Mestrado em Ciências Veterinárias

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
EFEITO DA CINÉTICA ESPERMÁTICA SOBRE A TAXA DE PRENHEZ DE VACAS SOB ESTRESSE DE MANEJO DURANTE OS PROTOCOLOS DE IATF
Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
Tipo Dissertação
Data 09/04/2025
Área MEDICINA VETERINÁRIA
Orientador(es)
  • Eliane Vianna da Costa e Silva
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Nathan Ferreira da Cunha
    Banca
    • Eliane Vianna da Costa e Silva
    • Fabiana de Andrade Melo Sterza
    • Gustavo Guerino Macedo
    • Luiz Carlos Louzada Ferreira
    • Wagner Rodrigues Garcia
    Resumo
    CONDIÇÕES UTERINAS E SUA RELAÇÃO COM AS TAXAS DE CONCEPÇÃO E PERDA EMBRIONÁRIA
    Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
    Tipo Dissertação
    Data 10/03/2025
    Área MEDICINA VETERINÁRIA
    Orientador(es)
    • Fabiana de Andrade Melo Sterza
    Coorientador(es)
    • Luiz Carlos Louzada Ferreira
    Orientando(s)
    • Dauydison Antonio Gonzalez Cordeiro
    Banca
    • Eliane Vianna da Costa e Silva
    • Ériklis Nogueira
    • Fabiana de Andrade Melo Sterza
    • Luiz Francisco Machado Pfeifer
    • Marcelo Marcondes Seneda
    Resumo
    Caracterização clínica, epidemiológica e anatomopatológica da neuropatia periférica em bovinos no Mato Grosso do Sul
    Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
    Tipo Dissertação
    Data 06/03/2025
    Área MEDICINA VETERINÁRIA
    Orientador(es)
    • Ricardo Antonio Amaral de Lemos
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Thaísa Xavier e Silva
      Banca
      • Claudio Severo Lombardo de Barros
      • Rayane Chitolina Pupin
      • Ricardo Antonio Amaral de Lemos
      Resumo Tem sido acompanhado na rotina diagnóstica casos de doença em bovinos com quadro clínico caracterizado por flexão atípica e constante das articulações metatarsofalangeanas, principalmente quando são estimulados a marcha ou corrida e param abruptamente. Este trabalho objetiva realizar a caracterização epidemiológica, clínica e patológica da neuropatia periférica em bovinos no Mato Grosso do Sul. Os bovinos se mantêm alerta e não apresentam outras alterações clínicas. Alguns animais evoluem para decúbito e morte e outros se recuperam espontaneamente. Os casos ocorrem em períodos chuvosos e de altas temperaturas, que compreendem os meses de dezembro a março no hemisfério sul. Macroscopicamente havia edema ao redor dos nervos e discretas hemorragias. As lesões microscópicas são caracterizadas por neuropatia periférica. Há desmielinização de nervos periféricos dos membros pélvicos e em menor grau, dos torácicos, observou-se degeneração do tipo walleriana, caracterizada por acentuada tumefação da bainha de mielina e formação de câmaras de digestão. Os nervos mais acometidos foram os isquiáticos, tibiais e fibulares. A dosagem da concentração de cobre e selênio no fígado demonstrou estarem abaixo dos níveis fisiológicos, porém, não foi possível associar esses resultados com a patologia da doença. Doença sazonal e com sinais clínicos similares tem sido relatada em equinos de países nórdicos, e foi relacionada com etiologia tóxica de origem dietética. Não foram encontrados relatos semelhantes em bovinos e isso evidencia a necessidade de outros estudos para a elucidação da etiologia da doença.
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      DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA RAIVA A PARTIR DE DIFERENTES SEGMENTOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DE EQUINOS DO MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
      Tipo Dissertação
      Data 26/02/2025
      Área MEDICINA VETERINÁRIA
      Orientador(es)
      • Leila Sabrina Ullmann
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Letícia da Silva Ferreira Ribeiro Mathias
        Banca
        • Camila Dantas Malossi
        • Juliana Arena Galhardo
        • Leila Sabrina Ullmann
        • Maria Luana Cristiny Rodrigues Silva
        • Ricardo Antonio Amaral de Lemos
        Resumo A raiva é uma antropozoonose causada pelo Lyssavirus rabies, levando à encefalite aguda, progressiva e fatal em quase todos os casos, configurando um problema de saúde pública mundial. O método laboratorial padrão ouro para o diagnóstico da raiva é a imunofluorescência direta (IFD) aliada à prova biológica (PB) pela inoculação intracerebral em camundongos, que vem sendo substituída pelo diagnóstico molecular. Há relatos de diferenças na distribuição viral nas estruturas do sistema nervoso central (SNC) de equinos, tendo maior detecção em tronco encefálico e medula espinhal. Assim, o objetivo do presente projeto foi avaliar as diferenças na detecção do vírus da raiva em porções distintas do SNC, incluindo córtex, cerebelo, tálamo, hipocampo, medula cranial, torácica e lombar pela reação em cadeia da polimerase em tempo real com transcrição reversa (RT-qPCR) para quantificação do ácido nucleico presente em cada segmento do SNC de equinos, em conjunto com os resultados da IFD realizadas separadamente com cada segmento do SNC. Entre 2022 e 2024, foram coletadas 33 amostras de sistema nervoso central de equinos com sintomatologia nervosa e de diferentes períodos de início e óbito (eutanásia ou morte natural), suspeitos de raiva, encaminhadas à IAGRO-MS. Após o recebimento, o RNA do vírus da raiva era imediatamente extraído com Trizol para evitar perdas do material após processos sucessivos de congelamento e descongelamento. Todas as amostras foram submetidas à RT-qPCR. Das 33 amostras recebidas, somente doze (12) foram positivas para raiva, e dessas, somente a amostra um (1) possuía todos os sete fragmentos solicitados para diagnóstico. Nesta amostra, a porção da medula lombar apresentou o menor Cq (25,19), com uma diferença de pelo menos 3,8 Cq, quando comparado aos demais fragmentos de SNC. Isto representa que a porção da medula lombar, nesta amostra, possuía carga viral oito (8) vezes maior que os demais fragmentos de SNC. Nas amostras dois (2) e seis (6), a medula cervical apresentou menor Cq, enquanto as amostras cinco (5), sete (7), nove (9), dez (10) e doze (12) o córtex. Não houve um padrão único de distribuição da carga viral no SNC dos equinos estudados. Algumas amostras apresentaram maior carga viral na medula lombar, enquanto outras tiveram maior concentração no córtex, tálamo ou cerebelo. Esses achados reforçam a importância de coletar múltiplos fragmentos do SNC para um diagnóstico preciso.
