Effects of habitat loss and fragmentation on small mammals in a tropical South-American Savanna: an ecological and functional approach |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
22/09/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Cristian de Sales Dambros
- Daniel de Brito Candido da Silva
- Leandro da Silva Duarte
- Maurício Eduardo Graipel
- Thomas Püettker
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Resumo |
A fragmentação e perda de habitat são as principais ameaças atuais a biodiversidade. Muitos estudos têm sido realizados com o intuito de investigar a resposta das espécies as alterações em seu habitat. Com a expansão do conhecimento na área, muitas questões ainda continuam sendo debatidas, seja pela divergência de resultados entre diferentes estudos ou pelo surgimento de novas teorias e hipóteses. Entre elas, a aplicabilidade da teoria de biogeografia de ilhas em áreas terrestres fragmentadas, limiares de extinção e fragmentação, hipótese do "habitat amount" e alterações na estrutura funcional e filogenética de metacomunidades em paisagens fragmentadas são questões ainda pertinentes. O Cerrado é considerado um "hotspot" para conservação da biodiversidade, porém poucos estudos têm sido conduzidos na região para avaliar o efeito da fragmentação sobre sua fauna, a despeito da rápida conversão de suas áreas naturais em áreas antropizadas nas últimas décadas. Nesta tese meu objetivo principal foi investigar a resposta de pequenos mamíferos do Cerrado à fragmentação e perda de habitat sob diferentes enfoques. Por meio de um extenso esforço de captura em 54 fragmentos florestais e em paisagens com variações na quantidade de cobertura vegetal, avaliei a resposta de roedores e marsupiais em relação à fragmentação (tamanho e isolamento do fragmento e quantidade de vegetação na paisagem). Mais especificamente, foram avaliados: 1- o efeito do tamanho do fragmento em paisagens de 22.500 ha com diferentes níveis de cobertura vegetal remanescente (10, 30 e 50%). 2 – testei a hipótese do "habitat amount" em paisagens locais (buffers de 250 a 6000 m de raio) utilizando subconjuntos dos pontos amostrais de forma a controlar a variação entre tamanho e isolamento do fragmento e quantidade de vegetação na paisagem. 3 - Avaliei como as comunidades respondem à fragmentação em uma perspectiva funcional e filogenética. De forma geral, meus resultados mostraram que a quantidade de vegetação na paisagem é o fator mais importante para predizer a riqueza de espécies, o tamanho do fragmento por sua vez teve um papel secundário. Já a abundância de espécies generalistas aumenta tanto em paisagens com menor quantidade de vegetação quanto em fragmentos menores. Meus dados corroboraram a hipótese do "habitat amount", ou seja, de forma geral quando controlei a variação na quantidade de vegetação na paisagem, o tamanho do fragmento e isolamento deixaram de ter efeito sobre a riqueza de espécies especialistas. Porém, encontrei relação com o tamanho de fragmento em paisagens com níveis intermediários de fragmentação. Ainda, a estrutura filogenética das comunidades sofreu alteração em relação ao tamanho de fragmento, sendo que em fragmentos menores marsupiais são mais abundantes que roedores, enquanto que os últimos são mais comuns em fragmentos maiores. Em relação à estrutura funcional das comunidades, o gradiente de fragmentação funcionou como filtro ambiental para as espécies. Por outro lado, locais mais preservados (em relação tanto ao tamanho do fragmento quanto à quantidade de vegetação) apresentaram maior diversidade funcional. Este é o primeiro estudo com esforço amostral substancial no Cerrado avaliando o efeito da fragmentação, com réplicas não só a nível de fragmento, mas também a nível de paisagem. Estes resultados evidenciam que a perda de habitat, e secundariamente a fragmentação, resultam em alterações substanciais nas comunidades de pequenos mamíferos sob diversos enfoques. Há alterações na riqueza, abundância, composição de espécies e estrutura funcional e filogenética em relação ao gradiente de fragmentação e perda de habitat. Estes resultados deverão auxiliar os tomadores de decisão sobre medidas de conservação nesta região tão diversa e única. |
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Fatores ambientais e espaciais explicam diferentes dimensões da beta diversidade em escalas espaciais distintas |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
22/09/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Luiz Massao Moreira Sugai
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Fabio de Oliveira Roque
- Fernando Rodrigues da Silva
- Franco Leandro de Souza
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Victor Lemes Landeiro
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Resumo |
A diversidade beta (β) refere-se à variação na composição de espécies e representa a
ligação direta entre a diversidade alfa e gama. Tradicionalmente aborda-se a importância
de fatores relacionados ao nicho, e estocásticos ganharam mais atenção após a
publicação da teoria neutra e da difusão do conceito de metacomunidades. No primeiro
capítulo dessa tese analisamos os padrões de diversidade beta taxonômica de anuros
arborícolas e terrestres em escala espacial local, identificando a importância de
processos determinísticos relacionados ao nicho das espécies e estocásticos relacionados
à neutralidade das espécies nos padrões das metacomunidades. No segundo, analisamos
os padrões de diversidade beta taxonômica e filogenética de anuros em geral, apenas da
família Hylidae e apenas Leptodactylidae em escala continental, incluindo também
fatores históricos como variável explicativa. Nossos resultados mostram a importância
de utilizar os diferentes componentes dos índices de diversidade beta e de decompor a
matriz resposta original em grupos de espécies com características funcionais
semelhantes. Recomendamos que futuros estudos sobre padrões de diversidade beta
utilizem fatores espaciais representados também por matrizes de distâncias menos
custosas para a dispersão das espécies entre as unidades amostrais geradas a partir de
dos dados de resistência imposta pela da paisagem na dispersão.
