Mestrado em Estudos Culturais - AQUIDAUANA

Elaboração e depósito de dissertação de mestrado em Estudos Culturais. Defesa pública de dissertação de mestrado em Estudos Culturais.

Atividades práticas de ensino e orientação de pesquisa na graduação. A relação do pós-graduando com a docência, mediada por professores regentes em disciplinas da graduação.

O século XX foi marcado pelo desenvolvimento dos chamados “Estudos Culturais”, uma área do conhecimento alicerçada na interdisciplinaridade, e que se constituiu como uma nova perspectiva teórico-metodológica. O contexto político, econômico, social e cultural da segunda metade do século XX favoreceu um conjunto de reflexões que se debruçaram sobre temas e dilemas apresentados pelo mundo pós-colonial, tais como as noções de alteridade, hibridismo, pluralidade da ideia de nação,
subalternidade, entre outros. A partir desse conjunto de questões culturais, essa disciplina pretende discutir certas temáticas teóricas que fundamentam os Estudos Culturais, e analisar em perspectiva comparada, alguns desses conceitos no Sul Global.

Características fundamentais da contemporaneidade. Os estudos culturais: sociedade, cultura e poder. Interdisciplinaridade, ciência e
outros saberes.

Estudos interdisciplinares e interseccionais sobre a construção sócio-histórica das diferenças. Marcadores da diferença: etnia, performances de gênero, geração, classe, identidades, língua e linguagens, entre outros.

A prática da pesquisa interdisciplinar para pensar globalização, Nações e Multiculturalismo. Culturas, linguagens e identidades. Discursos de poder, saberes e representações sociais. Produção, circulação e apropriação de bens culturais.

Partindo da premissa de que fronteiras não devem ser entendidas somente como boundary (linha divisória entre Estados) ou como frontier (zonas de fronteiras em que ocorrem as relações de encontro e separação entre o “Nós” e os “Outros”), a disciplina propõe refletir sobre as fronteiras (política, econômica, social, de gênero, étnica, cultural, “civilizatória”, etc.) como “lugares” historicamente construídos em temporalidades diversas, que acabam por se constituir em zonas de encontros cotidianos (conflituosos ou não) com as diferenças e as semelhanças. Zonas de encontros no interior das quais múltiplos sujeitos elaboram ações de orientação e negociação para lidar com as diferenças, bem como produtos simbólicos e não-simbólicos constituídas por (e sobre) sujeitos em diferentes regiões, espaços, lugares e não-lugares.

Os manuais didáticos como fonte e objeto para a pesquisa. Usos e práticas de leitura. Autores, textos e indústria editorial. Representações imagéticas de gênero, camadas populares, afrodescentes e indígenas nos manuais didáticos: entre permanências, avanços e rupturas; o trabalho do professor(a); usos e práticas de alunos (as); o que pensam os(as) alunos (as) sobre gênero, camadas populares, afrodescentes e indígenas e suas representações nos manuais didáticos.

Concepções interdisciplinares e contemporâneas referentes ao trabalho com as mídias como objeto de estudo. Diferentes linguagens e suas implicações no âmbito local-global de pesquisas transculturais na sociedade digital em meio às diferenças históricas, emergentes e contextuais. Perspectiva de educação participativa, crítica, transformativa e de transfronteira. Sujeito
híbrido, interconectado e capaz de renegociar discursos (e representações) e agenciar coletivamente teorias-práticas voltadas à minimização das desigualdades sociais.

Panorama e reflexão crítica dos processos fronteiriços e migratórios relativos ao Brasil (internos e internacionais) refletindo sobre a natureza complexa dos problemas contemporâneos; estudo da memória focalizando as implicações contemporâneas da significação, sentidos e experimentação dos lugares e bens culturais em processos de preservação e patrimonialização; relação linguagem, cultura e turismo, configurando estudos sobre as diversas manifestações das linguagens empregadas na comunicação científica e cultural, estabelecendo um trânsito entre as questões teóricas e sua articulação com os saberes cotidianos em contextos locais ou regionais em processo de transformação.

A produção da diferença performática/corporal e da felicidade identitária/sexual no ciberespaço. O efêmero, narrativas de gênero e novas tecnologias de comunicação, ciberespaço, redes e espaço virtual. Fragmentação, fluidez, descorporificação e desterritorialização do desejo na sociedade de consumo contemporânea. Processos de ruptura e resistência dos sujeitos e grupos sociais e marcadores sociais da diferença: sexualidade, corpo, raça e classe e suas representações no ciberespaço. Transcorporalidades, body-art, performatividade e erotismo e no ciberespaço.

Tendências, abordagens e enfoques analíticos orientadores dos estudos sobre os povos indígenas. Tentativas de descolonização das abordagens e representações sobre os povos indígenas: a) articulação dos descritores temática indígena, estudos culturais, etnologia e história, em perspectiva transdisciplinar e intercultural b) a construção teórica e prática do protagonismo indígena. c) as relações/resoluções de culturas locais no diálogo (resistência, apropriação, ressignificação, transformação, mixagem) com o vórtice de cultura global. Desigualdades, relações de poder, práticas representacionais e políticas indígenas nos processos de (re)configuração de identidades/diferenças.

A disciplina focaliza a discussão dos principais aspectos e tendências de representação das mulheres na literatura brasileira e em outras linguagens, focalizando especialmente os artifícios utilizados para isso, tais como a relação da ficção com a história, a metaficção, a paródia, a violência, entre outros aspectos a serem abordados, como manifestações urbanas de arte que compõem o cenário cultural brasileiro.

Estruturas de poder e de saber. Problematização da produção do conhecimento. Epistemologia e Metodologia em Pesquisa Interdisciplinar. O projeto de pesquisa. Métodos e técnicas de pesquisa. Conceitos e categorias na produção do trabalho acadêmico. Normas da ABNT.

Um olhar para os estudos sobre sexualidade a partir do pósestruturalismo. A consolidação dos estudos de sexualidade como um campo de pesquisa. A sexualidade como categoria de articulação com outros marcadores sociais de diferença. A sexualidade como campo de investigação e produção de conhecimento no Brasil, bem como suas principais influências. O processo de interiorização dos estudos sobre sexualidade no Brasil. O conhecimento produzido sobre sexualidades dissidentes em regiões do Brasil que não são consideradas grandes centros urbanos.

Temas e abordagens em Estudos Culturais.

Temas e abordagens em Estudos Culturais.

Temas e abordagens em Estudos Culturais.

Temas e abordagens em Estudos Culturais.