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        DOENÇAS DE BEZERROS BOVINOS E BUBALINOS EM MATO GROSSO DO SUL DIAGNOSTICADAS NO LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA DA UFMS (2014-2024)
        Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
        Tipo Dissertação
        Data 17/02/2025
        Área MEDICINA VETERINÁRIA
        Orientador(es)
        • Danilo Carloto Gomes
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Larissa Lobeiro de Souza
          Banca
          • Danilo Carloto Gomes
          • Edson Moleta Colodel
          • Francisco Alejandro Uzal
          • Rayane Chitolina Pupin
          Resumo O estado de Mato Grosso do Sul desempenha um papel fundamental na produção de bovinos de corte. A mortalidade de bezerros representa um desafio, impactando negativamente a lucratividade pelo aumento nos custos de produção. A maioria dos estudos aponta doenças digestivas e respiratórias como as principais causas de morte, especialmente em sistemas de criação leiteira, tanto no Brasil quanto em outros países. Este estudo, analisou o arquivo de laudos de necropsias do Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (LAP-UFMS) em um período de onze anos. O objetivo foi identificar as causas de mortes de bezerros bovinos e bubalinos, de um dia a um ano de idade, extraindo informações sobre a etiologias e suas frequências de ocorrência. Os dados obtidos foram compilados, relacionando-se a etiologia das doenças com faixa etária definidas (0-1 mês, 2-5 meses, 6-8 meses e 9-12 meses), sendo discutidos em relação a aspectos epidemiológicos e patológicos. Dos laudos que se adequaram ao estudo, 87,7% eram de casos de bezerros de corte, sendo 45,2% da raça Nelore. As doenças infecciosas e parasitárias predominaram, representando 74,5% dos diagnósticos, com destaque para a raiva (22,9%), que ocorreu em todas as faixas etárias. Nos bovinos de até 3 meses, a septicemia bacteriana foi o diagnóstico mais comum (7,6%). A salmonelose septicêmica apresentou uma frequência significativa (6,3%), equivalente à do carbúnculo sintomático, com maior incidência em bezerros de até 3 meses e de 4 a 8 meses, respectivamente. Outras causas destacadas incluem o complexo tristeza parasitária bovina (6,7%), as enterites (5,7%) e as pneumonias (2,9%). Em doenças que abrangem categorias de diagnóstico não-infecioso, foram incluídas e agrupadas em doenças diversas (5,7%), doenças tóxicas e toxi-infecciosas (5,7%), doenças carenciais e metabólicas (4,9%), doenças causadas por agentes físicos (4,2%), doenças congênitas (3,9%) e neoplasias (1%). Em búfalos, foram identificados surtos de intoxicação por monesina, encefalomielite, serosite causada por Chlamydia pecorum, e casos de eimeriose e enterite de causa não determinada. Este trabalho reforça a necessidade de vigilância contínua e melhorias no manejo sanitário para promover a saúde animal e à sustentabilidade da pecuária. É parte desse trabalho, o capítulo II, com os relatos formatados para publicação em revista científica, do surto de clamidiose em búfalos e da descrição de “manchas de Wischnewsky” em um bezerro morto por hipotermia.
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          MATURAÇÃO IN VITRO DE OÓCITOS DE FELINOS APLICÁVEIS À CAMPO
          Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
          Tipo Dissertação
          Data 22/07/2024
          Área MEDICINA VETERINÁRIA
          Orientador(es)
          • Thyara de Deco Souza e Araujo
          Coorientador(es)
          • Gediendson Ribeiro de Araujo
          Orientando(s)
          • Larissa Schneider Brandão Souza
          Banca
          • Pedro Nacib Jorge Neto
          • Roberta Ferreira Leite
          • Thyara de Deco Souza e Araujo
          Resumo Brandão-Souza, L. S. Maturação in vitro de oócitos felinos aplicáveis à campo 2024. MESTRADO – Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, 2024. A saúde genética de uma população é a base da sustentação da biodiversidade, sendo este o foco dos programas de conservação animal. O desenvolvimento das Tecnologias de Reprodução Assistida (TRA) se mostra como ferramenta importante pois permite a translocação apenas do material genético entre as populações, evitando o estresse, custo e implicações que o transporte dos animais causaria, além de reduzir os riscos de transmissão de doenças infecciosas. Considerando que os felinos selvagens são de difícil acesso (pela raridade e distanciamento dos indivíduos nas diferentes instituições de manejo ex situ) o uso dos gatos domésticos como modelo experimental é fundamental para a padronização das diversas técnicas de TRA. Neste sentido, o uso de incubadoras portáteis para a maturação in vitro dos oócitos (MIV) ou mesmo para a fertilização in vitro de oócitos (FIV) durante o transporte até a chegada em laboratórios mais equipados é uma opção. Neste trabalho, a taxa de maturação foi avaliada em oócitos incubados em incubadora de bancada (N=114) e portátil (N=116) por 24 horas. Mais de 60% dos oócitos chegaram ao estágio de Metáfase II na incubadora de bancada (38,5oC, 5% CO2 e 20% O2), enquanto cerca de 50% atingiram o mesmo estágio na incubadora portátil (38oC, 5%CO2 e 5%O2), havendo diferença entre os tratamentos. Quando submetidas a fertilização in vitro, após a maturação in vitro em ambos os tratamentos, utilizando a mesma concentração de gases (38,5oC, 5%CO2 e 20%O2), não houve diferença entre os tratamentos na taxa de clivagem (Ban:36% Port:36% p=0.9671), taxa de mórula (Ban:28%Port:23% p=0.5678) e na taxa de mórula por clivagem (Ban:73% Port:58% p=0.3443). Os resultados indicam, portanto, que a incubadora portátil é eficaz na maturação, resultando em posterior fertilização de oócitos de gatas domésticas.
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          IMPACTO DA IMUNOCASTRAÇÃO NA TAXA DE CONDENAÇÃO DE SUÍNOS NO ABATE
          Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
          Tipo Dissertação
          Data 01/04/2024
          Área MEDICINA VETERINÁRIA
          Orientador(es)
          • Raquel Aparecida Sales da Cruz
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Danilo Araújo Cabral
            Banca
            • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
            • Charles Kiefer
            • Danilo Carloto Gomes
            • Raquel Aparecida Sales da Cruz
            • Ricardo Antonio Amaral de Lemos
            Resumo A imunocastração de suínos é uma tecnologia desenvolvida para substituir a castração cirúrgica sem anestesia e analgesia utilizada na castração de leitões, para evitar o odor sexual na carne e gordura de suínos não-castrados A técnica consiste na aplicação de duas doses de uma vacina anti GnRH, para inibir a secreção de esteróides gonadais, e tem se mostrado promissora. No abate de suínos terminados, observou-se uma suposta diferença na taxa de condenação de carcaças de suínos imunocastrados (IC), em comparação com suínos não imunocastrados (NIC – fêmeas e machos castrados cirurgicamente) em virtude de lesões no aparelho reprodutor ou causadas por brigas ou comportamento sexual antes do abate. Este trabalho tem como objetivos avaliar as taxas de condenação de carcaças de suínos IC e classificar anatomopatologicamente as principais lesões observadas em carcaças de suínos IC. Em um estudo retrospectivo, de 2017 a 2021, foram avaliados registros de inspeção de 2.045.226 carcaças de suínos terminados IC, NIC e de lotes mistos (LM – IC e NIC), criados em sistema de integração no Estado de Mato Grosso do Sul – MS, Brasil, abatidos em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal - SIF. As carcaças de suínos IC tiveram 2,46% de condenação, as de suínos LM 2,38% e NIC 1,51%. O peso médio (PM) foi avaliado para analisar uma possível correlação (r) com a taxa de condenação, sendo observada correlação positiva (P<0,05). Em um estudo prospectivo foram monitoradas 30.706 carcaças de suínos IC e NIC, criados no mesmo sistema integrado em Mato Grosso do Sul, Brasil, e abatidos em frigorífico industrial com SIF, entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023, a taxa de condenação de suínos IC foi de 0,62%, enquanto a de suínos NIC de 0,46%. Os suínos tinham idade média ao abate de 175 dias e peso médio de 115 Kg. Neste estudo prospectivo, a taxa de condenação de carcaças de suínos IC também foi maior do que a de suínos NIC. As principais causas de condenação e lesões identificadas no exame post mortem de carcaças de suínos IC foram: magreza (17,63%), peritonite (12,16%), icterícia (10,33%), pneumonia (9,12%) e abscesso (7,3%). Linfadenite e alterações musculares tiveram a mesma frequência (6,38%), e osteíte e esplenite também mostraram frequências similares (5,77%). As demais causas tiveram menos de 5% de frequência nas condições de monitoramento deste estudo. No diagnóstico anatomopatológico observou-se lesões em: pulmão (26,7%), genitais (17,22% - saco escrotal, testículos e epidídimo), coração, baço e intestinos (5,58%), e demais órgãos com menos de 5% das lesões observadas. Concluiu-se que, nas condições de monitoração e abate avaliadas, a imunocastração aumenta a condenação de carcaças. As lesões observadas em carcaças de suínos IC são similares às descritas na literatura, porém, as lesões hemorrágicas e necróticas em região peri-testicular ocorrem quase que exclusivamente nessa categoria.

