Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias

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Trabalhos

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TRABALHO Ações
PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE CASOS CONFIRMADOS DE MPOX EM MATO GROSSO DO SUL, NO ANO DE 2022
Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Dissertação
Data 06/03/2024
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
Coorientador(es)
  • Danila Fernanda Rodrigues Frias
Orientando(s)
  • Marcello Fraiha
Banca
  • Alda Maria Teixeira Ferreira
  • Clarice Souza Pinto
  • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
  • Everton Falcao de Oliveira
  • Leonice Domingos dos Santos Cintra Lima
Resumo A Mpox é uma doença viral zoonótica que afeta mamíferos, inclusive os seres humanos, causada pelo vírus Monkeypox (MPXV). A doença é endêmica no continente africano, mas em 2022 ocorreram diversos casos em outros países, evidenciando sua rápida disseminação. Neste sentindo, a presente pesquisa teve por objetivo descrever o perfil socioepidemiológico da Mpox no estado de Mato Grosso do Sul, naquele ano. Para isso, foi realizado um estudo epidemiológico transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo no âmbito do estado de Mato Grosso do Sul. Foram coletadas informações do sistema RedCap e e-SUS Sinan, compreendendo os seguintes indicadores: número de casos notificados, município de residência, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, comportamento sexual, sinais/sintomas, formas de transmissão, necessidade de hospitalização, e evolução final do caso. Foram confirmados 160 casos de Mpox em todo o Estado no ano de 2022, dos quais 145 indivíduos foram considerados elegíveis para aplicação de um questionário on-line, composto por questões relacionadas ao seu estado civil, renda familiar, comorbidades pré-existentes, ações preventivas, procura por tratamento, cumprimento das precauções, e mudanças comportamentais pós doença. As informações foram submetidas à análise estatística descritiva no software R versão 4.2.2. O perfil socioepidemiológico destacou-se por indivíduos do sexo masculino (88,8%), faixa etária de 20 a 39 anos (66,9%) e com ensino superior (44,4%). Os principais sintomas foram erupção cutânea (81,9%), febre súbita (59,6%) e lesão genital/perianal (50%), e a principal via de transmissão foi a sexual (61,9%). Os participantes do estudo relataram não saber como a doença é transmitida em 47,8% dos casos, e os que sabiam, 42% afirmaram não ter realizado nenhuma medida preventiva. Para a realização do atendimento médico, 69,6% dos respondentes do questionário buscaram a rede pública, 21,7% a rede privada, e 8,7% a rede pública e depois a privada. Além disso 100% afirmaram terem realizado o isolamento domiciliar. Houve mudança comportamental durante o período da recuperação da doença, dos quais 66,7% evitaram contato íntimo e/ou sexual, 57,1% evitaram abraçar e beijar, 47,6% aumentaram a frequência de higiene, 42,9% mantiveram os hábitos, 28,6% evitaram ambientes com aglomerações e 23,8% adotaram outro tipo de medida. O estudo sugere a necessidade de enfatizar ações e cuidados nos grupos de maior vulnerabilidade, de forma ética e humanitária.

Palavras-chave: Monkeypox virus. Perfil socioepidemiológico. Varíola dos macacos.
DIFERENCIAÇÃO DE FÊMEAS DE LUTZOMYIA CRUZI E LUTZOMYIA LONGIPALPIS (DIPTERA: PSYCHODIDAE: PHLEBOTOMINAE) POR ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO
Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Dissertação
Data 01/03/2024
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Alessandra Gutierrez de Oliveira
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Matheus Eugênio Porto Barbosa
    Banca
    • Alessandra Gutierrez de Oliveira
    • Aline Etelvina Casaril Arrua
    • Everton Falcao de Oliveira
    • Mirella Ferreira da Cunha Santos
    • Wagner de Souza Fernandes
    Resumo No Brasil as espécies de flebotomíneo Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi são vetores de Leishmania infantum, agente etiológico da leishmaniose visceral. Lutzomyia longipalpis está presente em todas regiões do País, e Lutzomyia cruzi apenas no Centro-Oeste e Nordeste. As fêmeas das duas espécies não podem ser diferenciadas, pois são morfologicamente idênticas. Em Mato Grosso do Sul, ambas são encontradas em simpatria em seis municípios onde há notificações de leishmaniose visceral. A identificação taxonômica é necessária, pois o perfil epidemiológico pode ser influenciado pela espécie de vetor. Devido a evidências comportamentais, bioquímicas e morfológicas, há a existência de um complexo longipalpis cujas populações de Lutzomyia longipalpis e outras espécies estão incluídas, entre elas Lutzomyia cruzi. Diante do exposto é necessário buscar alternativas para minimizar esse problema utilizando-se métodos alternativos. Nesse sentido, a Espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier e fotoacústica (FTIR) é uma técnica que permite caracterizar bandas moleculares por meio de espectros sonoros sem a preparação prévia da amostra. É utilizada em diversos grupos em conjunto com machine learning (ML). O presente estudo tem como objetivo diferenciar fêmeas de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi por meio de FTIR e aprendizado de máquina. Um total de 120 fêmeas de Lutzomyia cruzi e Lutzomyia longipalpis de Corumbá e Aquidauana, respectivamente, foram processadas no espectrômetro em grupo de quatro. Após o processamento das amostras, os espectros obtidos foram analisados para a caracterização das espécies com multianálises e aprendizado de máquina. Utilizando-se o algoritmo SVM Linear nas três faixas de bandas (4000 a 600 cm-¹; 3000 a 2800 cm-¹; 1800 a 800 cm-¹) com componentes principais necessários para cada faixa, a porcentagem foi acima de 95% de acurácia. Além disso, sugere-se também, que qualquer faixa espetral pode ser utilizada para obter um bom modelo de previsão para utilização na rotina laboratorial. Os testes de validação foram bem sucedidos, com uma exatidão global de 100% para todas as faixas espectrais analisadas com a escolha adequada de PCs. As faixas vibracionais 2800 cm-¹ (lipídios e ácidos graxos) e 1154, 1109 cm-¹ (carboidratos) correspondem às diferenças entre as duas espécies. Portanto, pode-se concluir que FTIR e aprendizado de máquina são competentes para a diferenciação das duas espécies.
