusão nos cursos de Ensino Médio Integrado do IFMS/ campus Aquidauana. A metodologia da pesquisa utilizada consiste em pesquisa qualitativa bibliográfica e quantitativa, utilizamos como principais suportes teóricos para este trabalho Mülling (2018); Cardoso (2004); Luciano (2006, 2017). Os procedimentos metodológicos utilizados foram levantamento bibliográfico sobre o contexto social, histórico e educacional da população indígena terena, bem como as especificidades do ensino integrado de nível médio dos IFs, aplicação do questionário e roda de conversa com os estudantes indígenas. Dos 27 estudantes matriculados nos cursos de Ensino Médio, 9 aceitaram participar da pesquisa, as respostas constam no transcorrer do texto. Constatou-se que o transporte escolar e a interação entre outros estudantes são fatores que contribuem para a convivência, diálogo e formação dos estudantes indígenas dentro do IFMS/ campus Aquidauana, mas que também podem ser fatores que contribuam para a evasão dos estudantes indígenas. |
Download |
|
|
ONDE ESTÃO OS BRANCOS?: Desvelando a branquitude na Arte Brasileira |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Rafael Dantas de Oliveira
|
Banca |
- Igor Moraes Simões
- kleber Antonio de Oliveira Amancio
- Marcelo Gustavo Lima de Campos
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
- Murilo Sebe Bon Meihy
|
Resumo |
A partir dos Estudos Culturais (Hall, 2013a, 2013b ; Restrepo, 2014), Estudos Críticos da Branquitude (Bento, 2002, 2022; Cardoso, 2020; Carone, 2014; Schucman, 2020; Sovik, 2004) e Arte Brasileira, esta dissertação tem como objetivo geral identificar, compreender e analisar os padrões característicos e organizacionais da branquitude na Arte Brasileira (Hall, 2013a, 2013b), e partindo da compreensão dos Estudos Culturais de cultura enquanto poder e vice-versa, em que se estuda a organização geral em um caso particular, recorro ao contextualismo radical e ao pluralismo metodológico da seguinte forma: primeiro, identifico e analiso a construção social e histórica da branquitude e seu funcionamento, assim como sua autoidentificação, na qual se manifesta a contradição estratégica da branquitude. Em seguida, a partir da historiografia da arte afro-brasileira de autoria branca (Conduru, 2007, 2009; Cunha, 1983; Rodrigues, 1904; Valladares, 2018) e da produção da representação no campo da arte – a partir da ideia de “imagem em negativo” (Sovik, 2017) e do conceito “objetos em estado de exposição” (Simões, 2019), analiso como a branquitude ao produzir o Outro produz a si mesma (Carneiro, 2023; Fanon, 2020; Faustino, 2017; Kilomba, 2019), e como resultado, identifico, nomeio e conceituo o racismo visual. A seguir, subvertendo a lógica de poder do olhar branco (hooks, 2019), tomo a crítica à branquitude realizada por artistas afro-brasileiros, e revisito a historiografia da Arte Brasileira de autoria negra (Amancio, 2021; Munanga, 2018; Nascimento, 2018; Ribeiro, 2020; Simões, 2019) a fim de conceituar a arte branco-brasileira. Por fim, faço alguns apontamentos sobre a atuação de sujeitos brancos, e advogo a favor da morte da branquitude na Arte Brasileira (Yancy, 2022). |
Download |
|
|
O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E AS RELAÇÕES DE GÊNERO: REFLEXÕES DE UMA EDUCAÇÃO PARA A DIFERENÇA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
- Marcelo Victor da Rosa
- Guilherme Rodrigues Passamani
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Guilherme Rodrigues Passamani
- Leandro Teófilo de Brito
- Marcelo Victor da Rosa
- Marina Brasiliano Salerno
|
Resumo |
Os estudos de gênero têm avançado no contexto contemporâneo, intensificando, desta forma, as discussões sobre as políticas públicas que envolvem essa temática. Nesse sentido, esta proposta de pesquisa se justifica por problematizar as construções de gênero no espaço escolar e dissertar como os gêneros e suas conexões atravessam esse contexto. Nesse aspecto, o estudo teve como principal objetivo investigar como os/as docentes, que atuam nos anos finais do ensino fundamental da rede estadual de Resende (RJ) e da rede municipal de Quatis (RJ), elaboram conteúdos e propostas que tratam de diferenças históricas das constituições dos gêneros. Como objetivos específicos, a pesquisa buscou apresentar uma discussão sobre as relações de gênero nas aulas de Educação Física, analisar o processo de diferenciações por meio das relações de gênero nas aulas de Educação Física e visibilizar problematizações sobre o modo e as possibilidades de fazer uma Educação Física pautada em um currículo cultural que