            Palavras Chave: carcaças, castração, inspeção, lesões, suínos
            ARARAS-CANINDÉ (ARA ARARAUNA) EM ÁREA URBANA COMO BIOINDICADORAS DE QUALIDADE AMBIENTAL
            Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
            Tipo Dissertação
            Data 05/03/2024
            Área MEDICINA VETERINÁRIA
            Orientador(es)
            • Alda Izabel de Souza
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Maria Eduarda Monteiro Nascimento
              Banca
              • Alda Izabel de Souza
              • Larissa Tinoco
              • Paulo Henrique Braz
              • Thyara de Deco Souza e Araujo
              Resumo A fragmentação e urbanização do habitat impacta na vida dos animais, visto que, estes acabam sendo expostos a agentes estressores não naturais, como a intensa poluição do ar. Essa contaminação libera compostos com propriedade mutagênicas, que podem afetar toda a biodiversidade. A compreensão entre as interações dos organismos com o ambiente é de suma importância. Os biomarcadores têm sido utilizados pois permitem a observação de efeitos biológicos precoces relacionados a agentes genotóxicos presentes no ambiente. As aves são consideradas excelente indicadoras de qualidade ambiental, pois são sensíveis as variações das condições do ambiente e respondem rapidamente às mudanças que ocorrem, especialmente aves que vivem em ambiente urbano, onde são mais expostas a poluição. Desta forma, o objetivo com este estudo foi avaliar o potencial bioindicador de filhotes de arara-canindé (Ara ararauna) em um ecossistema urbano a partir de testes de genotoxicidade e fatores ambientais. Um total de 45 amostras foram coletadas. A presença/ausência e quantidade de micronúcleos e outras anormalidades nucleares foram analisadas em lâminas coradas com a técnica de May-Grunwald Giemsa observando 5.000 eritrócitos por indivíduo (2.500 células em cada lâmina). Observamos 37 micronúcleos e 1047 outras anormalidades nucleares, sendo que a mais comum dentre elas foi células com núcleos entalhados (44,6%) e a menos frequente foi células anucleadas (2,8%). Uma análise de componentes principais (PCA) foi realizada para avaliar a existência de similaridades ambientais entre os ninhos, assim como a análise de Broken-stick. A partir da seleção das variáveis importantes na segregação dos ninhos, os dados foram analisados em modelos lineares generalizados (GLMs). A proporção de anormalidades nucleares foi maior em filhotes de ninhos localizados em locais com maior fluxo de veículos e ausência ou maior distância de áreas verdes. Esses achados podem contribuir com futuros estudos sobre os impactos da urbanização na saúde genética dessa espécie e para compreensão mais abrangente dos efeitos das atividades humanas no meio ambiente e na vida selvagem.
              CONTROLE ESTRATÉGICO DE ENDO E ECTOPARASITOS EM BOVINOS DE CORTE NA FASE DE RECRIA
              Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
              Tipo Dissertação
              Data 29/02/2024
              Área MEDICINA VETERINÁRIA
              Orientador(es)
              • Fernando de Almeida Borges
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Murilo Damasceno Brunet de Freitas
                Banca
                • Dyego Goncalves Lino Borges
                • Fernando de Almeida Borges
                • Welber Daniel Zanetti Lopes
                Resumo O controle eficaz de endo e ectoparasitos em bovinos desempenha um papel crucial na produção
                pecuária. Endoparasitos, como os nematódeos gastrointestinais (NGIs), podem comprometer a saúde
                digestiva, enquanto os ectoparasitos, como carrapatos e moscas-dos-chifres, causam desconforto e
                reduzem o desempenho do rebanho. Embora existam diversos estudos sobre medidas estratégicas
                para o controle de ecto e endoparasitos de forma isolada, a ocorrência de coinfecção destaca a
                necessidade de validar a campo, um calendário que tenha por objetivo o controle simultâneo de endo
                e ectoparasitos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar um protocolo estratégico para o controle
                de NGIs, Rhipicephalus microplus e Haematobia irritans em bovinos de corte na fase de recria, baseado
                em tratamentos anti-helmínticos na estação seca e de endectocidas/ectoparasiticidas na estação
                chuvosa, e compará-lo a práticas usuais a campo. O estudo foi realizado em uma propriedade rural
                localizada no município de Aquidauana/MS, entre maio de 2022 e março de 2023. Com um
                delineamento em blocos casualizados, 60 bovinos mestiços (Nelore x Angus) naturalmente parasitados
                foram divididos em dois grupos: controle estratégico de verminose gastrintestinal, carrapatos e moscas
                (C3E) e controle tradicional (CT). Os seguintes protocolos de tratamentos foram avaliados: C3E – maio
                (doramectina 3,5%), agosto (moxidectina 1%), outubro (doramectina 3,5%, fluazuron 2,5% e diazinon
                45%), dezembro (doramectina 1% e fluazuron 2,5%) e fevereiro (fluazuron 2,5%); CT – maio
                (Ivermectina 4%), julho (fipronil 1%), outubro (ivermectina 4% e fipronil 1%) e fevereiro (fipronil 1%). No
                grupo CT, os momentos dos tratamentos ectoparasiticidas (fipronil 1%) foram determinados por
                critérios usualmente adotados na propriedade rural em que o estudo foi realizado e que eram
                representativos das práticas usuais no Brasil. A cada 28 dias, foram feitas pesagens e contagens de
                moscas, carrapatos e de ovos fecais (OPG). O ganho médio diário (GMD), o ganho de peso vivo (GPV)
                e a viabilidade econômica foram determinados. Ao longo de todo o período experimental, não foram
                identificadas diferenças estatisticamente significativas (p≤0,05) entre as médias de OPG do grupo C3E
                e CT. No entanto, destaca-se que a administração de moxidectina 1% durante a estação seca contribuiu
                para um melhor desempenho dos membros do grupo C3E posteriormente a este período. Em relação
                às moscas-dos-chifres, os bovinos submetidos ao protocolo C3E exibiram contagens médias mais
                baixas (p≤0,05) do que aqueles submetidos ao protocolo tradicional em duas das onze datas de
                contagem (D252 e D280). Quanto aos carrapatos, as contagens médias do grupo C3E foram
                significativamente inferiores (p≤0,05) às do grupo CT em seis das onze datas de contagem (D28, D112,
                D196, D224, D252, D280). Assim, a administração de endectocidas durante os períodos críticos de
                infestação por endo e ectoparasitos, combinada ao uso de ectoparasiticidas de ação prolongada
                durante a estação chuvosa resultou ao final do estudo um melhor desempenho produtivo para o grupo
                C3E, evidenciado pela superioridade no ganho médio de peso final de aproximadamente 22,0 Kg em
                comparação com os bovinos do grupo tradicional. Apesar do aumento de custo de desparasitação em
                US$3,28 com o protocolo C3E, o diferencial estimado no lucro bruto foi de US$35,26, correspondendo
                a um aumento na lucratividade de 12,46% em relação ao sistema tradicional. Ademais, o retorno sobre
                o investimento do grupo C3E foi 10,73 vezes em comparação ao grupo CT. Esses resultados validam,
                em condições de campo, a eficácia do controle estratégico de endo e ectoparasitos com tratamentos
                estabelecidos com base na dinâmica populacional e sazonalidade dos NGIs, R. microplus e H irritans
                em bovinos de corte cruzados criados a pasto em uma região tropical.