    DESEMPENHO DO TESTE RÁPIDO IMMY® SONA ASPERGILLUS PARA DETECÇÃO DE GALACTOMANANA EM AMOSTRAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL DE PACIENTES COM ASPERGILOSE PULMONAR ASSOCIADA À COVID-19 (CAPA): UM ESTUDO DE VIDA REAL
    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
    Tipo Dissertação
    Data 27/02/2024
    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
    Orientador(es)
    • James Venturini
    Coorientador(es)
    • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
    Orientando(s)
    • Arthur Pereira dos Santos
    Banca
    • Amanda Ribeiro dos Santos
    • Ana Paula da Costa Marques
    • Bárbara Casella Amorim
    • Eliana da Costa Alvarenga de Brito
    • James Venturini
    Resumo A aspergilose é uma infecção fúngica causada pelo fungo do gênero Aspergillus, sendo o Aspergillus fumigatus a espécie mais comum. Este fungo está presente no ambiente e é constantemente inalado pelas pessoas. Em indivíduos que não possuem fatores imunossupressores ou doenças pulmonares prévias a aspergilose tende a não se desenvolver, no entanto, em algumas situações, a aspergilose pode se tornar uma preocupação significativa, especialmente em pacientes com o sistema imune comprometido, devido a condições como câncer, transplantes de órgãos e tratamentos imunossupressores. Além disso, pacientes sob cuidados de terapia intensiva, também são mais propensos a desenvolver essa doença fúngica. Assim, durante a pandemia de COVID-19, a aspergilose pulmonar associada à COVID-19 (CAPA) tornou-se muito significativa, principalmente pela grande quantidade de casos, requer, difícil diagnóstico, manejo desafiador e elevada mortalidade. O critério diagnóstico da CAPA comprovada, além da presença de critérios clínicos e radiológicos, requer visualização e/ou isolamento do fungo a partir de amostras de lavado broncoalveolar ou biópsias pulmonares. No entanto, a coleta desses materiais biológicos demanda procedimentos invasivos e equipamentos pouco disponíveis em países em desenvolvimento, como no caso do Brasil. A utilização de biomarcadores, como a determinação de galactomanana (GM) de Aspergillus em fluídos corpóreos é uma ferramenta valiosa no diagnóstico das aspergiloses pulmonares invasivas. E, do mesmo modo, a utilização da secreção traqueal (ST) como material biológico de fácil acesso tem sido uma opção valiosa para o diagnóstico de CAPA. Contudo, os estudos de vida real para avaliar a performance dos testes diagnósticos utilizando ST são escassos. Assim, o objetivo do presente estudo foi determinar o desempenho do teste rápido IMMY® sona Aspergillus para detecção de GM em amostra de ST de pacientes com suspeita de CAPA. O estudo foi realizado em dois hospitais terciários de Campo Grande, MS, Brasil, no período de junho de 2021 a setembro de 2022. As definições de diagnóstico de CAPA comprovada, provável e possível seguiram a recomendação da ECMM/ISHAM que incluem critérios clínicos, tomográficos e microbiológicos. Para o presente estudo, a detecção de GM em ST pelo método de ELISA (Platelia Aspergillus EIA, Bio‐Rad®) foi utilizado como critério microbiológico, conforme preconizado pelo guideline ECMM/ISHAM. Dentre 121 pacientes com COVID-19 sob cuidados de terapia intensiva, 64 pacientes apresentaram quadros clínico e radiológico suspeitos de CAPA e foram avaliados quanto à presença de GM em ST pelo método de ELISA. As amostras de ST também foram submetidas ao teste rápido (IMMY® sona Aspergillus) e os parâmetros de acurácia foram determinados. Quinze pacientes (23,4%) foram diagnosticados com CAPA possível. Esses pacientes apresentavam idade média de 65 (mínima 34, máxima 98) anos e a mortalidade foi de 66,7%. A análise de acurácia do teste rápido para amostras de ST em relação ao teste de ELISA revelou sensibilidade=93%, especificidade=94%, valor preditivo positivo=83%, valor preditivo negativo=97% e razão de verossimilhança para teste positivo=15.3. A concordância entre os testes foi de 83,3% e a acurácia geral de 93%. Nas condições ensaiadas, o teste rápido para detecção de GM em amostras de ST apresentou ótima performance, mostrando-se uma opção rápida para o diagnóstico de CAPA possível e assim, proporcionando um tratamento com antifúngico mais precoce e subsequente diminuição da mortalidade em locais onde a realização de broncoscopia é limitada ou indisponível.
    INFECÇÃO POR SARS-COV-2 EM PROFISSIONAIS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE MATO GROSSO DO SUL
    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
    Tipo Dissertação
    Data 23/02/2024
    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
    Orientador(es)
    • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Marcela Aparecida Bertoldi de Melo
      Banca
      • Adriana de Oliveira Franca
      • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
      • Clarice Souza Pinto
      • Gabriela Alves Cesar
      • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
      Resumo Introdução: A pandemia da COVID-19 causou um grande impacto na saúde pública mundial, uma vez que os profissionais de saúde (PS) precisaram se adaptar a novos processos de trabalho. Neste contexto, os profissionais do serviço pré-hospitalar móvel de urgência estão mais expostos ao risco de adquirir a infecção pelo SARS-CoV-2. Objetivo(s): Estimar a prevalência e identificar os fatores preditivos associados à infecção pelo SARS-CoV-2 entre os profissionais que atuam nas ambulâncias, suporte básico e avançado de vida, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no estado de Mato Grosso do Sul (MS). Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, transversal que utilizou dados primários com abordagem quantitativa. Foi considerado como critério de infecção pelo SARS-CoV-2 o autorrelato de, ao menos, um resultado positivo para detecção de RNA do SARS-CoV-2 por RT-qPCR ou detecção de proteína viral/antígeno por teste rápido (TR). Resultados: A população estudada foi composta por 197 indivíduos, com média de idade de 42 anos, majoritariamente composta por homens (57%) e por profissionais com nível superior de escolaridade (72%). Sobrepeso/obesidade foi relatado por 74% dos participantes e apenas 22% dos participantes relataram diagnóstico prévio de alguma comorbidade. A categoria profissional mais representativa foi a dos técnicos de enfermagem (31%). A maioria trabalhava em apenas uma instituição de saúde (62%), por dois ou mais turnos (64%) e 42% relatou carga horária semanal de trabalho entre 37 e 60 horas (42%). Apesar de 40% dos participantes terem relatado não ter usado equipamento de proteção individual (EPI) em algum momento, a maioria recebeu treinamento para uso de equipamentos de proteção individual (EPI) (87%). Uma elevada prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 foi encontrada (55,3% (95% IC: 48,3-68,2). Após análise multivariada, os fatores associados ao risco da infecção pelo SARS-CoV-2 foram contato prévio com pessoa infectada e ter recebido menos do que dois treinamentos ou nenhum treinamento para uso correto de EPI. Conclusões: Os resultados observados sugerem que os profissionais do SAMU apresentam alta prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 e que treinamentos para uso correto de EPI têm papel relevante na proteção desses profissionais.
      Palavras-chave: COVID-19. SAMU. Profissionais de Saúde. Serviços Médicos de Urgência. Socorristas.
      HESITAÇÃO VACINAL EM RESIDENTES DE CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 16/02/2024
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Everton Falcao de Oliveira
      Coorientador(es)
      • Claudia Du Bocage Santos Pinto
      Orientando(s)
      • Ana Isabel do Nascimento
      Banca
      • Ana Paula Sayuri Sato
      • Everton Falcao de Oliveira
      • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
      • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
      • Wagner de Souza Fernandes
      Resumo A vacinação é a medida de melhor custo-benefício para o controle de doenças imunopreveníveis. Contudo, o declínio dos percentuais de coberturas vacinais tem favorecido a reemergência de algumas doenças que estavam controladas no Brasil e no mundo. A hesitação vacinal é um fenômeno complexo que ocorre entre a completa aceitação e a total recusa das vacinas, e pode contribuir com a queda da cobertura vacinal. Conhecer os motivos relacionados com a hesitação e, entre estes, identificar aqueles que são passíveis de intervenção, se faz essencial ao planejamento de ações para o aumento dos percentuais de cobertura vacinal. Com isso, o trabalho visa avaliar a hesitação vacinal em residentes do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado de modo concomitante a um inquérito domiciliar de base populacional que estimou a cobertura vacinal na área urbana da cidade entre novembro de 2022 e outubro de 2023. A amostragem por conglomerados em dois estágios foi adotada para a seleção dos locais de coleta de dados e seguiu método preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), utilizando a malha de setores censitários de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O primeiro estágio do processo de amostragem resultou em 30 conglomerados. Após a definição dos conglomerados, foram sorteadas as residências a serem visitadas e incluídas no estudo (segundo estágio). Todos os residentes de 12 anos ou mais que aceitaram participar da pesquisa foram incluídos no estudo. Os dados foram coletados por meio da aplicação do questionário de hesitação vacinal elaborado pelo grupo SAGE (Strategic Advisory Group of Experts on Immunization) da OMS. A estatística descritiva e inferencial (análise univariada e multivariada) foram utilizadas para caracterizar a população estudada e para avaliar a associação entre hesitação vacinal e as demais variáveis do estudo, respectivamente. Ao final do estudo, 518 indivíduos foram entrevistados (população geral). Dentre estes, 158 eram pais de crianças menores de 12 anos e responderam questões sobre hesitação relacionada à vacinação infantil. A hesitação vacinal foi de 50,19% na população geral e de 39,24% entre os pais. Os participantes hesitantes da população geral eram mais jovens do que os participantes não hesitantes, acreditavam menos na eficácia da vacinação e buscavam informações sobre vacinas majoritariamente pela televisão e redes sociais. A falta de confiança na segurança das vacinas foi a causa mais frequente de hesitação. O motivo de complacência mais citado foi a percepção de que a vacina não era necessária e o principal motivo de conveniência citado foi não saber onde obter informações confiáveis sobre as vacinas. Os principais motivos foram citados principalmente após o início da pandemia de COVID-19. Os resultados do estudo demonstram a necessidade da identificação das incertezas e medos da população em relação aos imunizantes para reduzir a influência da desinformação sobre vacinas, além de promover a consciência coletiva e individual acerca da importância da imunização, a fim fomentar uma aceitação vacinal duradoura.