aborde as questões de gênero. Por meio de uma investigação qualitativa, a produção dos dados em campo efetuou-se de entrevistas semiestruturadas com professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental da rede pública estadual da cidade de Resende/RJ e da rede pública municipal da cidade de Quatis/RJ. Participaram do estudo de campo 13 professores homens e as entrevistas aconteceram de forma remota e presencial. As análises dos discursos foram pautadas a partir das contribuições dos estudos pós-críticos. Ao analisar o perfil dos interlocutores, observamos que a maioria é de classe média, são negros, professantes do Cristianismo e apenas um possui deficiência. Além disso, tendo em vista o gênero como proposta analítica, tencionamos para refletir e indagar como esse conceito é utilizado e mobilizado pelos professores na prática pedagógica. Muitos deles problematizam esse conceito apenas quando aparece em conflitos durante a aula e outros preferem não falar sobre essa temática. Apesar de terem sido observados esforços de alguns docentes em tentar propor conteúdos que se afastam de um currículo tradicional, a maioria detém discursos pautados nos aspectos biológicos aos quais justificam enunciações para as elaborações de conteúdos tradicionais nas práticas pedagógicas. Foi percebido que os conteúdos propostos por esses docentes, muitas vezes, são marcados por representações generificadas os quais naturalizam as feminilidades e masculinidades dos/as educandos/as. Percebemos também, que nos olhares dos professores desse estudo, ao trabalhar com turmas mistas, já seria suficiente para atingir a igualdade e o respeito pelas diferenças entre alunos/as. Constatamos que as masculinidades dos docentes estão constituídas, ocasionando sempre disputas de poderes e jogos de subalternidades, por meio de processos linguísticos, discursivos e simbólicos, por intermédio dos marcadores sociais da diferença. Nesse aspecto, percebemos professores que tendem a seguir uma hegemonia e também existem aqueles que borram as fronteiras, direcionando para masculinidades plurais. Por fim, mesmo que os professores não tenham citado o currículo em uma perspectiva cultural, encontramos enunciações que viabilizem propostas curriculares de temas e conteúdos que se aproximam dessa abordagem.
Palavras-chave: Currículo, Gênero, Diferença, Educação Física escolar.
|
Download |
|
|
A RESISTÊNCIA INDÍGENA NO ESTADO PLURINACIONAL: UM ESTUDO CULTURAL A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO BOLIVIANA DE 2009 |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Iara Quelho de Castro
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
- Sandra Nara da Silva Novais
|
Resumo |
O que vem se sucedendo na Bolívia é uma verdadeira revolução cultural que é resultado de um longo processo de resistência indígena. Depois de mais de 180 anos de uma conflituosa história republicana em que os povos indígenas foram subalternizados e sendo a Bolívia um dos países mais pobres, desiguais e excludentes da América Latina, um governo como o de Evo Morales, aliado a uma nova Constituição, representa uma verdadeira revolução simbólica e uma nova época para esta sociedade andina. Uma época em que os atores indígenas não são mais representados por outros, como foram no passado, onde as suas identidades se subsumiam abaixo das identidades campesinas e obreiras, agora, falam por sua própria conta e as suas identidades étnicas se põe ao encontro do cenário político de uma maneira renovada. Dessa forma, objetivamos analisar a resistência indígena no Estado Plurinacional boliviano, buscando compreender: conflitos e contradições quanto ao reconhecimento do modelo de Estado; das Autonomias; da oficialização de línguas indígenas; da economia; da Justiça comunitária; da cultura; da representação política dos povos minoritários e as tentativas pluralistas de reforma política e do complexo processo de acordo político presentes na construção do Estado Plurinacional boliviano. Como fontes deste estudo utilizamos, além da própria Constituição, de normas correlatas, de sites, de atlas eleitoral, da imprensa boliviana, do “Servicio Estatal de Autonomías” e de documentos de diversas organizações da Bolívia e de pronunciamentos proferidos por diversas autoridades bolivianas. O referencial teórico para este estudo foi constituído, sobretudo, pelos autores Salvador Schavelzon e Álvaro García Linera. Concluímos que aimarás liberais, socialistas indianistas, mestiços pachamânicos e republicanos comunitaristas, ao lado de formas “selvagens”, comunitárias ou em busca de