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Análise trófica de comunidades de peixes em ambientes lóticos da bacia do rio Ivinhema, Alto Rio Paraná – Caracterização trófica, Estratégia Alimentar e Exploração do Nicho Trófico |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
23/01/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Lidiani Queli Lubas Ximenes
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Banca |
- Jerry Magno Ferreira Penha
- José Sabino
- Karina Keyla Tondato de Carvalho
- Lilian Casatti
- Rosana Mazzoni Buchas
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Resumo |
A análise das características alimentares das espécies pode ser um ponto chave para o entendimento dos padrões estruturais de uma comunidade, pois a alimentação está diretamente relacionada com outros aspectos básicos da biologia das espécies como: a reprodução, o crescimento e a adaptação ao ambiente. Além da descrição da dieta, os estudos ecológicos necessitam de dados que permitam a compreensão da coexistência das espécies na comunidade, partindo do pressuposto que elas partilham os mesmos recursos e apresentam diversos mecanismos para evitar a competição inter e intraespecífica. Com objetivo de analisar o padrão trófico das espécies de peixes da Bacia do rio Ivinhema, este estudo foi organizado em dois capítulos elaborados a partir de um banco de dados de 13 anos de amostragens (2000 a 2012) realizadas ao longo da bacia. O primeiro capítulo foi elaborado com intuito de apresentar as características alimentares das espécies, determinar as guildas existentes na comunidade e as variações espaço-temporais na composição destas guildas. Os resultados evidenciaram que as espécies possuem uma grande variabilidade trófica que é afetada principalmente por alterações temporais na disponibilidade dos recursos e que mudanças altitudinais nos riachos têm forte influência na determinação das guildas encontradas. O segundo capítulo apresentou as estratégias alimentares das espécies, quantificando a amplitude trófica, a largura e a sobreposição de nicho alimentar. Verificou-se que a estratégia generalista é predominante na comunidade e que as espécies apresentam uma grande riqueza de itens explorados, porém com uma largura de nicho baixa e sobreposição alimentar intermediária. Concluímos que a comunidade de peixes da Bacia do rio Ivinhema apresenta um padrão de exploração dos recursos alimentares disponíveis, sendo que a maioria das espécies são oportunistas, apresentam uma alta flexibilidade alimentar que é influenciada por mudanças espaço-temporais na disponibilidade dos recursos e que a forma do uso dos recursos é um fator determinante para coexistência das espécies na comunidade. |
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Estruturação da comunidade de artrópodes em plantas. Como se organizam os inquilinos de Byrsonima intermedia (Malpighiaceae) e seu efeito sobre o sucesso reprodutivo |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
19/12/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Augusto César de Aquino Ribas
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Camila Aoki
- Carlos Henrique Aguena Higa
- Marcelo de Oliveira Gonzaga
- Rogerio Rodrigues Faria
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Resumo |
Ecologia de comunidades visa entender como grupos de espécies se
distribuem na natureza, demonstrando as formas como estes são
influenciados pelos componentes abióticos e bióticos. Nesta tese tratamos dos
fatores importantes para a estruturação de comunidades de artrópodes
associadas a arbustos de Byrsonima intermedia. Demonstramos como a
variação na massa de folhas, botões, flores e frutos, altura e biomassa acima
do solo dos arbustos de B. intermedia influenciam a estrutura da comunidade
de aranhas e testamos através de modelos nulos a co-ocorrência de grupos na
comunidade de artrópodes associados a este arbusto. Para responder como a
comunidade de aranhas varia em função da estrutura do habitat,
representada pela fenologia e altura de arbustos B. intermedia, coletamos
aranhas e aferimos a massa de botões, flores, frutos e folhas e a altura de 46
plantas. Utilizamos modelos nulos avaliando o índice V-ratio baseado na
presença ou ausência das famílias de herbívoros e predadores para os mesmos
46 arbustos. A composição em famílias de aranhas dependeu da estrutura do
habitat, apresentando um padrão de substituição de espécies ao longo dos
gradientes de fenologia e altura das plantas, independentemente da biomassa