      O PERFIL DE INFORMAÇÃO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL DE PACIENTES E PROFISSIONAIS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 27/11/2023
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Eduardo de Castro Ferreira
      Coorientador(es)
      • André de Faria Pereira Neto
      Orientando(s)
      • Weslley Vareiro Alves Stefanes
      Banca
      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
      • Aline Vilar Machado Nils
      • Eduardo de Castro Ferreira
      • Glaucia Elisete Barbosa Marcon
      • LETICIA TEREZA BARBOSA DA SILVA
      Resumo A leishmaniose visceral ocorre em diversas áreas endêmicas em regiões tropicais e
      subtropicais. Trata-se de uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum,
      da família Trypanosomatidae. Ela é uma das doenças negligenciadas. No Brasil ela
      possui uma alta relevância para a saúde pública, acarretando a necessidade de medidas
      para sua prevenção e controle. Nesse contexto a abordagem da Saúde Única, ao reunir
      diferentes áreas de conhecimento para lidar com problemas como as zoonoses, tem se
      tornado uma ferramenta essencial de conhecimento para formadores de políticas de
      saúde pública. Nem todos os cidadãos conhecem as informações adequadas sobre esta
      doença. O presente estudo exploratório analisa as características das informações que
      profissionais da saúde e pacientes em tratamento para leishmaniose visceral possuem
      sobre esta doença. Esta pesquisa foi realizada no “Hospital dia Professora Esterina
      Corsini” vinculado ao “Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian”, da
      Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh). Os resultados
      demonstram que muitos pacientes atendidos nesse hospital universitário desconhecem
      o tratamento que estão recendo. Ele revela tambem que nem todos os profisionais comn
      nivel superior possuem informações corretas sobre prevenção e disgnóstico. Este
      estudo se soma a outros semelhantes que apontam a importancia de iniciativas de
      divulgação e educação científicas sobre leishmaniose visceral para que sua prevenção e
      controle sejam mais efetivas.
      VIGILÂNCIA GENÔMICA DAS VARIANTES EMERGENTES DO SARS-COV-2 EM CIDADES DO TERRITÓRIO BRASILEIRO.
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 25/10/2023
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Julio Henrique Rosa Croda
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Thauane de Oliveira Silva
        Banca
        • James Venturini
        • Julio Henrique Rosa Croda
        • Karla Regina Warszawski de Oliveira
        • PATRICIA VIEIRA DA SILVA
        • Wellington Santos Fava
        Resumo Introdução: Em dezembro de 2019, as autoridades chinesas detectaram um novo tipo
        de vírus que pode causar infeções em seres humanos. Desde a emergência do SARSCoV-2, pesquisadores têm monitorado suas mutações, traços do genoma, evolução e
        comportamento do vírus através de diferentes ferramentas utilizadas no âmbito da
        vigilância genômica. Objetivo: Avaliar a introdução e circulação das variantes
        emergentes do SARS-CoV-2 em cinco cidades do Brasil (Niterói-RJ, Campo GrandeMS, Dourados-MS, Rondônia-RO, Recife-PE). Métodos: O presente estudo é uma
        pesquisa descritiva, analítica, observacional de corte transversal; com dados primários
        submetidos a técnicas laboratoriais a partir de amostras positivas para infecção pelo
        SARS-CoV-2. A análise filogenética foi composta por isolados identificados e um
        conjunto representativo da diversidade viral numa árvore de alta verossimilhança
        utilizando as ferramentas Viral MSA e QI‐TREE2 12. Foram coletados dados clínicos,
        valores do ciclo limiar (Ct) e sorologia para comparar a frequência dessas variáveis
        em indivíduos acometidos pelas Variantes de Preocupação (VOC) em comparação
        com outras linhagens do SARS-CoV-2, em termos de transmissibilidade, sintomas
        clínicos e escape imunológico. Resultados: Foram incluídos 209 indivíduos, a maioria
        mulheres, com média de idade de 39,8±13,5 anos e da cor branca. Foram
        identificadas 13 cepas circulantes no período de outubro de 2020 a maio de 2021. As
        variantes mais frequentes foram P.2 (46,4%), seguidas por P.1 (22%) e B.1.133
        (11,4%). As VOC apresentaram um valor menor de Ct em comparação com outras
        linhagens, o que pode significar uma maior transmissão viral. Os indivíduos que foram
        atingidos pelas VOC apresentaram soroconversão em menor proporção em relação
        às outras cepas. Conclusão: Contextualizar os genomas sequenciados permitiu
        analisar o espalhamento geográfico e a dinâmica viral em escalas local, regional e
        nacional. Apesar de o sequenciamento genômico ter sido realizado em larga escala,
        ainda existem lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas para
        compreender a história natural do SARS-CoV-2, bem como seus impactos globais.

        Palavras-chave: SARS-CoV-2; Variantes Emergentes; Vigilância Genômica
        DISTÚRBIOS DO OLFATO E PALADAR APÓS A FASE AGUDA DA COVID-19: UM ESTUDO OBSERVACIONAL SOBRE O IMPACTO NEUROPSIQUIÁTRICO.