soberania e inclusão social foram incluídos na Constituição indefinida, com silêncios estratégicos e negociações forçadas, que resultaram na coexistência de vozes e perspectivas cosmopolíticas distintas. Da mesma maneira, foi possível constatar que a forma republicana foi questionada por diferentes maneiras de compreender a propriedade (com a territorialidade coletiva e reconhecimento da ancestralidade), a forma representativa de governo (com a inclusão da representação direta dos povos no parlamento), o sistema jurídico do direito positivo (com a jurisdição indígena camponesa) e a divisão de poderes (com o controle social). Assim, no novo texto encontramos: acordos, pontos intermediários, contradições e afirmações que vão em distinta direção. Essas formas políticas justapostas e combinadas foram acessadas por meio da “leitura” e do “olhar” — leia-se, análise cultural — abertos à diferença e a complexidade — do fenômeno cultural —, tendo por metodologia a “centralidade da cultura”, em que se vislumbra a possibilidade de interseção entre áreas do conhecimento no que se refere também para além dos mecanismos intra-discursivos do texto, bem como pela instrumentalização do conceito das "duas bolívias" desenvolvido por Salvador Schavelzon, que consiste na leitura da realidade boliviana expressada na fratura e divisão irreconciliável, mas não só isso, deriva-se da cosmologia andina em imagens do encontro, da mistura e da combinação, do diálogo, e ainda pela forma como Álvaro García Linera coloca o problema da plurinacionalidade, nas condições atuais do Estado e do capitalismo na sociedade Boliviana, por meio da operacionalização dos seus conceitos de republicanismo do cumum ou republicanismo comunitário, Estado Integral e capitalismo andino-amazônico. Como se sabe, não é preocupação apriorística dos Estudos Culturais desvelar a maneira como o receptor interage com o texto, mas sim perceber como as estruturas imanentes geram o seu sentido. Este estudo faz, portanto, uma abordagem, tanto intra-textual, como calcada em suas lacunas.
Palavras-chave: Resistência indígena; Estado Plurinacional boliviano; Constituição boliviana de 2009 (CPE). |
Download |
|
|
CORPO ENCANTADO: a (in)corporação de caboclas e caboclos no Templo de Umbanda Pai Oxalá |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/09/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Thaís Monique Batista Constantino
|
Banca |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
- Murilo Sebe Bon Meihy
- Róbson Pereira da Silva
|
Resumo |
Esta dissertação tem como tema de reflexão os corpos de terreiro, especificamente a (in)corporação de caboclas e caboclos em terreiros de Umbanda. A escrevivência de Conceição Evaristo é utilizada enquanto ferramenta metodológica, uma vez que as reflexões apresentadas evocam meu corpo-memória e se cruzam/somam às bibliografias, construindo, questionando, criando e compreendendo conceitos e construções histórico-sociais ligados à religião Umbanda, à (in)corporação, seus elementos e seus sujeitos. Os temas abordados perpassam o terreiro, tanto em suas dimensões físicas e simbólicas, e exploram a relevância do corpo nas religiões afro-brasileiras, especialmente no contexto da (in)corporação. Adicionalmente, a pesquisa discute a importância e a identidade das caboclas e caboclos em terreiros de Umbanda. A pesquisa adota uma perspectiva decolonial, visando devolver/reconstituir ao corpo, e a religião como um todo, historicamente subalternizados suas próprias noções de significação. Utilizo a revisão bibliográfica como metodologia de pesquisa, observação participante nas giras de caboclas e caboclos no Templo de Umbanda Pai Oxalá, localizado em Campo Grande – MS, e entrevistas com médiuns de (in)corporação e algumas entidades caboclos a partir de questionário pré-estruturado. Os principais autores e conceitos utilizados são Graziela Rodrigues com corpo mastro, experivivência e coabitação; Luiz Rufino e Luiz Antonio Simas que discutem o carrego colonial, supravivência, caboclos e encantamento. Diante da constatação de que a colonialidade se fundamentou na descredibilização de diversas formas de ser, saber e fazer, bem como na dominação, perseguição e na morte, tanto física quanto simbólica, este estudo revela que a (in)corporação representa uma subversão desse projeto de desencanto. A (in)corporação possibilita o contato com diversas memórias de existência e energias vitais, sendo o corpo o local onde o axé está presente, permitindo assim a ruptura com a disciplinação dos corpos e dos cultos, desafiando a lógica imposta.