destas plantas. Já os dois índices V-ratio foram diferentes do acaso para a
comunidade de herbívoros, mas não para predadores. Sugerimos que a alta
especificidade de herbívoros ao habitat, que também representa seu recurso
alimentar, aumenta a chance de competição, enquanto predadores por
apresentarem maior variabilidade quanto aos recursos alimentares e a escolha
de habitat, devem diminuir a possibilidade de competição, exibindo
distribuição aleatória entre os arbustos, e desta forma sendo estruturados pela
complexidade do habitat. |
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Helminth parasites of amphibians: species richness and distribution in South America, and community ecology in Pantanal, Brazil |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
21/11/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- José Luis Luque Alejos
- Juan Tomás Timi
- Paulo Roberto Guimarães Junior
- Ricardo Massato Takemoto
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Resumo |
Este estudo investiga os padrões de riqueza e distribuição de helmintos parasitas de anfíbios em duas escalas
geográficas. Listamos os helmintos associados aos anfíbios da América do Sul (artigo 1) e a onze espécies de
anuros provenientes de uma região do Pantanal (artigo 4). Investigando a diversidade e padrão de interação,
encontramos uma correlação entre riqueza de helmintos e tamanho do hospedeiro, e um padrão aninhado
na rede de interações dos parasitos e anfíbios da América do Sul (artigo 2). Análises com hospedeiros do
Pantanal mostraram um padrão semelhante: relação positiva entre tamanho do hospedeiro e riqueza de
espécies de helmintos, e um padrão aninhado na rede de interações. Para anuros do Pantanal, descrevemos
também a diversidade taxonômica de parasitos, que não foi explicada pelas características do hospedeiro
(tamanho e hábito). A similaridade entre as comunidades de helmintos não foi explicada pela história
evolutiva dos hospedeiros. Um fator importante para a similaridade entre essas comunidades foi a baixa
especificidade, observada na maior parte das espécies de helmintos (artigo 5). O baixo grau de especificidade
foi observado também, mas em menor extensão, em anfíbios da América do Sul. Análises combinando
características de hospedeiros e parasitas mostraram que a especificidade dos helmintos é o principal
determinante do risco de coextinção de helmintos associados a anuros da América do Sul. (artigo 3). Um
outro fator importante na determinação da diversidade dos parasitos, é o ambiente em que o hospedeiro
está. Observamos no Pantanal, que anfíbios provenientes de uma área mais preservada (reserva ecológica)
tinham maior riqueza, prevalência e abundância de helmintos do que os coletados em uma área de pastagem
(artigo 6). |
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Partição de proteínas e detecção de atividade tríptica em morcegos filostomídeos em regiões de savana |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
14/11/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Maria Ligia Rodrigues Macedo
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fernando Henrique Martin Gonçalves
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Banca |
- Eliana Janet Sanjinez Argandona
- Maria Das Graças Machado Freire
- Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
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Resumo |
Os morcegos filostomídeos são especializados em algum tipo de alimento, porém podem explorar eficientemente outros tipos de recursos e assim reduzir a sobreposição alimentar entre espécies e suprir necessidades fisiológicas, principalmente de proteínas. Os objetivos deste trabalho são descrever o perfil protéico do intestino de 15 espécies de morcegos filostomídeos, avaliar a similaridade entre as espécies com respeito aos níveis de proteínas e avaliar se a similaridade dos perfis protéicos dos intestinos está associada à proximidade filogenética. Os espécimes foram coletados em seis regiões de Savana e seus intestinos dissecados para extração de proteínas e posteriormente analisados através do método de eletroforese SDS-PAGE. As maiores concentrações de proteína total foram registradas em intestinos de Platyrrhinus lineatus, Lophostoma brasiliense e Glossophaga soricina. A ordenação (NMDS) em uma dimensão das espécies de filostomídeos baseada no perfil protéico encontrado no intestino dos morcegos aproximou as espécies em dois grupos compostos por membros de diferentes subfamílias. Adicionalmente, dentro