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 29/09/2023
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Rivaldo Venancio da Cunha
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Ana Clara Miotello Ferrão
          Banca
          • Anamaria Mello Miranda Paniago
          • Everton Falcao de Oliveira
          • MIGUEL SOARES TEPEDINO
          • PAULA MORENO
          • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
          Resumo Introdução: A influência dos distúrbios quimiossensoriais sobre a qualidade de vida tem sido estudada desde antes da pandemia, uma vez que outras infecções virais cursam com alterações do olfativas e gustativas. No entanto, a persistência destes distúrbios e a relação com sintomas neuropsiquiátricos durante e após a pandemia de COVID-19 evidenciou a necessidade de estudos acerca do impacto gerado na saúde mental dos indivíduos afetados. Objetivo: Estimar a frequência de comprometimento quimiossensorial após a fase aguda da COVID-19 e o seu relacionamento com o desenvolvimento de transtornos neuropsiquiátricos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal fundamentado em dados primários coletados por meio de um questionário disponibilizado a partir da plataforma online Survey Monkey entre maio e julho de 2023. O questionário foi formulado a partir de questões sobre informações sociodemográficas, dados da infecção aguda, dados do distúrbio olfatório e do palada, avaliação do impacto na qualidade de vida, avaliação neuropsiquiátrica e avaliação de memória. Os dados sobre qualidade de vida e distúrbios neuropsiquiátricos foram baseados em questionários padronizados. Foram elegíveis ao estudo indivíduos moradores do estado do Mato Grosso do Sul, com idade superior a 18 anos e com diagnóstico prévio de doença COVID-19. Resultados: Foram incluídos no estudo 495 participantes que atenderam aos critérios de elegibilidade. A maioria era residente de Campo Grande (82,7%), possuía até 39 anos (44,9%) e era do sexo feminino (70,9%). Em relação à prevalência dos distúrbios quimiossensoriais, 62,4% apresentaram declínio do olfato, 61% declínio do paladar e 13,3% revelaram parosmia. Em relação à associação entre a perda olfatória e ocorrência de sintomas neuropsiquiátricos, foi verificada maior ocorrência dos sintomas nos indivíduos com perda olfatória (independente do tempo do distúrbio) em 7 de 9 aspectos pesquisados, sendo eles: sensação de tristeza ou depressão, sensação de estar impaciente com as pessoas ao redor, incapacidade de gostar pelas coisas como antigamente, sensação de desesperança em relação ao futuro, sensação de ansiedade ou nervosismo, sensação de tensão muscular e experiência de ansiedade intensa gerando pânico. Destaca-se a mesma associação com o distúrbio olfatório foi observada quando questionados sobre a auto-percepção de problema de memória. Conclusão: Os distúrbios quimiossensoriais constituem um fator de grande relevância na infecção pela Covid19 uma vez que possuem alta prevalência e estão relacionados à um impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. Além disso, sugere-se que a perda de olfato e do paladar, relaciona-se com maior ocorrência de distúrbios neuropsiquiátricos e déficits de memória.
          ESTUDO DESCRITIVO E COMPORTAMENTAL DOS USUÁRIOS DE PREP EM CAMPO GRANDE, MS.
          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
          Tipo Dissertação
          Data 28/09/2023
          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
          Orientador(es)
          • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Roberto Paulo Braz Júnior
            Banca
            • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
            • Gabriela Alves Cesar
            • Iara Barbosa Ramos
            • Mauricio Antonio Pompilio
            Resumo Desde a identificação dos primeiros casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência (HIV) no mundo, a epidemia da infecção pelo HIV continua sendo um grande desafio para a saúde pública. Estima-se que o número de casos novos de HIV segue aumentando no Brasil e no mundo, afetando desproporcionalmente alguns grupos populacionais chave. A partir de 2012 e com o intuito de impedir a ocorrência de novas infecções pelo HIV, surge, como parte de uma combinação de abordagens de prevenção farmacológica utilizando antirretrovirais para pessoas com maior risco de se infectarem pelo HIV, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Considerando a comprovada relação entre a efetividade da PrEP na redução da transmissão do HIV e a sua adesão, o presente estudo teve como objetivo estudar os aspectos epidemiológicos, bem como identificar as barreiras de acesso ao serviço dos usuários de PrEP contra HIV/AIDS atendidos no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Campo Grande, MS. Trata-se de um estudo transversal, realizado entre janeiro de 2021 e abril de 2022, que incluiu 140 usuários de PrEP atendidos nesta unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados sobre as características sociodemográficas e fatores associados ao abandono de PrEP foram obtidos por meio de entrevistas individuais utilizando questionário padronizado. A maioria dos usuários de PrEP é homens-cis (92,0%) brancos (51,0%), maiores de 30 anos (56,5%), de orientação homossexual (76,5%) e com pelo menos 12 anos de estudo formal (77,5%). Cerca de 60,0% admitiram uso inconsistente de preservativo em relações sexuais recentes, principalmente de natureza anal. Aproximadamente 88,00% se veem em risco de contrair infecção sexualmente transmissível (IST) no próximo ano. Quanto as novas formas de apresentação, 46,0% revelou que usaria “PrEP sob demanda” e 92,00% tem interesse no uso de “PrEP injetável”. Após seis meses de acompanhamento, 43,6% (IC 95,0%: 35,5-52,0) descontinuaram o uso da PrEP, principalmente devido a mudanças no comportamento sexual (38,3%) e dificuldades de acesso a serviços de saúde (21,3%). O estudo ressalta a necessidade de inclusão de diferentes populações-chave e destaca a importância da PrEP como estratégia de acompanhamento contínuo para prevenção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), além da importância de incluir novas apresentações como opção para PrEP oral diária no SUS.
            ABANDONO DE TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL (TARV) EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/aids (PVHA) EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Dissertação
            Data 25/09/2023
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Andréia Souza Pinto da Silva
              Banca
              • Anamaria Mello Miranda Paniago
              • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
              • Gabriela Alves Cesar
              • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
              • Tayana Serpa Ortiz Tanaka
              Resumo Mesmo após 40 anos de epidemia, a infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda se configura como um problema global de saúde pública, apesar de ter se tornado uma condição clínica crônica controlável em virtude da eficácia da terapia antirretroviral. Entretanto, seu manejo, apresenta fragilidades no que tange ao acesso ao cuidado integral, tais como diagnóstico tardio e abandono de tratamento, sendo este último o foco deste estudo. Esta pesquisa teve por objetivo caracterizar o abandono de tratamento antirretroviral (TARV) nas pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) no município de Campo Grande – MS e avaliar a estratégia de reaver a vinculação destes usuários ao tratamento antirretroviral. Primeiramente, foi conduzido um estudo transversal retrospectivo que utilizou informações de bancos de dados de usuários em perda de seguimento/tratamento antirretroviral, e em seguida foi realizada uma busca ativa para reengajar PVHA nos cuidados médicos. A população estudada incluiu PVHA acima de 18 anos, não gestante e com perda de seguimento/abandono de tratamento ≥ 100 dias em dois serviços de assistência especializada em HIV/aids no período de janeiro de 2021 a abril de 2022. Um total de 852 PVHA em Loss To Follow Up (LTFU) foram incluídas. A maioria era homem, adulto jovem (média de 38 anos), em tratamento há mais de três meses antes da perda de seguimento, com contagem de células CD4+ acima de 200 células/μl, e com a última determinação de carga viral detectável há mais de 12 meses. A taxa de não-adesão/revinculação ao TARV na população estudada foi de 45,76% associada à idade maior ou igual a 46 anos, contagem de células CD4 menor que 100 células/uL, tempo de perda de seguimento ≥12 meses e mais de uma tentativa de contato de busca ativa. A última carga viral detectável e o tempo em abandono maior ou igual a três meses foram fatores associados ao reengajamento e consequente retorno ao TARV. A estratégia de rastreamento das PVHA em LTFU por telefonemas foi realizada para apenas 31,69%, contudo destes, apenas 3,39% retornaram ao tratamento. O déficit na atualização de dados, no monitoramento, na vinculação, na retenção e no preenchimento correto dos sistemas de informação relacionados às PVHA corroboram para o desfecho negativo. O desenvolvimento de estratégias de reengajamento é relativamente novo, com vários estudos em todo o mundo, mas as pesquisas ainda são limitadas no Brasil. Os resultados deste estudo demonstram a relevância das intervenções centradas no paciente e a necessidade de garantir o tratamento precoce e promover a permanência no cuidado com a consequente supressão viral, impactando nos indicadores de saúde da população, com ênfase nos gestores de saúde e partes interessadas no cuidado ao HIV.