|
Download |
|
|
COMUNIDADE FURNAS DOS BAIANOS: DA CONQUISTA DA PROPRIEDADE À RESISTÊNCIA POR UMA IDENTIDADE QUILOMBOLA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/08/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
|
Coorientador(es) |
- Peterson José de Oliveira
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
- Ana Paula Archanjo Batarce
- Peterson José de Oliveira
- Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
|
Resumo |
O presente trabalho tem por finalidade pesquisar, levantar e entender como se originou a comunidade quilombola Furnas dos Baianos ao longo de sua trajetória buscando ainda compreender o processo de reconhecimento destes povos e de suas identidades quilombolas, que são vitais para o processo de regularização do território desta comunidade. No Brasil, o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação de terras ocupadas por remanescentes de quilombos se constituiu de forma muito burocrática e morosa, devido à falta de interesse do poder público em reconhecer a população negra como pertencentes à história de nosso país, bem como pelo fato de os interesses políticos existentes serem opostos ao processo de efetivação dessas propriedades na forma do artigo 68 dos atos de disposições constitucionais transitórios de nossa atual Constituição. O trabalho busca evidenciar a história dessa comunidade, seus costumes, suas tradições; a ligação que estabelecem com o espaço em que vivem e as relações dessas pessoas com a terra que ocupam. Busca-se também pesquisar e refletir sobre as comunidades tradicionais, como conseguiram se perpetuar ao longo do tempo diante das alterações trazidas pela sociedade moderna, dan-do ênfase à comunidade quilombola Furnas dos Baianos. Abdias do Nascimento e Beatriz Nascimento, intelectuais importantes para a discussão da temática, já denunciavam esse processo de subalternização do povo negro como elemento estruturante da sociedade escravocrata e mandonista no Brasil. Abdias do Nascimento deixa claro que essa condição subalternizada e a continuidade do colonialismo fazem parte do modus operandi estatal, seja ele monárquico ou republicano. Concordando com a historiadora Beatriz Nascimento, consideramos que qualquer atitude de associação seria quilombo, desde que buscasse maior valorização da herança negra. Assim, trabalhamos com a noção estendida de quilombo para compreender a legitimidade da luta da comunidade Furnas dos Baianos frente aos arranjos políticos locais de reconhecimento da sua identidade. A análise qualitativa envolveu pesquisa de campo, bibliográfica e documental. Metodologicamente, partimos da análise documental acerca de todos os textos legislativos (leis, decretos, portarias e resoluções) concernentes às matérias inerentes ao reconhecimento do direito de propriedade aos povos quilombolas, bem como do levantamento de teses e dissertações sobre a temática e entrevista. A pesquisa foi realizada em duas partes: a primeira consistiu em uma pesquisa de campo exploratória e consultiva, onde se realizou entrevistas com um morador da comunidade quilombola Furnas dos Baianos, o Sr. Antônio dos Santos conjuntamente com a Presidente da Associação de Moradores da comunidade a Sra. Ivete Carrera Pires, e outras duas entrevistas separadas, com antigos moradores da comunidade quilombola os Srs. Antônio Correa dos Santos e Joel Silva Ferreira, totalizando quatro entrevistados, em três entrevistas distintas, buscando entender a formação, os costumes, as tradições e a forma de manutenção dessas famílias como comunidade; a segunda foi a pesquisa documental de textos, vídeos, documentos legislativos, buscando entender o processo histórico e antropológico de formação e reconhecimento da comunidade como quilombo. Desvendar a história da comunidade Furnas dos Baianos não foi nada fácil, pois trata-se de uma comunidade que possui um histórico de formação único, quando comparado ao processo tradicional de formação de outras comunidades no Mato Grosso do Sul. A comunidade hoje vive um processo de reconhecimento de sua identidade quilombola através da incorporação dos costumes e tradições dos povos ancestrais, na busca de sua perpetuação como povo quilombola diante dos desafios e das mudanças ocorri-das ao longo do tempo. |
Download |
|
|
A OBRA HIBISCO ROXO E A LIBERDADE, TRANSGRESSÃO E AGÊNCIA DAS MULHERES |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/08/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Carla Drielly Costa Santana
|
Banca |
- Aguinaldo Rodrigues Gomes
- Diana Milena Heck
- Iara Quelho de Castro
- Paula Manuella Silva de Santana
|
Resumo |
Digite neste local Durante a maior parte da história, a mulher foi impedida de acessar a educação formal,
consequentemente a produção literária não era uma possibilidade existente em sua
vida. No campo social, entretanto, apesar das conquistas, muitas mulheres não se
viam representadas no movimento feminista, uma vez que a realidade de suas
organizadoras, que eram brancas, bem como suas produções literárias divergiam da
realidade das mulheres africanas/asiáticas/indígenas/afro-americanas. Destarte,
fazia-se necessário pensar uma literatura para além do pensamento
hegemônico/ocidental/branco, que possibilitasse a entrada em cena de histórias que
convidam o leitor a refletir sobre as desigualdades e assimetrias existentes no mundo.