                FATORES QUE INFLUENCIAM AS TAXAS DE PRENHEZ E PERDA GESTACIONAL EM FÊMEAS NELORE SUBMETIDAS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO NO BRASIL
                Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                Tipo Dissertação
                Data 22/12/2023
                Área MEDICINA VETERINÁRIA
                Orientador(es)
                • Ériklis Nogueira
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Lucas Gomes da Silva
                  Banca
                  • Ériklis Nogueira
                  • Fabiana de Andrade Melo Sterza
                  • Luiz Carlos Louzada Ferreira
                  • Roberto Augusto de Almeida Torres Júnior
                  Resumo A inseminação artificial no Brasil vem evoluindo com aumento o de vacas inseminadas com taxa de prenhez média esperada de 50%, e para que a cadeia seja produtiva, é desejável que a matriz entregue um bezerro ao ano, tornando aquela matriz que perdeu o bezerro um animal com custo alto na propriedade. Porém, a fertilidade bovina é um processo multifatorial, dependente da qualidade do sêmen, fertilidade da fêmea, manejo, tempo preciso, anestro pós-parto e escores de condição corporal (ECC). Outro ponto importante, alguns estudos com avaliação de perdas gestacionais, observaram grande variação nos índices e que foram também influenciados pela raça, ECC, categoria, fazenda, porém são poucas fazendas que avaliam e conseguimos identificar as perdas somente após o primeiro diagnóstico de gestação, com aproximadamente 30 dias. Uma maior compreensão dos fatores que influenciam a fertilidade é essencial para melhorar as taxas de prenhez e reduzir a ocorrência de mortalidade embrionária em rebanhos de corte. O objetivo do presente estudo foi avaliar dados retrospectivos de gestação por inseminação artificial (P/IA) e perda de gestação em fêmeas Nelore submetidas à IATF em tempo fixo (IATF) no Brasil. Foram analisados dados de 40.104 IATF coletados em seis estações reprodutivas (2016 a 2022) e os efeitos da categoria do animal (por exemplo, classificação baseada em idade e paridade), fazenda, mês de parto, pai, raça do pai (Nelore vs Angus). Foram avaliados a expressão de estro na IATF, o temperamento dos animais e o ECC. P/IA e perda de gestação foram afetados (P < 0,001) pela categoria da matriz. Houve também efeito da fazenda (P = 0,0013) sobre P/IA e perda de prenhez (P = 0,001), pois P/IA variou de 49,28% e 55,58% e perda de prenhez de 3,37% a 6,89% nos rebanhos avaliados. O mês do parto também afetou (P < 0,001) o P/IA e foi maior para vacas que emprenharam no início da estação reprodutiva anterior. Animais mais calmos, apresentando menores escores de velocidade na saída do corredor após a IATF, obtiveram maior P/AI (P < 0,001). O menor ECC na IATF foi associado (P < 0,001) ao aumento da perda gestacional, e o ganho do ECC após a IA foi associado (P < 0,001) à redução das taxas de mortalidade embrionária. Houve um efeito importante (P < 0,001) do touro no P/IA e na perda de prenhez, pois o P/IA variou de 11 a 79%, e a mortalidade embrionária de 0 a 40% para os touros utilizados no estudo, destacando a importância da fertilidade do touro no sucesso geral da gestação. Os resultados do presente estudo reforçam categoria dos animais, o ECC no início do protocolo de IATF, o ganho do ECC após a IA, a expressão do estro na IATF, o touro e o mês do parto são fatores importantes que influenciam a P/IA e taxas de mortalidade embrionária em rebanhos de corte.
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                  ECOTOXICIDADE DO GLIFOSATO EM ABELHAS SCAPTOTRIGONA POSTICA: ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO LETAL E SUBLETAL SOBRE BIOMARCADORES DE OXIDAÇÃO
                  Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                  Tipo Dissertação
                  Data 18/12/2023
                  Área MEDICINA VETERINÁRIA
                  Orientador(es)
                  • Alda Izabel de Souza
                  Coorientador(es)
                  • Rodrigo Zaluski
                  Orientando(s)
                  • Mikaelle de Oliveira Castilho
                  Banca
                  • Alda Izabel de Souza
                  • Carlos Alberto do Nascimento Ramos
                  • Gabriela Puhl Rodrigues
                  • Raquel Soares Juliano
                  Resumo Herbicidas representam os defensivos agrícolas mais utilizados tanto no Brasil, quanto no mundo. Entre esses, o glifosato se destaca como o mais comercializado para controle de ervas daninhas, apresentando potencial de comprometer a sobrevivência das abelhas e afetar o processo de polinização. O acúmulo dessas substâncias no meio ambiente e seu contato direto com os polinizadores pode resultar em situações de desequilíbrio na homeostase funcional, gerando o estresse oxidativo. Nesse estudo objetivou-se determinar a concentração letal mediana - CL50 e a concentração subletal - CL10 por ingestão do herbicida glifosato, em testes de 48h, para abelhas Scaptotrigona postica, além de mensurar a atividade de duas enzimas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) nos indivíduos expostos às concentrações determinadas, em 48h e 120h. Na primeira etapa do experimento, afim de determinar as concentrações letal e subletal foram coletadas abelhas adultas provenientes de cinco colônias localizadas no meliponário da UFMS (Campo Grande, MS, Brasil). Trinta espécimes foram utilizados para cada exposição com seu respectivo grupo controle. As concentrações estabelecidas foram fornecidas aos grupos diluídas em xarope de sacarose por um período de 48h, em doses de 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16 µg i.a./µL dieta. Para cálculo da CL50 e CL10, a mortalidade foi contabilizada e os dados submetidos à análise de Probit, através do software LdP Line®. Na segunda etapa do estudo, cinquenta espécimes de abelhas, com seu respectivo grupo controle foram expostas as doses CL50 por 48 h e CL10 por 120 h. Os macerados do abdômen, cabeça, asas e membros foram utilizados para dosagem das enzimas antioxidantes. O teste ANOVA foi empregue para efetuar a comparação das variáveis entre os grupos controle e tratamento, considerando os resultados relativos à atividade enzimática. A CL50 em 48 horas para S. postica foi de 7,41 µg i.a./µL e a CL10 de 0,70 µg i.a./ µL. A atividade de SOD e CAT nas abelhas não diferiram estatisticamente em relação ao grupo controle nos tempos e doses estabelecidos. Os dados deste estudo mostram que a CL50 de glifosato para S. postica se encontra dentro da concentração recomendada em bula para pulverização em lavouras, ressaltando a importância da avaliação de toxicidade desse herbicida em abelhas nativas. Além disto, infere-se que as enzimas SOD e catalase não foram bons marcadores para o estresse oxidativo nessa espécie.
                  Palavras-chave: abelhas nativas, glifosato, concentração letal 50.