              IMPACTO DA VACINAÇÃO PRÉVIA COM BCG NA RESPOSTA ANTI-SPIKE IGG EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE IMUNIZADOS COM DIFERENTES VACINAS CONTRA COVID-19
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 04/09/2023
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Julio Henrique Rosa Croda
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Mariana Gazzoni Sperotto
                Banca
                • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                • Ines Aparecida Tozetti
                • Julio Henrique Rosa Croda
                • Karla Regina Warszawski de Oliveira
                • Sabrina Moreira dos Santos Weis
                Resumo A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, com impacto global. Diversas pesquisas foram conduzidas em busca de vacinas para prevenir a infecção, das quais, a AstraZeneca, CoronaVac e BNT162b2 foram aplicadas no Brasil. A vacina Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), utilizada contra a tuberculose, demonstrou em estudos proteger contra patógenos inespecíficos, ativando macrófagos, fagócitos e citocinas pró-inflamatória, possuindo atividade antiviral. Essa atividade antiviral inespecífica levou a um interesse em investigar se essa vacina poderia oferecer alguma proteção contra o SARS-CoV-2. Com isso, o objetivo do presente estudo foi quantificar a soroconversão e os níveis de anticorpos produzidos pelas vacinas disponíveis no mercado brasileiro, considerando a influência da vacinação com a BCG. Foram selecionados 874 trabalhadores da saúde com idade acima de 18 anos e divididos em grupos para as vacinas AZD1222 (n=592), CoronaVac (n=264) e Pfizer (n=18), cada um com subdivisão entre aqueles que receberam o placebo e aqueles que receberam a BCG. Realizou-se teste quantitativo e qualitativo de anti-spike IgG, utilizando um ensaio quimioluminescente de micropartículas imunológicas no soro coletado 28 dias após a vacinação. O grupo que recebeu a vacina Pfizer apresentou um número reduzido de participantes, e portanto, seus resultados foram excluídos da análise estatística. O estudo encontrou os níveis de anticorpos anti-spike IgG duas vezes mais elevados na vacina AZD1222 em comparação com a CoronaVac (geometric mean ratio (GMR) 2,58, 95% intervalo de confiança (IC)) com duas doses, e quando comparado duas doses da CoronaVac com uma dose de AZD1222, o resultado foi similar (GRM 0,99, 95% IC). A presença da BCG (grupo BCG n=435; placebo salina n=439) não induziu o aumento de anticorpos contra SARS-CoV-2 em ambos os grupos (AZD1222 p=0,38; CoronaVac p=0,76). Com isso, conclui-se que a presença da vacina BCG não aumentou a proteção mediada por anticorpos contra a COVID-19, e a vacina AZD1222 induziu duas vezes mais anticorpos que a CoronaVac.
                ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, EM CAMPO GRANDE/MS, NO PERÍODO DE 2005 E 2017-2018.
                Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                Tipo Dissertação
                Data 06/06/2023
                Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                Orientador(es)
                • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Emmanuela Maria de Freitas Lopes
                  Banca
                  • Ana Paula da Costa Marques
                  • Everton Falcao de Oliveira
                  • James Venturini
                  • JOSE CASSIO DE MORAES
                  • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                  Resumo A vacinação é uma medida essencial de prevenção em saúde pública, com impactos significativos na redução de doenças. No Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunização, são ofertados à população 47 imunobiológicos, incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas, com um custo anual de 4,3 bilhões de reais. O uso de Inquéritos de Cobertura Vacinal (ICV) identifica a cobertura vacinal com base nos registros das cadernetas de vacinação e elenca os motivos de hesitação vacinal informados pelos responsáveis. O objetivo da pesquisa foi analisar e comparar os resultados dos inquéritos de cobertura vacinal na coorte de nascidos nos anos de 2005 e 2017/2018, em Campo Grande, MS. Trata-se de estudo observacional descritivo de caráter quantitativo, realizado pela comparação dos resultados dos ICVs realizados no município de Campo Grande, MS, nos anos de 2005 e 2017/2018. Foram descritos os motivos de hesitação vacinal no ICV realizado com a coorte de nascidos vivos no ano de 2017/2018. Verificou-se que as coberturas vacinais nos períodos do estudo não alcaçaram as metas de 95%, preconizadas pelo Ministério da Saúde, passando de 72,2% em 2005 para 54,2% em 2017/2018. No SIPNI as coberturas vacinais foram superiores às encontradas nas fotos das cadernetas de vacinação em ambos inquéritos, principalmente para os imunobiológicos administrados preferencialmente nas maternidades. Houve aumento no nível de escolaridade materna, no número de salas de vacinas e de equipes de saúde da família, contudo sem aumento da cobertura vacinal. O contexto pandêmico, o medo das reações vacinais, a falta de tempo para levar a criança para vacinar, o horário inadequado de funcionamento do posto e a falta de vacina foram os principais motivos elencados pelos responsáveis para que as crianças não fossem vacinadas.
                  COBERTURA VACINAL ENTRE CASOS CONFIRMADOS DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM MATO GROSSO DO SUL, 2011 A 2020
                  Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                  Tipo Dissertação
                  Data 31/05/2023
                  Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                  Orientador(es)
                  • Everton Falcao de Oliveira
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Danielli de Almeida Moura
                    Banca
                    • Claudia Du Bocage Santos Pinto
                    • Everton Falcao de Oliveira
                    • Márcio José de Medeiros
                    • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
                    • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                    Resumo O Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), distribui milhões de doses de vacinas, de forma universal e gratuita. Entretanto, nos últimos anos tem sido observado o ressurgimento de doenças controladas no passado, o que pode ser atribuído à significativa queda nas coberturas vacinais em todo o país. Desde a década de 1990, as coberturas vacinais (CV) infantis estavam acima de 95%; no entanto, a partir de 2016, essas coberturas têm declinado expressivamente, o que alerta para a emergência de crises sanitárias. Mediante este cenário, este estudo teve como objetivo estimar a CV na população de indivíduos que foram notificados como casos confirmados de doenças imunopreveníveis de notificação compulsória, cujas vacinas estão disponíveis no PNI, em Mato Grosso do Sul, no período entre 2011 a 2020. Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada analise descritiva dos resultados. A incidência foi utilizada como medida de frequência de doenças e a proporção de vacinados entre todos os casos foi utilizada para a descrever a CV segundo doença e sexo. Durante o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2020, foram reportados ao SINAN do Mato Grosso do Sul 34.822 casos de doenças preveníveis por vacinas; destes, 17.595 (50,53%) foram confirmados. A maior CV observada dentre os casos confirmados de cada doença, foi de 50% para difteria, seguida por coqueluche (48,93%), raiva humana (33,33%), tétano (26,66%), hepatite B (26,57%), influenza (13,49%), varicela (13,09%), hepatite A (6,58%) e meningite por Haemoplhilus (0). A média da CV entre os casos confirmados destas doenças, exceto varicela, manteve-se extremamente baixa ao longo dos dez anos de estudo, variando de 18,83% no ano de 2012 a 39,21% em 2013. Entre os anos de 2013 e 2015, houve uma queda de 48,83% na média da CV entre os casos confirmados dessas oito doenças imunopreveníveis; entre 2017 e 2018, a queda foi de quase 45,46%. Em Mato Grosso do Sul, considerando dados de cobertura para a população geral que são de domínio público no DATASUS, de 2011 a 2020, observamos uma tendência decrescente na cobertura vacinal, que atingiu percentuais acima de 95% entre os anos de 2014 e 2015, decaindo para 64% em 2016. Em contrapartida, ao considerar somente os dados vacinais entre os casos confirmados das doenças passíveis de prevenção por imunização, a cobertura vacinal é drasticamente menor, uma vez que nossos dados evidenciaram um total de 22,01% de CV dentre os casos confirmados de nove doenças preveníveis por vacinação, cujas vacinas estão disponíveis no SUS.