Chimamanda Ngozi Adichie se encontra nesse contexto de escritoras que ousam
apresentar, discutir e refletir em sua produção literária o cotidiano de povos
atravessados pela colonização enquanto colonizados, e é neste sentido que o
presente trabalho se propõe a analisar a obra Hibisco Roxo (2003), de Adichie,
atendo-se a como as personagens femininas constroem espaços de transgressão,
agência, liberdade e resistência dentro de um contexto de colonialidade. Como
referencial teórico, estão presentes as contribuições dos Estudos Pós-Coloniais com
Spivak, Hall, Fanon, Said, Bhabha; dos estudos decoloniais, com Lugónes, Quijano,
Mignolo, Maldonado-Torres, Gonzalez; das teorias e críticas africanas, a exemplo de
Amadiume, Oyewùmí, Ogunyemi, Hudson-Weems, Ogundipe-Leslie e a própria
Adichie; além de análises conceituais a partir de autores como Foucault, Weber,
Giddens, Latour, Butler. Assim, trata-se de adentrar, através da pesquisa e da
literatura, na realidade pós-colonial de uma literatura feminina através da qual as
mulheres existem, resistem e escrevem sobre o que isso significa. Ao analisar as
personagens verifica-se a presença do desejo como manifestação intrínseca da
liberdade e sua efetivação no ato de transgressão encontram na agência a
possibilidade de transposição de sua latência para o universo das relações de poder,
onde seu papel é de redesenhar estruturas a partir das ferramentas com que a própria
sociedade se reproduz.o resumo de seu trabalho |
Download |
|
|
O ensino de artes visuais frente à modernidade/colonialidade: a narrativa eurocêntrica dos currículos e uma proposta de aulas oficina desobedientes |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/08/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Ana Paula Squinelo
- Flávio Vilas-Bôas Trovão
- Janete Rosa da Fonseca
- Simone Rocha de Abreu
|
Resumo |
Esta dissertação parte do problema de investigação acerca de qual a narrativa da história da arte presente nos documentos curriculares e manuais didáticos que normatizam o ensino de artes visuais na cidade de Campo Grande-MS. A partir do método dedutivo com uma abordagem qualitativa em uma perspectiva decolonial, busca-se compreender como a construção dos referenciais curriculares que orientam e normatizam a educação básica refletem nos processos de ensino-aprendizagem, partindo da hipótese de que referenciais latino-americanos são invisibilizados e deslegitimados nas aulas de arte, contribuindo para a manutenção da colonialidade do poder (QUIJANO, 2005). São realizadas análises de conteúdo no Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande-MS (Reme) e em conteúdos selecionados em quatro volumes (6º ao 9º ano) do manual da/o professora/or da coleção “Por toda pARTE”, da editora FTD, adotada pela rede municipal para o quadriênico 2020-2023; a coleção faz parte do Plano Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Reflete-se junto a Silva (2013) e Arroyo (2013) em relação às teorias críticas do currículo e sua concepção de território de constante disputa de tensionamento de saberes e a Bittencourt (2002), Choppin (2004) e Rüsen (2009) acerca da metodologia de análise do manual didático considerando-o um instrumento complexo e multifacetado. Deste modo, o objetivo geral da pesquisa é analisar pontos de des/obediência docente (MOURA, 2018) a respeito do discurso presente nos conteúdos apresentados por ambos os instrumentos de análise e a construção de um material didático composto por quatro aulas-oficina, cujo conteúdo seja desobediente à lógica moderna/colonial que impera sobre as epistomologias do Sul. Foi possível perceber