de cada um desses grupos ocorreram subgrupos compostos por espécies de diferentes subfamílias e subgrupos compostos por espécies de mesma subfamília (Stenodermatinae). Morcegos filostomídeos são altamente especializados quanto ao tipo de alimento, e aqueles especializados em recursos cuja oferta é muito abundante, podem co-ocorrer e sobrepor suas dietas. Por outro lado, espécies especializadas em recursos escassos podem co-ocorrer com mais frequência com espécies que diferem quanto à dieta principal, evitando a sobreposição. A exploração de diferentes fontes de proteínas, conforme encontrado nesse estudo, pode ser resultado de estratégia de partição de recursos pouco abundantes para diminuir ou evitar a competição interespecífica, e de sobreposição de consumo de itens muito abundantes, que não parecem ser limitantes para espécies de stenodermatíneos, embora filogeneticamente próximas. |
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Padrões de distribuição espacial de Mutillidae (Hymenoptera, Aculeata) em relação à heterogeneidade espacial e à composição de espécies de hospedeiros em fragmentos de Cerrado no Brasil Central |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
22/10/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alexandre Pires Aguiar
- Angélica Maria Penteado Martins Dias
- Danilo Bandini Ribeiro
- Jose Henrique Schoereder
- William Leslie Overal
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Resumo |
A hipótese da heterogeneidade de habitat vem tentando elucidar a relação da
distribuição dos animais com as variáveis ambientais. Para os insetos, têm sido encontrados
padrões diferentes em relação à distribuição quanto à heterogeneidade ambiental e não se sabe
ao certo o efeito na comunidade, sendo avaliadas somente algumas famílias. Hymenoptera é a
terceira maior ordem de insetos e estão entre os mais importantes agentes ecológicos em
ecossistemas terrestres, sendo responsáveis pelo controle de populações de outros insetos,
através da predação ou parasitoidismo, e a polinização de angiospermas. O conhecimento da
fauna de Hymenoptera pode ser utilizado como indicador para o estado de conservação da
fauna de artrópodes em escala local, por responder às alterações do habitat de forma rápida.
O Cerrado vem sofrendo perda de habitat nas últimas décadas, principalmente na região
sudeste e centro-oeste do Brasil e a sua fragmentação tornou-se um dos principais problemas
para o bioma. É evidente que para o Cerrado, a fauna de Hymenoptera ainda é pouco conhecida
e o efeito de fragmentação, assim como a estrutura do habitat, são fatores importantes para a
composição da comunidade. Desta forma, o tamanho, arranjo espacial e variações na
complexidade estrutural de fragmentos afetam a riqueza, composição e distribuição de
Hymenoptera no bioma do Cerrado, que por sua vez refletem as condições de composição da
entomofauna (Capítulo1).
Em relação à comunidade de Mutillidae temos uma estruturação da comunidade em
relação ao gradiente de área. A relação do esforço amostral/área não é prejudicada na
representação da comunidade ao utilizar-se 100 m2 como unidade amostral. A definição da
metodologia em estabelecer um esforço amostral definido por área/tempo representa uma
unidade amostral válida para comparações e aplicação de conceitos e teorias ecológicas para o
grupo, uma vez que os trabalhos básicos são sobre taxonomia e sistemática, sendo poucos os
com enfoque ecológico (Capítulo 2).
A distribuição espacial e temporal de Mutillidae segue o padrão esperado do modelopredador
presa com atraso temporal em relação aos hospedeiros e a heterogeneidade ambiental
é um fator que determina a estruturação da comunidade de hospedeiro-parasitoide. Dessa
forma, há uma ferramenta útil para prever as possíveis interações entre hospedeiro-parasitoide e
pode-se direcionar esforços para a busca da relação de parasitoidismo dentro da família
Mutillidae (Capítulo 3). |
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Comunidades de aves em gradiente de vegetação na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul. |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
29/08/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alexandre Gabriel Franchin
- Caio Graco Machado Santos
- Erich Arnold Fischer
- Renato Torres Pinheiro
- Sergio Roberto Posso
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Resumo |
Composição e estrutura da comunidade de aves em gradientes de vegetação na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil.