                    Palavras-chave: vacinação, cobertura vacinal, doenças imunopreveníveis, notificação compulsória, epidemiologia.
                    OCORRÊNCIA DA INFECÇÃO POR Bartonella sp. E Ehrlichia sp. EM CÃES (Canis lupus familiaris) E GATOS (Felis catus) DE CAMPO GRANDE, MS
                    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                    Tipo Dissertação
                    Data 12/05/2023
                    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                    Orientador(es)
                    • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Camila Maria dos Santos
                      Banca
                      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                      • Carina Elisei de Oliveira
                      • Daniel Maximo Corrêa de Alcantara
                      • Eduardo de Castro Ferreira
                      • Eliane Mattos Piranda
                      Resumo A casuística de agentes transmitidos por vetores possui uma elevada ocorrência na clínica de
                      pequenos animais. A região Centro-Oeste do Brasil apresenta uma elevada detecção de
                      patógenos transmitidos por vetores que possuem caráter zoonótico. Sabendo disso, existe uma
                      necessidade de monitoramento para implementação de medidas de prevenção e controle das
                      mesmas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença e o contato prévio de Bartonella sp. e
                      Ehrlichia sp. em cães e gatos atendidos na clínica veterinária da Universidade Anhanguera
                      Uniderp no ano de 2019. Foram utilizadas 93 amostras de cães e 45 de gatos. As amostras de
                      sangue total e soro foram coletadas de animais atendidos na rotina da clínica universitária –
                      Anhanguera Uniderp. Dos 93 cães examinados, 71(76%) amostras de soro foram reagentes para
                      RIFI de Ehrlichia canis e em 30 amostras de sangue foram detectável DNA de Ehrlichia sp.,
                      com uma prevalência total de 78% de cães positivos para erliquiose. As análises dos modelos
                      estatísticos demonstraram que cães machos, jovens com trombocitopenia e anemia são
                      sugestivos de testagem positiva para Ehrlichia sp. O DNA de Bartonella sp. não foi detectado
                      em nenhuma amostra de cão, contudo houve uma soroprevalência de 12% (11/93), sendo o
                      primeiro trabalho a relatar a exposição de cães para Bartonella henselae na cidade Campo
                      Grande, MS. Com relação aos gatos, das 45 amostras de sangue, uma testou positivo na
                      detecção de DNA de Ehrlichia sp., e de 30 amostras de soro analisadas por RIFI, 3 (10%) foram
                      sororreagentes. Trinta amostras de soro de gatos foram testadas para RIFI de Bartonella
                      henselae, com uma soroprevalência de 40% (12/30), enquanto o DNA de Bartonella sp. foi
                      detectado em 5 (11%) de 45 amostras analisadas. Por falta de dados nenhum sinal clínico ou
                      alteração hematológica foi comparado ao resultado dos gatos positivos. Esses resultados
                      demonstram uma ocorrência alta de erliquiose em cães na população estudada e a exposição de
                      animais domésticos da cidade de Campo Grande - MS a Bartonella sp., ainda pouco estudada
                      no estado, assim como a identificação dos gatos positivos para o DNA de Bartonella sp. alertam
                      para o risco de transmissão desta zoonose aos humanos.
                      ESTUDO MOLECULAR DE PATÓGENOS EMERGENTES E REEMERGENTES NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM ARBOVIROSES NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
                      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 14/04/2023
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                      Coorientador(es)
                      • Zoraida del Carmen Fernandez Grillo
                      Orientando(s)
                      • Gislene Garcia de Castro Lichs
                      Banca
                      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                      • Everton Falcao de Oliveira
                      • Everton Ferreira Lemos
                      • FELIPE GOMES NAVECA
                      • VALDINETE ALVES DO NASCIMENTO
                      Resumo A emergência de arboviroses em locais vulneráveis (regiões com condições favoráveis a manutenção do vetor, com vulnerabilidade social e econômica e com populações susceptíveis aos arbovírus) representa um potencial desafio para a Saúde Pública no Brasil. Além das arboviroses, outras doenças com similaridade de sintomas, circulando simultâneamente são subdiagnosticadas por falta, entre outros fatores, da implantação de testes diagnósticos específicos na rotina laboratorial. Esse trabalho buscou analisar a ocorrência de patógenos até então, pouco estudados no estado, em amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul (LACEN-MS). Trata-se de um estudo epidemiológico, ambidirecional, baseado em análise molecular de Mayaro, Oropouche, Eritrovírus B19 e Nilo Ocidental em amostras biológicas com suspeita de dengue, zika e chikungunya, porém negativas na PCR e sorologicamente, no período de 2017 a 2022. Um total de 773 amostras foram submetidas à amplificação por PCR com protocolos já validados pela Fiocruz Amazônia. O DNA de Eritrovírus B19 (B19V) foi detectado em 10,6% das amostras examinadas, e entre elas 10 eram de gestantes. As amostras positivas para B19V foram sequenciadas e a reconstrução filogenética mostrou que todas as amostras pertencem ao genótipo 1a (G1a). Os resultados comprovam a importância da inclusão de B19V no diagnóstico laboratorial diferencial, não apenas para fins epidemiológicos, mas também para a conduta do tratamento adequada ao paciente. Apesar da ausência de evidências moleculares de MAYV, OROV e WNV nas amostras examinadas, reiteramos a importância da vigilância integrada para detectar a circulação de arbovírus negligenciados e emergentes no Brasil e na construção de diferentes ações para os desafios na interface animal-humano-ecossistema (Saúde Única). São muitos os casos que, apesar dos sintomas clínicos levarem a suspeita clínica de arboviroses, os resultados laboratoriais são negativos, o que dificulta o diagnóstico no serviço de saúde. Desta forma, nossos resultados reforçam a necessidade de fortalecimento e integração das vigilâncias epidemiológica, vetorial e laboratorial, a fim de ampliar as investigações de patógenos circulantes e direcionarmos métodos de controle e prevenção contra essas doenças no estado de Mato Grosso do Sul e em todo o país, uma vez que a população está suscetível a esses patógenos.

                      Palavras-chave: Arboviroses, Eritovirus B19, Vigilância, diagnóstico diferencial.