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                  BIOMARCADORES DA NEMATODIOSE GASTRINTESTINAL EM BOVINOS DE CORTE CRIADOS A PASTO EM UMA REGIÃO DE CLIMA TROPICAL
                  Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                  Tipo Dissertação
                  Data 29/09/2023
                  Área MEDICINA VETERINÁRIA
                  Orientador(es)
                  • Fernando de Almeida Borges
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Vinícius Duarte Rodrigues
                    Banca
                    • Dyego Goncalves Lino Borges
                    • Fernando de Almeida Borges
                    • Fernando Paiva
                    • Welber Daniel Zanetti Lopes
                    Resumo Os biomarcadores são condições específicas durante o processo biológico normal ou patogênico, que podem auxiliar no diagnóstico de enfermidades. Alguns biomarcadores, como o pepsinogênio, já foram bem padronizados para bovinos taurinos infectados por Ostertagia sp. e criados em regiões de clima temperado, porém, ainda não há informações sobre seu uso em bovinos zebuínos infectados predominantemente por Cooperia sp. e Haemonchus sp. Diante disso, os objetivos desse projeto foram avaliar prováveis biomarcadores, que possam diferenciar animais portadores e não portadores de nematodioses gastrintestinais (NGIs) e avaliar correlação com indicadores de infecção e de saúde dos animais. Na primeira etapa foi definido um biomarcador que diferenciava os grupos, foram selecionados 36 bovinos da raça Nelore, machos e fêmeas com idades entre 10 e 18 meses, mantidos em um mesmo piquete com água, suplementação mineral ad libitum e naturalmente infectados por NGIs. Eles foram distribuídos em um delineamento em blocos casualizados em dois grupos, com base no exame de ovos por grama de fezes (OPG), sexo, peso, hemograma e bioquímica sérica no dia -14, aos quais foram sorteados os seguintes tratamentos: tratado com anti-helmíntico (TRAT A) e não tratado com anti-helmíntico (CON A). Nos dias 0, 7, 14, 21, 28, 42 e 56 somente no grupo TRAT foi administrado uma dose de fenbendazole 5mg/kg, via oral. Nessas mesmas datas, foram coletadas fezes e avaliado o OPG, pela técnica de Mini-FLOTAC, coleta de sangue para avaliar hemograma, bioquímica sérica e possíveis biomarcadores (fósforo, gastrina e pepsinogênio). Na segunda etapa avaliou o biomarcador que diferenciou os grupos TRAT A e CON A, no caso o pepsinogênio. Sendo selecionados 75 bovinos da raça Nelore, com idades entre 12 a 24 meses, machos, separados em um delineamento em blocos casualizados, com base no OPG, pela técnica de McMaster e peso no dia 0 e distribuídos em três grupos: não tratado com anti-helmíntico (CON BC), tratado com Moxidectina 0,2 mg/kg P.V. (TRAT B) e tratado com associação de Ivermectina (0,2 mg/kg P.V.) e Sulfóxido de Albendazol (2,5 mg/kg P.V.) (TRAT C). Os níveis de pepsinogênio foram avaliados nos dias 0 e 28. Na primeira etapa, os resultados de peso, albumina, hematócrito (VG), eritrócitos e hemoglobina não apresentaram diferença entre os grupos; e houve correlação negativa de VG e albumina com pepsinogênio, e albumina apresentou correlação negativa com porcentagem de Haemonchus sp. na coprocultura. Dentre os biomarcadores, apenas o pepsinogênio diferenciou TRAT A e CON A a partir do 28º dia do estudo. Isso também se repetiu na segunda etapa, em que os grupos TRAT B e TRAT C apresentaram diminuição dos valores de pepsinogênio após o tratamento anti-helmíntico. Deste modo, é evidente que o pepsinogênio é um promissor biomarcador no diagnóstico de NGIs e na avaliação de tratamentos anti-helmínticos em bovinos criados a pasto no Brasil central.
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                    Perfil eletroforético de antígenos de Haemonchus placei e de Oesophagostomum radiatum e suas reatividades aos soros de bovinos naturalmente infectados
                    Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                    Tipo Dissertação
                    Data 04/09/2023
                    Área MEDICINA VETERINÁRIA
                    Orientador(es)
                    • Fernando Paiva
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Fernanda Paula Fernandes dos Santos Veloso
                      Banca
                      • Fábio Pereira Leivas Leite
                      • Felipe Bisaggio Pereira
                      • Fernando de Almeida Borges
                      • Fernando Paiva
                      • João Batista Catto
                      Resumo A pecuária continua sendo uma atividade econômica crucial para o Brasil, desempenhando um papel importante na economia nacional. No entanto, a população bovina encontra um desafio no combate às infecções por nematodas gastrointestinais. Haemonchus placei e Oesophagostomum radiatum destacam-se como espécies conhecidas por sua alta infecção e capacidade reprodutiva, juntamente com sua resistência a muitos métodos de controle predominantes. Apesar das formulações químicas servirem como a principal ferramenta para o controle de parasitas, elas enfrentam limitações nos mercados consumidores devido aos resíduos que deixam na carne. Além disso, essas formulações promovem a seleção de organismos resistentes aos seus componentes ativos. Por isso, novas estratégias de controle devem ser exploradas. Considerando estas estratégias, o presente trabalho teve por objetivo caracterizar os perfis dos antígenos totais de espécimes nematodas parasitos gastrointestinais de bovinos (Haemonchus placei e Oesophagostomum radiatum) e comparar a resposta imune humoral por Western Blot pela Imunoglobulina G (IgG total), empregando os soros de animais caraterizados pela contagem de ovos nas fezes (OPG) amostrados em rebanhos comerciais de bovinos de corte, buscando relacionar os status imunitários em animais com idades diferentes pelos seus respectivos OPG´s. Neste estudo, um total de 1147 animais foram amostrados e categorizados em quatro grupos: pré-desmame, desmamados, sobreanos e adultos. Amostras de fezes e sangue foram coletadas e submetidas à técnica McMaster e de ELISA, respectivamente. Os antígenos totais (AT) foram extraídos de espécimes adultos desintegrados de Haemonchus placei e Oesophagostomum radiatum, obtidos por meio de infecções mistas induzidas. O estudo envolveu ainda a caracterização de AT de ambas as espécies, por eletroforese SDS-PAGE e posterior imunoblotting. Os resultados apresentaram variações significativas nas contagens de ovos por grama de fezes (OPG) entre essas categorias, com os bovinos pré-desmame apresentando os valores mais elevados de OPG, seguidos pelos desmamados. Todos os soros apresentaram reatividade para anticorpos séricos da classe IgG total quando expostos a antígenos de Haemonchus placei e de Oesophagostomum radiatum. Os bovinos mais jovens apresentaram maiores contagens de OPG e menor índice de reatividade, enquanto os bovinos mais velhos o oposto. Sobre os perfis eletroforéticos dos extratos totais de Haemonchus placei e de Oesophagostomum radiatum, foram identificadas diferentes frações proteicas em ambos os antígenos. Embora tenham sido observadas algumas semelhanças no tamanho entre as frações, os perfis foram diferentes. Em Western Blot foram observadas reatividades para algumas frações proteicas de Oesophagostomum radiatum, especialmente em animais mais velhos e com baixas contagens de OPG. No entanto, não foram observadas reações para as frações de Haemonchus placei. Em conclusão, esta pesquisa fornece uma análise abrangente das infecções por parasitos gastrointestinais em bovinos, destacando a influência da faixa etária, a resposta imunológica e a complexidade das frações antigênicas desses parasitos, ressaltando a resistência naturalmente adquirida em animais e fornecendo uma visão geral sucinta dos perfis eletroforéticos dos ATs, no qual aponta as frações reconhecias por imunoglobulinas G em soros - particularmente em animais exibindo contagens de OPG mais baixas, que se depreende como os mais resistentes.