que o Referencial da Reme é essencialmente eurocentrado em seus conteúdos, sobretudo em relação à cronologia da história da arte, assim como a narrativa inscrita no discurso dos manuais didáticos. Ambos os instrumentos marginalizam movimentos, obras, artistas, conceitos e tendências produzidas fora do eixo Europa-EUA, produzindo uma ideia de “cultura da repetição” (RICHARD, 2012). Portanto, esta dissertação oferece um material didático cujo objetivo é a instrumentalização docente para o exercício da desobediência à centralização da epistemologia euro-estadunidense nos processos de ensino-aprendizagem em artes visuais, voltando seus olhares para a paisagem sociopolítica, cultural e artística de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, oferecendo um contragolpe à educação condicionada à lógica capitalista/moderna/colonial. |
Download |
|
|
A PRÁTICA DAS ROÇAS ENTRE OS TERENA DA ALDEIA IPEGUE: PERMANÊNCIAS E ATUALIZAÇÕES |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/07/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Iara Quelho de Castro
- Lenir Gomes Ximenes
- Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
|
Resumo |
Esta pesquisa tem por finalidade demonstrar a prática das roças realizadas pelos Terena moradores da aldeia Ipegue, na Terra Indígena Taunay/Ipegue, localizada no município de Aquidauana-MS. Nesse sentindo, privilegiou as discussões realizadas pelos trabalhos desenvolvidos por pesquisadores indígenas, também foi elaborado um roteiro de perguntas, que compôs um questionário aplicado para doze moradores da aldeia. As respostas das questões foram analisadas e se constituíram nas principais informações dessa pesquisa. Pois foi por meio das informações obtidas com os agricultores indígenas que esse texto foi produzido, uma vez que permitiram demonstrar que os trabalhos nas roças ainda são realizados pelos Terena, tanto para agricultura de subsistência, quanto para comercializarem os seus produtos na própria aldeia, assim como nas aldeias vizinhas e também nas cidades próximas. Dessa maneira, mantendo a prática das roças entre eles. |
Download |
|
|
O GRITO DA “MULHER DO FIM DO MUNDO”: FEMINISMO DESCOLONIAL, SUBJETIVIDADES E REBELDIAS NA VIDA E OBRA DE ELZA SOARES (1930 – 2022) |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/05/2023 |
Área |
SOCIAIS E HUMANIDADES |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Larissa Papa Nogueira Martins
|
Banca |
- Ana Paula Squinelo
- Fabio da Silva Sousa
- Raffaella Andrea Fernandez
|
Resumo |
Considerando a diversidade social existente, é preciso compreender que a luta por mais igualdade e acesso a direitos dificilmente acontecerá de forma simplista e homogênea. Ela, possivelmente, apresentará complexidades que atravessam toda a constituição de um sujeito social, histórico e político. Trataremos da mulher negra que diante das especificidades de sua história, reivindica por igualdades de direitos que considere as suas vicissitudes. Nesse estudo, para trabalhar o feminismo negro, utiliza-se como recurso analítico o conceito de interseccionalidade. Discute-se, ainda, aspectos como a subjetividade da mulher negra, que não somente vê-se oprimida pelo engendramento de estruturas inerentes ao sistema capitalista que impactam sua realidade econômica e social, como também a sua saúde mental. Os procedimentos metodológicos envolvem a pesquisa de linguagens culturais da biografia e produção artística da cantora, Elza Soares, a fim de analisar, considerando a perspectiva dos Estudos Culturais, as suas contribuições para os estudos e movimentos antissexista, antirracista e descoloniais.