                      BIOMARCADORES ASSOCIADOS A GRAVIDADE NA INFECÇÃO POR SARS-CoV-2
                      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 04/04/2023
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Julio Henrique Rosa Croda
                      Coorientador(es)
                      • Marco Antonio Moreira Puga
                      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                      Orientando(s)
                      • Fabiani de Morais Batista
                      Banca
                      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                      • Julio Henrique Rosa Croda
                      • Karla Regina Warszawski de Oliveira
                      • Rivaldo Venancio da Cunha
                      • Roberto Dias de Oliveira
                      Resumo A doença por Coronavírus 2019 (COVID-19) é altamente infecciosa. Estudos documentaram a relação entre a gravidade da COVID-19 e os níveis circulantes de proteína C reativa (PCR), interleucina-6 (IL-6) e D-dímero. Em pacientes com a COVID-19 grave, foram encontrados níveis elevados de IL-6 e interleucina 2 (IL-2) e fator de necrose tumoral-Alfa (TNF-α). Outros marcadores são identificados de forma semelhante quando pacientes com COVID-19 em estado crítico apresentaram maiores níveis circulantes de IL-2, IL-7, IL-10 e TNF-α. Uma melhor compreensão das respostas imunes à infecção por SARS-CoV-2 que diferencie casos leves de graves é fundamental para uma avaliação acurada do prognóstico e identificação de futuros biomarcadores. O objetivo do estudo foi identificar diferenças nos níveis de biomarcadores sorológicos entre indivíduos com COVID-19 leve e grave. Métodos: Foram incluídos participantes de quatro cidades brasileiras, maiores de 18 anos, no período de outubro de 2020 a junho de 2021. Os participantes foram testados para presença de SARS-CoV-2 através da Reação em Cadeia da Polimerase com Transcrição Reversa Quantitativa (RT-qPCR) e, adicionalmente, tiveram uma amostra de sangue coletada para posterior análise dos biomarcadores. Os participantes foram divididos em casos índices (participantes com suspeita clínica de gripe, com até 11 dias de sintomas, com teste positivo para SARS-CoV-2, hospitalizados ou não) e contatos domiciliares de casos índices não hospitalizados (independentemente de apresentarem ou não sintomas), o que possibilitou a análise de amostras de participantes positivos assintomáticos e grupo controle negativo. A análise dos biomarcadores sorológicos foi realizada utilizando a tecnologia MAGPIX Luminex® xMAP®, usando três painéis MILLIPLEX® Map diferentes. Setenta e um biomarcadores foram quantificados de participantes com infecção por SARS-CoV-2 e grupo controle. Correlacionamos os níveis dos marcadores biológicos com os grupos controle Negativo (C), assintomático (A), não hospitalizado (leve-M) e hospitalizado (grave-S). Resultados: Foram incluídos 48 participantes, sendo a maioria do sexo feminino (67%), com mediana de idade de 47 anos. Dentre os biomarcadores de angiogênese, identificamos 6/17 (EGF, IL-8, HGF, HB-EGF, VEGF-C, VEGF-A) que apresentaram níveis significativamente elevados nos casos graves. Entre os biomarcadores de doenças cardiovasculares, 7/10 apresentaram diferenças significativas entre os grupos (D-dímero, GDF-15, mioglobina, sICAM-1, MPO, P-selectina e Lipocalinlipocalin-2/NGAL). Os biomarcadores D-dímero, GDF-15 e sICAM-1 estavam com os níveis mais elevados nos casos graves quando comparados com os demais grupos. Das citocinas/quimiocinas avaliadas, 9/44 apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos (IL-6, IL-7, IL-18, IP-10, M-CSF, MDC, MIP-1 beta, PDGF-AA e TNF alfa). IL-6, IP-10, M-CSF, MDC e MIP-1 beta foram maiores nos casos graves do que no grupo C. Conclusão: Este é o primeiro estudo compressivo no Brasil que identificou e descreveu níveis de marcadores biológicos relacionados aos níveis de citocinas, sistema cardíaco e endotelial. Pode-se observar que a maioria das alterações dos biomarcadores, quando comparados entre os grupos, apresentaram diferença estatisticamente significativa. Embora tenha sido possível encontrar alterações da maioria dos biomarcadores em participantes hospitalizados, estudos adicionais são necessários visando melhorar a associação com a evolução clínica, monitoramento e os fatores de riscos dos indivíduos com a COVID-19.
                      PRESENÇA DE CÉLULAS CD57+, CD163+ E DNA PAPILOMAVÍRUS HUMANO NA CAVIDADE ORAL DE PACIENTES COM LEUCOPLASIA E CARCINOMA EPIDERMOIDE ORAL
                      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 31/03/2023
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Ines Aparecida Tozetti
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Jennifer Naed Martins de Freitas
                        Banca
                        • Alda Maria Teixeira Ferreira
                        • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                        • Ines Aparecida Tozetti
                        • James Venturini
                        • Marco Antonio Moreira Puga
                        Resumo O câncer orofaríngeo tem aumentado entre jovens e adultos nos últimos anos e tem
                        como uma das principais causas a infecção por Papilomavírus humano (HPV), que é
                        considerada uma Infecção sexualmente transmissível (IST). A leucoplasia é a lesão
                        potencialmente neoplásica mais comum na cavidade oral apresentando grande risco
                        para desenvolvimento de câncer epidermoide oral. As lesões na cavidade oral têm
                        fatores de risco em comum, existindo a possibilidade de que a infecção por
                        Papilomavírus humano (HPV) possa favorecer a transformação maligna nas
                        diferentes lesões leucoplásicas e assim, progredindo para carcinoma epidermoide
                        oral (CEO). O sistema imune é responsável pela eliminação do HPV na maioria das
                        infecções, entretanto a persistência do vírus é fator predisponente para a
                        transformação maligna das células infectadas. As células NK são responsáveis por
                        eliminar células infectadas por vírus e células tumorais. Já os macrófagos podem ser
                        ativados pela via clássica, onde são chamados de M1 e destroem microrganismos,
                        desencadeiam a inflamação, ou pela via alternativa sendo denominados M2 ou
                        macrófagos associados a tumor (TAM). O presente trabalho visou correlacionar a
                        expressão de CD57 (células Natural Killer - NK) e CD163 (Macrófagos M2) à
                        detecção de DNA de HPV em pacientes com leucoplasia e CEO. Os participantes
                        foram selecionados no período de 2018 a 2020 nas Clínicas da Faculdade de
                        Odontologia da UFMS e no Centro de Especialidades Odontológicas da Secretaria
                        Municipal de Saúde de Campo Grande - MS. CEP/UFMS 2.621.049. Para a
                        detecção do HPV por Nested PCR, foram coletadas células esfoliadas obtidas da
                        superfície das lesões e após esta coleta, os pacientes foram submetidos a
                        procedimentos cirúrgicos para biópsia das lesões, utilizadas para histopatologia e
                        imunohistoquímica. A frequência de detecção do DNA de HPV entre os participantes
                        da pesquisa foi de 27,78% (10/36). As lesões foram classificadas como Epitélio Sem
                        Displasia (n=6), Displasia Epitelial Discreta (n=7), Displasia Epitelial Moderada (n=9)
                        e CEO (n=17). Em amostras classificadas histologicamente como CEO, a expressão
                        de CD163 (macrófagos M2) foi maior (4456,32 cels/mm3
                        ), enquanto que a expressão
                        de CD57 (células NK) foi menor (2741,05 cels/mm3
                        ). Não houve relação entre a
                        positividade para DNA de HPV e a expressão de CD163 e CD57 (p>0,05). Não houve relação entre a positividade para DNA de HPV e os resultados
                        histopatológicos. Elevada expressão de CD163 e menor expressão de CD57 em
                        tecidos com CEO representa um pior prognóstico considerando a atividade pró-
                        tumoral dos macrófagos M2 e menor quantidade de células NK que poderiam
                        eliminar as células tumorais contendo a progressão do tumor.
                        Palavras-chave: Cavidade Oral, Displasia epitelial e Imunohistoquímica.