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                      FATORES RELACIONADOS A PRECOCIDADE SEXUAL E DESEMPENHO PRODUTIVO DE NOVILHAS PRECOCES NELORE
                      Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 08/08/2023
                      Área MEDICINA VETERINÁRIA
                      Orientador(es)
                      • Ériklis Nogueira
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Amanda Alves Rosa Taveira
                        Banca
                        • Eliane Vianna da Costa e Silva
                        • Ériklis Nogueira
                        • Gustavo Guerino Macedo
                        • Juliana Corrêa Borges Silva
                        • Luis Carlos Vinhas Itavo
                        Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de novilhas precoces e convencionais ao longo de sua vida reprodutiva em relação ao peso da matriz e bezerro produzidos e identificar fatores ligados a precocidade sexual de fêmeas nelore do desmame ao diagnóstico de gestação. Foram coletados dados ao longo de 6 anos produtivos de novilhas submetidas a estação de monta aos 14 meses e 24 meses de idade, sendo avaliado peso ao nascimento e desmama (210 dias), nota de conformação frigorífica à desmama, peso dos filhos ao nascimento e desmama, peso das vacas à desmama quando primíparas, secundíparas e multíparas e taxa de prenhez e calculado a relação de desmame com peso da mãe e peso do bezerro à desmama. No segundo trabalho foram realizadas coletas de peso, escore de condição corporal, altura, conformação frigorifica, ultrassonografia de carcaça e morfometria vulvar de 448 novilhas de 3 fazendas no estado do MS, sendo realizado as coletas na desmama, no manejo de pré-sincronização, durante o protocolo de IATF e após 30 dias da inseminação. Houve diferença significativa para o peso ao nascimento, com maior valor para os bezerros das primíparas convencionais em relação às precoces (35,37 e 32,28 kg; P=0,0003) e multíparas precoces com maior valor em relação as convencionais (39,2 e 36,62 kg; P=0,0228). O peso à desmama dos bezerros das primíparas foi maior para o grupo convencional em relação ao grupo das precoces (199,94 e 172,51 kg; P<0,001). Em relação ao peso da vaca à desmama, o grupo convencional apresentou maior valor do que as precoces nas categorias das primíparas (462,41 e 411,51 kg; P= 0,003), secundíparas (497,91 e 458,06 kg; P=0,0162) e multíparas (553,33 e 517,70; P=0,003). Já a relação desmama foi diferente apenas na categoria de multíparas com uma melhor relação para as precoces em relação às convencionais (41,07 e 38,36%; P= 0,051). Os resultados relacionados aos fatores ligados à precocidade mostraram que houve diferença para idade a desmama (236,5 e 229,7 dias, P<0,0001), peso à indução (277,5 e 271,07 kg, P<0,0001), comprimento da vulva (7,98 e 7,73 cm, P<0,0001), peso no D0 (295,8 e 287,3 kg, P=0,023), peso no DG (337,43 e 328 kg, P=0,01), GMD da indução ao DG final (0,71 e 0,58 kg, P<0,0001) e EGP (4,52 e 4,12 mm, P=0,039) quando comparadas as fêmeas precoces e tardias, respectivamente. Conclui-se que novilhas que emprenham com 14 meses apresentam menor peso adulto que aquelas que emprenham aos dois anos, porém sem afetar a eficiência na produção de bezerros à desmama a partir de secundípara, inclusive com melhor relação de desmama quando multíparas. Novilhas mais pesadas, mais velhas na entrada da primeira estação de monta e com maior ganho de peso após a desmama e com maior espessura de gordura na picanha tem maior probabilidade de prenhez precoce na sua primeira estação de monta após a desmama.
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                        Otimização dos protocolos de criopreservação celular e xenotransplante de cartilagem auricular para conservação de onças-pintadas (Panthera onca)
                        Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 01/08/2023
                        Área MEDICINA VETERINÁRIA
                        Orientador(es)
                        • Gediendson Ribeiro de Araujo
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Sofia Regina Polizelle
                          Banca
                          • Adriana Conceicon Guercio Menezes
                          • Alexsandra Fernandes Pereira
                          • Antonio Carlos Csermak Junior
                          • Fabiana Fernandes Bressan
                          • Gediendson Ribeiro de Araujo
                          Resumo Com a finalidade de minimizar as perdas genéticas das populações de onças-pintadas, estão sendo desenvolvidos biobancos de material genético, e, para isso, torna-se necessário estabelecer e/ou aprimorar protocolos que preservem e permitam a viabilidade do material após a criopreservação. Para esta espécie, a criopreservação de células somáticas já apresenta bons resultados usando a curva de congelamento lento com álcool isopropílico. Com isso, esse trabalho tem como objetivo avaliar se o congelamento rápido consegue manter a viabilidade das células em relação à forma tradicional, sendo uma alternativa para estocagem das células, além de realizar o xenotransplante de tecido de animais post-mortem avaliando se houve revitalização de um material em estágio inicial de decomposição. No primeiro experimento, as células foram cultivadas até a terceira passagem, avaliadas e criopreservadas no método tradicional através do congelamento lento (CL) pelo uso do equipamento Mr. Frosty, e através do congelamento rápido (CR) no vapor de nitrogênio, armazenadas em palhetas de 0,25ml. Após um período, foram descongeladas, avaliadas pelo corante azul de tripano e pelo uso de sondas fluorescentes (teste de necrose e apoptose (laranja de acridina + iodeto de propídio (PI) e citometria de fluxo (Hoechst33342 + PI)) e colocadas em cultivo, onde, após atingirem confluência de 70-80%, foram avaliadas novamente. Foram encontradas diferenças estatísticas (p<0,05) entre as células descongeladas (congelamento lento: 86,7±3,7 para azul de tripano (AT), 79,4±1,9 para o teste de necrose e apoptose (LA); congelamento rápido: 83,8±4,5 AT, 73,0±6,7 LA) e na confluência (congelamento lento: 99,2±0,5 AT, 92,0±1,4 LA, 94,91±0,61 para citometria de fluxo (CIT); congelamento rápido: 99,6±0,1 AT, 87,8±2,7 LA, 92,73±1,7 CIT), sendo as células cultivadas com viabilidade semelhante as células a fresco (p>0,05) (98,24±0,3 AT, 88,7±3,9 LA, 94,24±2,16 CIT). As células após descongelamento apresentaram baixa viabilidade, aumentando-a após confluência. Foi encontrado também uma diferença entre as análises de viabilidade, onde o AT marcou mais células inviáveis (CL: 86,76±3,68; CR: 83,78±4,55), enquanto os resultados do LA (CL: 92±1,38; CR: 87,80±2,69) e da citometria (CL: 94,91±0,61; CR: 92,73±1,7) foram semelhantes. No segundo experimento, os fragmentos de orelha de onças-pintadas atropeladas (atrop1, atrop2 e atrop3) foram levadas ao laboratório, tiveram a pele removida e a cartilagem foi lavada em álcool 70% por um minuto, depois em meio de cultivo com 5% de antibiótico-antimicótico, sendo posteriormente uma parte cultivado a fresco e seis vitrificados em superfície sólida. Após reaquecimento, uma foi colocada no cultivo, uma fixada em paraformaldeido para histologia, e duas xenotransplantadas em cada região (intraperitoneal (XenoIP) e subcutânea (XenoSC)) em camundongos imunodeficientes. Uma semana após o xenotransplante, um explante de cada região foi fixado para histologia e os demais colocados em cultivo. Na análise histológica, o fragmento XenoSC do atrop1 apresentou maior número de fibroblastos (28,4±9,48) que o XenoIP (11,1±5,47) e descongelado (20,6±7,17); para o atrop2, o XenoSC (17,2±7,96) não apresentou diferença em relação ao grupo fresco (25,1±12,6), e o XenoIP apresentou menor quantidade de fibroblastos que os demais (5,65±4,69); e para o atrop3, os XenoSC (7,4±4,67) e descongelado (6,5±3,54) não apresentaram diferenças. De forma geral, a análise histológica indicou um maior tempo de morte para o animal atrop3. Todos os animais apresentaram efeito positivo para o xenotransplante, sendo o XenoSC como melhor na manutenção da viabilidade celular, além da média de fibroblastos obtidos após descongelamento (28,4) serem semelhantes aos encontrados na literatura (21,7 e 26,6) para vitrificação de tecido em superfície sólida.