Palavras-chave: Feminismo decolonial; Interseccionalidade; Estudos Culturais; Resistência; Elza Soares. |
Download |
|
|
RACISMO NO AMBIENTE PROFISSIONAL ESCOLAR A PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE COXIM, MATO GROSSO DO SUL |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/04/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Marcelo Victor da Rosa
- Miguel Rodrigues de Sousa Neto
- Róbson Pereira da Silva
|
Resumo |
Neste trabalho, as percepções que trabalhadores/as da educação básica municipal, estadual e federal da cidade de Coxim, no Mato Grosso do Sul, têm em relação ao racismo no ambiente profissional escolar são levantadas e analisadas. Considerando que o racismo se manifesta de diversas maneiras no Brasil, buscou-se identificar como as tensões étnico-raciais são per-cebidas nas relações profissionais que se estabelecem no ambiente escolar, e, ainda, conhe-cer a importância que os/as trabalhadores/as da educação atribuem ao diálogo e às capacita-ções (formação continuada) relativas ao tema. Buscou-se, também, identificar quais estraté-gias e políticas são adotadas pelos/as gestores/as frente ao combate à discriminação racial no ambiente de trabalho. O presente estudo, com abordagem metodológica qualitativa, por meio do emprego de questionário on-line estruturado com perguntas abertas e fechadas, para dialogar com os/as profissionais de três instituições públicas de ensino (uma da esfera mu-nicipal, uma da estadual e uma federal, todas localizadas no município de Coxim, Mato Grosso do Sul), encontra-se aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A pesquisa está ancorada no campo teórico dos Estudos Culturais, por meio da discussão que ele possibilita sobre os conceitos de cultura, de raça e de racismo nas práticas cotidianas da sociedade. En-tre os principais resultados da pesquisa está que os/as trabalhadores/as da educação reconhe-cem que o racismo existe, mas, ao mesmo tempo, o veem como algo que está distante deles e da escola, situação que ficou evidente quando 72,5% dos/as trabalhadores/as da educação disseram perceber o racismo como um problema estrutural. Mas, em contrapartida, 40% afirmam nunca ter, de forma consciente e/ou inconsciente, discriminado alguém em razão da cor, e somente 27,5% cogitam essa possibilidade; 87,5% dos/as profissionais admitem a importância do diálogo e da capacitação a respeito da discriminação racial; e há, entretanto, registros de servidores/as docentes que discordam e consideram que os/as servidores/as já são esclarecidos o suficiente sobre o assunto; 61% dos/as servidores/as desconhecem se a instituição onde atuam possui ou não políticas internas de combate ao racismo; 63% não sabem opinar sobre a atuação dos/as gestores/as frente a essa questão. A partir das manifes-tações de servidores/as, gestores/as e demais órgãos e entidades ouvidos, verificou-se que, quando há o implemento de políticas e/ou ações internas de combate ao racismo, essas são pontuais e ficam restritas, quase que exclusivamente, ao universo curricular e/ou docente, sem levar em conta que a instituição de ensino é formada por diferentes profissionais que , em atuação conjunta, protagonizam o processo educativo.
PALAVRAS-CHAVE: racismo; trabalhadores da educação; ambiente profissional escolar. |
Download |
|
|
AUTO DO CARÃO: ESTUDO SOBRE AS IDENTIDADES CULTURAIS DOS POVOS AMAZÔNIDAS ATRAVÉS DAS CIRANDAS DO AMAZONAS |
|
Curso |
Mestrado em Estudos Culturais |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2023 |
Área |
INTERDISCIPLINAR |
Orientador(es) |
- Patricia Zaczuk Bassinello
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Fabio da Silva Sousa
- Milton Augusto Pasquotto Mariani
- Patricia Zaczuk Bassinello
|
Resumo |
Este trabalho visa refletir a constituição das identidades dos povos amazônicos numa
perspectiva histórica e cultural, que vai desde migração histórica europeia até a migração
nordestina nos meados do século XX. Trata-se de uma pesquisa baseada na história do sujeito
da Amazônia em diálogo com os Estudos Culturais, enfatizando as identidades culturais e da
hibridização cultural ao longo dos tempos através das cirandas do Amazonas. Faremos um
diálogo com os autores Raymond Williams, Stuart Hall e Nestor Garcia Canclini para
entendermos os conceitos de cultura, de identidades culturais e o processo de hibridização
cultural. Iremos destacar os principais marcos históricos de conflitos e o posicionamento dos
povos habitantes da região quanto a afirmação de suas identidades diante dos europeus, assim
como as principais transformações vividas pelas cirandas ao longo do tempo e o ponto de tensão
entre suas narrativas. Tais fatos descrevem a postura do homem amazônida frente a uma
sociedade globalizada, padronizada e em processo de homogeneização cultural e que, mesmo
com a romantização de sua imagem por parte do poder público, vive ainda uma ruptura social
capaz de colocá-los em condições de descaso e de subalternização. Os povos amazônidas, assim
como adeptos ao processo de globalização, viram no interstício a oportunidade negociação e de
relação de poder frente as transformações exigidas pela modernidade e à manutenção de
tradições culturais nas suas cirandas. |
Download |
|
|