                        COVID-19: Impactos da pandemia e das medidas restritivas na comunidade escolar de Campo Grande - MS
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 23/02/2023
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Eduardo de Castro Ferreira
                        Coorientador(es)
                        • Zoraida del Carmen Fernandez Grillo
                        Orientando(s)
                        • Sanderson da Silva Coelho
                        Banca
                        • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                        • Eduardo de Castro Ferreira
                        • Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes
                        • Glaucia Elisete Barbosa Marcon
                        • Suellem Luzia Costa Borges
                        Resumo A pandemia da COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2 tornou-se um dos grandes desafios do século XXI, devido a rápida disseminação do vírus e altas taxas de mortalidade. O primeiro surto foi relatado em Wuhan, província de Hubei, China durante um alerta sobre vários casos de pneumonia. Desde então, o vírus se espalhou por todo o mundo e, no dia 20 de maio de 2020, já havia registro de cerca de 4.806.299 pessoas infectadas com a síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV 2), o que ocasionou 319.599 mortes. Em Mato Grosso do Sul, o governador do estado por meio do Decreto N° 15391 de 16 de março de 2020, suspendeu todas as atividades que implicassem a aglomeração de pessoas e, dentre elas, as aulas presenciais nas unidades de educação de forma temporária. Por isso, o presente estudo tem por objetivo identificar as repercussões psicossociais da COVID-19 em comunidades de escolas públicas estaduais e
                        municipais da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, avaliando a percepção da comunidade escolar com respeito à pandemia, às medidas restritivas e seus impactos e investigar adesão de vacinação declarada pelos participantes da comunidade estudada. A pesquisa teve um
                        cunho exploratório por meio da análise descritiva, e tabulação de dados no RedCap por meio do percentual de respostas obtidas dos questionários. Como resultado, houve aceite de vinte escolas
                        públicas da cidade de Campo Grande, com a participação total de 1.043 indivíduos sendo eles
                        34,99% professores e 65,0% pais ou responsáveis. A pandemia apresentou grandes impactos no período de voltas aulas, tendo 5,3% de evasão escolar de alunos que não retornaram a escola por motivos de saúde de algum familiar ou pela exposição ao vírus. Outro fator de grande impacto foi 55,7% da redução da renda familiar que afetou 59,63% nos hábitos alimentares. Além disso, observou-se 77,56% de prevalência de sintomas da COVID-19 nos participantes. Tendo a febre, dor de cabeça, perda do paladar, perda do olfato, dor na garganta, secreção nasal e diarreia os maiores índices de sintomas apresentados. Além disso, observou-se nas repercussões psicológicas dos participantes o sentimento de medo, ansiedade, dificuldade de concentração.
                        FUNGEMIA POR SACCHAROMYCES CEREVISIAE ASSOCIADA AO USO DO PROBIÓTICO S. CEREVISIAE VAR BOULARDII. RELATO DE UMA SÉRIE DE CASOS E REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 31/01/2023
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Anamaria Mello Miranda Paniago
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Bruna Abdul Ahad Saad
                          Banca
                          • Anamaria Mello Miranda Paniago
                          • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
                          • LUANA ROSSATO
                          • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                          • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                          Resumo Saccharomyces cerevisiae é um fungo muito difundido na natureza, considerado não patogênico e usado na fabricação de alimentos e de produtos probióticos. Tem sido observado aumento de infecção de corrente sanguínea por S. cerevisiae, associado ao uso de probióticos para tratamento de diarreias principalmente em pacientes hospitalizados. O objetivo deste trabalho foi descrever características clínicas de fungemia por S. cerevisiae e avaliar aspectos dos isolados de S. cerevisiae de uma série de casos ocorridos em um hospital terciário de Mato Grosso do Sul e de casos previamente publicados. Na primeira etapa, dados clínicos e laboratoriais de cinco pacientes internados em um hospital terciário de Mato Grosso do Sul, em cujas amostras de sangue foi identificado S. cerevisiae, foram levantados. Os isolados foram submetidos a teste de sensibilidade a antifúngicos, análise molecular e avaliação de produção de biofilme. A seguir, foi realizada uma revisão sistemática incluindo relatos de casos e série de casos de fungemia após uso de probiótico. Em relação aos cinco casos deste estudo, quatro haviam usado probiótico e foi possível demonstrar a similaridade genética dos cinco isolados com a cepa do probiótico. Todos os isolados apresentaram baixa capacidade de formação de biofilme, enquanto o isolado do probiótico apresentou moderada capacidade. Três pacientes tiveram diagnóstico de infecção da corrente sanguínea, um de fungemia transitória e um de endocardite. Na revisão sistemática, 75 casos foram estudados -71 casos da literatura e os quatro casos da série aqui relatada que fizeram uso de probiótico. França, Brasil e Bélgica foram os países com mais casos relatados. A faixa etária predominante foi entre 60 e 79 anos (30,7%). Imunossupressão foi relatada em 28% dos casos. Cerca de um quarto dos pacientes (25,3%) evoluiu para óbito. Os antifúngicos mais utilizados foram o fluconazol (38,7%) e anfotericina B (20,0%). Antifungigrama por microdiluição em caldo de 15 isolados revelaram que: i) mais da metade (n=8; 53,3%) apresentavam CIM ≥ 8 ug/mL para fluconazol; ii) cerca de um quarto (n=4; 26,7%) era não-selvagem para anfotericina B; iii) um isolado do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul apresentou CIM >16 ug/mL para ambas as equinocandidas testadas (caspofungina e micafungina). Pontos de corte clínicos não foram ainda estabelecidos para S. cerevisiae, no entanto, os elevados valores de CIM para vários antifúngicos observados reforçam a preocupação com a emergência de S. cerevisiae resistentes

                          Descritores : Saccharomyces cerevisiae, epidemiologia, infecção invasiva, antifungigrama.
                          COLONIZAÇÃO POR ASPERGILLUS EM PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL PÚBLICO DE CAMPO GRANDE, MS.
                          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/11/2022
                          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                          Orientador(es)
                          • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Murillo Augusto Palhares
                            Banca
                            • Anamaria Mello Miranda Paniago
                            • Cibele Aparecida Tararam
                            • Juliana Possatto Fernandes Takahashi
                            • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                            • Wellington Santos Fava
                            Resumo Aspergilose é uma micose invasiva, causada por espécies de fungos filamentosos do gênero Aspergillus. A aderência desses fungos aos pulmões é o fator chave para o mecanismo de colonização, que predispõe o hospedeiro para aspergilose, em suas formas alérgicas, podendo evoluir para infiltrado pulmonar com hemoptise e eosinofilia, ou formas graves, como a alveolar obstrutiva, durante o processo invasivo. Quando a invasão se limita aos pulmões, tem-se a aspergilose pulmonar invasiva e quando há disseminação, pela via sanguínea para outros órgãos, tem-se a aspergilose disseminada. Pacientes com alteração do epitélio, ou que tiveram episódios necróticos prévios, podem apresentar cavidades pulmonares que facilitam a instalação e filamentação de conídios de Aspergillus, resultando em massas denominadas aspergilomas. O presente trabalho teve por objetivo contribuir para o conhecimento da colonização respiratória por espécies de Aspergillus e seus fenótipos de resistência. Foram utilizados 94 isolados de Aspergillus, provenientes de amostras respiratórias de pacientes atendidos, entre janeiro 2017 e abril de 2021, em um hospital escola público terciário, situado na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A recuperação dos isolados foi realizada após semeadura em meios de rotina, como ágar Sabouraud dextrose e/ou ágar batata com cloranfenicol, e incubação sob temperatura de 37°C. Foram identificadas cinco Seções: Fumigati (37%), Flavi (33%), Nigri (27%), Usti (2%) e Terrei (1%). A resistência a 4mg/L de itraconazol, foi verificada em teste de triagem para todos os isolados e somente um (1,1%), pertencente à Seção Flavi, apresentou resultado positivo. Os valores de concentração inibitória mínima de itraconazol, voriconazol, posaconazol e anfotericina B foram determinados para cada seção e interpretados segundo pontos de corte clínicos (breakpoints), preconizados pela norma de referência europeia EUCAST. A resistência foi de 11,7% (11/94), sendo maior (9,6%; 9/94) na Seção Fumigati, seguido de Flavi e Nigri (ambos 1,1%; 1/94). Por se tratar de espécies oportunistas, sendo A. fumigatus associado à altas taxas de mortalidade em pacientes hospitalizados, a ocorrência de colonização respiratória por cepas resistentes pode representar risco de aspergilose refratária à terapia, caso a doença de desenvolva e o tratamento seja realizado com fármacos azólicos.
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