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                          DISTRIBUIÇÃO E FATORES DE RISCO DE CISTICERCOSE BOVINA EM MATO GROSSO DO SUL DURANTE 2021
                          Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                          Tipo Dissertação
                          Data 17/07/2023
                          Área MEDICINA VETERINÁRIA
                          Orientador(es)
                          • Raquel Soares Juliano
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Lais Fiorese Cavalcante
                            Banca
                            • Aiesca Oliveira Pellegrin
                            • Fernando Paiva
                            • Juliana Arena Galhardo
                            • Magyda Arabia Araji Dahroug Moussa
                            • Raquel Soares Juliano
                            Resumo A cisticercose bovina é uma antropozoonose que reflete um sério problema de saúde pública, além de causar prejuízos significativos para a cadeia da carne bovina. Sua etiologia é o estágio larval da Taenia Saginata, denominado Cysticercus bovis; é considerada endêmica nos países em desenvolvimento. O mapeamento de casos da cisticercose bovina e a busca por fatores de risco envolvidos com sua maior ocorrência são fundamentais para validar estratégias propostas pelo Programa Estadual de Prevenção e Controle do Complexo Teníase – Cisticercose, criado em 2018. Este trabalho foi elaborado com o objetivo de estimar a ocorrência de cisticercose bovina nos municípios do estado de Mato Grosso do Sul, em 2021, realizar o mapeamento desses casos e sua associação com possíveis fatores de risco na tentativa de subsidiar a tomada de decisões na prevenção e controle dessa enfermidade. Para tanto, foram computados todos os casos de bovinos notificados ao Programa Estadual de Prevenção e Controle do Complexo Teníase e Cisticercose, disponibilizados pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal – Iagro. Os dados foram tabulados em planilhas do software Microsoft® Excel 2010, e posteriormente analisados estatisticamente com auxílio do software RStudio versão para Windows, mapeados com o software QGIS, agrupados pelo método de K-médias em análise de cluster. Para verificar a interferência de fatores de risco em nível de município e propriedades, utilizou-se um modelo de regressão linear generalizada múltipla (GLM) e de regressão linear generalizada múltipla mista (GLMM), respectivamente. Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que a prevalência de cisticercose bovina foi de 0,46% em todo o estado, sendo a região denominada Sudoeste, a área de maior ocorrência da doença. Essa variação regional pode ser explicada, pela presença de fatores de risco para a ocorrência dessas infecções.
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                            AVALIAÇÃO DA TITULAÇÃO DE ANTICORPOS FRENTE A DIFERENTES PROTOCOLOS DE PRIMOVACINAÇÃO ANTIRRABICA EM UMA POPULAÇAO DE CÃES DE CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
                            Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                            Tipo Dissertação
                            Data 19/04/2023
                            Área MEDICINA VETERINÁRIA
                            Orientador(es)
                            • Veronica Jorge Babo Terra
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Jeannette León Thames
                              Banca
                              • Carlos Alberto do Nascimento Ramos
                              • Daniele Bier Borges
                              • Juliana Arena Galhardo
                              • Raquel Soares Juliano
                              • Veronica Jorge Babo Terra
                              Resumo RESUMO
                              A proteção dos seres humanos contra a raiva urbana é alcançada principalmente por medidas profiláticas aplicadas a cães e gatos, que incluem vacinas que induzem o mínimo de títulos de anticorpos (≥0,5 UI/ml).. Contudo, nas campanhas de vacinação em massa, numerosos animais não alcançam títulos protetores de anticorpos após a vacinação. Poucos estudos examinaram os fatores associados a falha de cães atingirem um título adequado de anticorpos após a vacinação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a titulação de anticorpos frente a diferentes protocolos da primovacinação antirrábica em cães. O estudo foi composto por 32 caes acima de 4 meses de idade divididos em três grupos experimentais. Os animais, tiveram seu sangue coletado previamente a primo vacinação, para a titulação de anticorpos antirrábicos. No Grupo 1, se realizou a coleta de amostra sanguínea e primeira vacina antirrábica, seguida de nova coleta de amostra nos dias 30 e 180. No Grupo 2, foi realizada coleta de amostra e primeira vacina antirrábica, nova coleta de amostra e reforço de vacina antirrábica no dia 30, e somente coleta de amostra nos dias 60 e 180. No Grupo 3, foi realizada a coleta de amostra e primeira vacina antirrábica, coleta de amostra e reforço vacinal no dia 7, coleta de amostra e reforço de vacina no dia 30, e somente coleta de amostra nos dias 60 e 180. Foram coletadas 120 amostras de soro encaminhadas ao Instituto Pasteur de São Paulo onde foram processadas mediante a Prova de Reação de Inibição de Focos Fluorescentes (RIFFT), a fim de determinar quantitativamente a titulação de anticorpos antirrábicos. Se realizou estatística descritiva e os resultados foram analisados pelo teste de Kruskal Wallis, Wilcoxon-Mann-Whitney, mostram o protocolo 2 quem concentra e mantem a maior quantidade de anticorpos em cães primovacinados no dia 180... Os cães miniatura e pequenos obtiveram maior quantidade de anticorpos que os cães de porte médio. Esses dados demonstram que há variação da obtenção de anticorpos antirrábicos frente à primo vacinação na população de cães estudados.
                              Palavra-chave: imunização, raiva, vacinas, caninos, zoonose
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                              EFICÁCIA DA VACINA CONTRA DOENÇAS INFECCIOSAS REPRODUTIVAS NA FERTIDADE DE BOVINOS DE CORTE
                              Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                              Tipo Dissertação
                              Data 17/04/2023
                              Área MEDICINA VETERINÁRIA
                              Orientador(es)
                              • Gustavo Guerino Macedo
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Daniella de Braga Rocha
                                Banca
                                • Aline Gomes da Silva
                                • Breno Fernandes Barreto Sampaio
                                • Eliane Vianna da Costa e Silva
                                • Gustavo Guerino Macedo
                                • Luiz Carlos Louzada Ferreira
                                Resumo As doenças reprodutivas são consideradas de impacto na cadeia produtiva. A IBR, BVDV e Leptospirose são importantes causas de perdas reprodutivas nos rebanhos do mundo todo. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da vacina contra IBR/BVDV/Leptospirose (5,0 mL; Bayovac Reprodução 15®) no escore de condição corporal, peso, perda de gestação, taxa de prenhez e resposta imune (D0 e DG30) de fêmeas bovinas submetidas à inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Foram utilizadas 3.410 fêmeas Nelore, incluindo as categorias pluríparas (n= 1573), primíparas (n= 607) e novilhas (n= 1230), submetidas ao mesmo protocolo de IATF: D0: 2mg de benzoato de estradiol (Gonadiol) e inserção de dispositivo intravaginal de P4 (DIB, 1,0 g); D8: retirada do dispositivo intravaginal de P4, injeção i.m. de 12,5mg de dinoprost trometamina (Lutalyse), 1mg de cipionato de estradiol (E.C.P.), 300 UI de eCG para pluríparas e primíparas e 200 UI para novilhas; D10: IATF). A avaliação de gestação foi realizada aos 30 e 90 dias pós IATF para identificação de fêmeas bovinas prenhas e perdas de gestação. As fêmeas nunca antes imunizadas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: grupo controle - não vacinado (NOVAC) e grupo vacinado (VAC). No D-24, as novilhas receberam a primeira dose da vacina (NOVAC n= 640; VAC n= 590), e no D0 pluríparas (NOVAC n= 784; VAC n= 789) e primíparas (NOVAC n= 315; VAC n= 292). No DG30, as fêmeas vacinadas receberam o reforço (2ª dose), com exceção das novilhas que receberam no D0. Foram coletadas amostras para sorologias aleatoriamente no D0 da IATF e no DG30. Os dados foram analisados nos programas PROC GLIMMIX e LOGISTIC do software SAS. Não foi observado efeito da vacinação para o escore de condição corporal e peso. Além disso, não foi observado efeito dos tratamentos (NOVAC e VAC) para a perda de gestação por categoria, bem como para os resultados da prenhez aos 30 e 90 dias do DG, perda entre os 30 e 90 dias e o aborto (P>0.10). A comparação dos títulos de IBR, BVDV e Leptospirose entre os tratamentos foi avaliada no D0 e no DG30, e não foi observado efeito significativo. Foi avaliada também a sorologia das doenças através do teste de soroaglutinação e vírusneutralização, e foi observado efeito na probabilidade de prenhez referente à sorologia de Leptospira canicola (D30), L. grippotyphosa (D0) e IBR, no DG da IATF, DG Final e DG de Touro. Os resultados mostraram maior prenhez conforme o aumento da titulação para L. canicola (D30), L. grippotyphosa (D0) e IBR, e menor prenhez conforme a alta de título de L. grippotyphosa.
                                Caracterização de Escherichia coli produtoras de beta-lactamases de espectro estendido isoladas de bezerros
                                Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                                Tipo Dissertação
                                Data 29/03/2023
                                Área MEDICINA VETERINÁRIA
                                Orientador(es)
                                • Cassia Rejane Brito Leal
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Yasmin Garcia Marangoni
                                  Banca
                                  • Cassia Rejane Brito Leal
                                  • Flábio Ribeiro de Araújo
                                  • Marcos Bryan Heinemann
                                  Resumo A resistência antimicrobiana não é um fenômeno recente, mas é um problema crítico de saúde pública mundial. A produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL), pelo grupo das Enterobacteriales, é o mecanismo de resistência bacteriana adquirida cada vez mais citado nas últimas décadas, presentes na interface humano-animal-ambiente. Este estudo teve como objetivo verificar em amostras fecais de bezerros, a presença de cepas de Escherichia coli diarreiogênicas produtoras de ESBL, identificando os genes de resistência blaCTX-M-2, blaCTX-M-8, blaCTX-M-15, blaSHV e blaTEM pelo método de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e fenotipicamente pelo método de triagem de disco de aproximação. Também se objetivou a padronização de um método de identificação rápido, para isolados de E. coli multirresistentes, usando o método de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR). Duzentos e oito isolados de E. coli diarreiogênicas foram submetidos à PCR, sendo a presença de pelo menos um dos genes citados verificada em 35,6% do total (n=74). A distribuição dos genes nas amostras positivas ocorreu da seguinte forma: 3,84% positivas para blaCTX-M-2, 5,28% para blaSHV e 29,3% para o gene blaTEM. Os genes blaCTX-M-15 e blaCTX-M-8 não foram observados no estudo. Quanto à suscetibilidade aos antimicrobianos, as amostras apresentaram altas taxas de resistência ao grupo dos beta-lactâmicos, bem como para tetraciclina (80%), no qual 50,9% (106/208) foram fenotipicamente multirresistentes, mostrando que animais portadores de cepas bacterianas com a enzima ESBL, podem ser um reservatório constante de disseminação. Adicionalmente, 40 isolados de E. coli diarreiogênicas sabidamente multirresistentes foram selecionados para serem mensurados no FT-IR, com espectros colhidos na faixa de 4000 a 700 cm-1, 3000 a 2800 cm-1 e 1800 a 800 cm-1. O método de FT-IR para o aprendizado de máquina foi capaz de identificar os isolados de E. coli diarreiogênicas multirresistentes com 70% de precisão no teste de validação, demonstrando que o FT-IR poderia ser uma ferramenta de triagem para estudos bacteriológicos e diagnóstico.
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                                  AVALIAÇÃO DE TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA ÓPTICA E APRENDIZADO DE MÁQUINA PARA DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DE Brucella abortus E Mycobacterium bovis EM BOVINOS
                                  Curso Mestrado em Ciências Veterinárias
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 15/03/2023
                                  Área MEDICINA VETERINÁRIA
                                  Orientador(es)
                                  • Carlos Alberto do Nascimento Ramos
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Bruno Silva de Rezende
                                    Banca
                                    • Álvaro Ferreira Júnior
                                    • Carlos Alberto do Nascimento Ramos
                                    • Cicero Rafael Cena da Silva
                                    Resumo A tuberculose e a brucelose bovina são doenças importantes no cenário da bovinocultura do país, haja vista os impactos econômicos devido ao sacrifício de animais positivos, condenação de produtos de origem animal e o risco à saúde pública. Ademais, B. abortus e M. bovis são microrganismos muito resistentes no ambiente o que facilita a sua disseminação. O Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) promove além de vacinação para brucelose, testes de diagnóstico para B. abortus e M. bovis, sacrifício ou abate sanitário de animais positivos e ações de adesão voluntária com a finalidade de fomentar a prevenção e controle destas doenças. Entretanto, os testes atualmente empregados podem apresentar alguns problemas seja de especificidade e ou sensibilidade, ou demanda de estrutura laboratorial complexa, alto custo e demora no tempo de execução. Dessa forma, justifica-se as pesquisas por métodos baseados em espectroscopia como FTIR, UV-Vis e outras, que associadas a métodos de análise multivariada e algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning) têm demonstrado serem promissoras no diagnóstico de doenças, apresentando índices de sensibilidade-especificidade aceitáveis, custos mais baixos e rapidez na obtenção de resultados. Dessa forma, foi avaliado nessa pesquisa o método UV (Ultra violeta), associado ao aprendizado de máquina, para diagnóstico de brucelose e tuberculose em bovinos. Avaliou-se a metodologia de UV para ambas as enfermidades, com diferentes antígenos (antígeno de B. abortus para soroaglutinação lenta Tecpar®; antígenos recombinantes P27, MPB83 e MPB70 de M. bovis). Foram utilizados um total de 106 amostras de soro bovino (53 positivas e 53 negativas) para brucelose, e 88 amostras (44 positivas e 44 negativas) para tuberculose. As proporções de antígeno-soro foram avaliadas para cada antígeno e identificou-se, por meio da análise de componentes principais (PCA), que a proporção 1:1 para brucelose e, 1:16 (MPB83), 1:2 (MPB70) e 1:2 (P27), para tuberculose, apresentaram melhor separação de positivos e negativos. Ademais, com a proporção definida, foi realizado a coleta dos espectros UV do total de amostras. Em seguida os espectros foram submetidos a análise de componentes principais com o objetivo de observar a tendência da formação de agrupamentos, sendo que para brucelose, não apresentou nenhuma tendência de agrupamento, enquanto para tuberculose, somente o antígeno P27 apresentou bons resultados de agrupamento. Finalmente, usando algoritmos de aprendizado de máquina, foi alcançada uma acurácia geral de 92,5% para brucelose e 96,3% para tuberculose (usando antígeno P27).
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