A conservação da avifauna demanda conhecimento sobre a composição e estrutura das comunidades de aves, bem como sobre a distribuição das espécies nos diferentes tipos de vegetação de uma região. Neste estudo buscamos determinar a composição, riqueza, abundância e organização trófica da comunidade de aves nas diferentes fisionomias vegetais presentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Mimosa e seu entorno (EM), localizada na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil. Para isso amostramos as aves entre julho de 2011 e junho de 2012 em 200 pontos fixos dispostos em todas as fisionomias vegetais da EM. Foram obtidos 3350 contatos de 156 espécies de aves. As fisionomias vegetais com maior abundância e riqueza de espécies foram o cerradão, mata estacional e cerrado stricto sensu, enquanto pasto limpo, pasto sujo e mata ciliar apresentaram menores valores de abundância e riqueza. As aves da EM se
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organizaram em comunidades de formações florestais (matas estacionais e mata ciliar) e de áreas abertas (pastos limpos), com comunidades de cerrado stricto sensu, cerradão e pastos sujos sendo intermediárias neste gradiente de vegetação. As aves insetívoras, onívoras, frugívoras e granívoras compreenderam a maior parte da abundância e riqueza de espécies da comunidade. Os resultados deste estudo demonstraram que a composição e estrutura da comunidade de aves da EM são determinadas pela diversidade de habitats florestais, savânicos e abertos existentes na paisagem, que permite a ocorrência de espécies de aves típicas de cada uma destas fisionomias vegetais. Além disso, contribuem para a diversidade local de aves a presença de extensas manchas de habitats naturais, a proximidade entre as manchas remanescentes na paisagem e a permeabilidade da matriz antrópica, constituída de pastagens pequenas que preservam grande quantidade de arbustos e árvores nativas em meio às áreas abertas. |
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Padrões geográficos das interações de morcegos filostomídeos no Cerrado e Pantanal |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
15/08/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Carlos Roberto Sorensen Dutra da Fonseca
- Gustavo Graciolli
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Paulo Roberto Guimarães Junior
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Resumo |
Redes de interações ecológicas exibem padrões de conexão entre espécies conectadas
a outras comunidades, permitindo inferências sobre processos ecológicos, estabilidade
e resiliência de ecossistemas. Redes mutualísticas descrevem padrões de comunidades
locais formando subconjuntos de comunidades ricas regionais, enquanto redes
antagonísticas são caracterizadas por grupos coesos de espécies que interagem entre
si, porém com raras interações entre os grupos. Ambas as redes de interações podem
revelar aspectos ecológicos e evolutivos tanto das espécies interagentes quanto dos
ecossistemas. Considerando que a região de Cerrado compreende ambientes antigos e
mais previsíveis que os ambientes do Pantanal, os principais objetivos deste estudo
foram descrever os padrões da estrutura e avaliar as diferenças geográficas das redes
de interações mutualísticas entre morcegos filostomídeos e plantas quiropterofílicas
(frutos), bem como das redes antagonísticas entre morcegos filostomídeos e dípteros
ectoparasitas desses domínios, inseridos nas bacias hidrográficas dos rios Miranda e
Negro. Especialização, aninhamento e modularidade foram as métricas de redes
utilizadas. Foram registradas 11 espécies de morcegos interagindo com 22 de plantas,
e 15 espécies de morcegos interagindo com 33 de ectoparasitos dípteros. As redes
mutualísticas entre morcegos filostomídeos e plantas exibiram padrão aninhado, com
baixos níveis de especialização e modularidade tanto no Cerrado quanto no Pantanal,
em decorrência das diferenças na composição de espécies de plantas entre as bacias
hidrográficas. As redes antagonísticas apresentaram topologia com certa
modularidade e baixos níveis de especialização e aninhamento, com estruturas
determinadas pelas diferenças entre os domínios fitogeográficos, quanto à
composição de espécies de ambos os grupos, bem como das interações entre eles. No
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Pantanal, as redes mutualísticas foram mais aninhadas, e as redes antagonísticas mais
especializadas e modulares que as do Cerrado. Entre as bacias hidrográficas, a rede
antagonística do Miranda foi mais especializada e modular que a do rio Negro.
Interações mutualísticas respondem questões diferentes das interações antagonísticas,
ambas embutidas de particularidades ecológicas e evolutivas, assim como os domínios
fitogeográficos do Cerrado e do Pantanal. Apesar de não ser sido possível confirmar as
diferenças esperadas entre esses domínios, devido justamente às diferenças temporais
existentes também nas redes mutualísticas e antagonísticas, houve correspondência
direta da métrica aninhamento com a dominância de espécies. |
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Análise taxonômica, funcional e filogenética de comunidades de peixes em ambientes lóticos na bacia do rio Ivinhema, Alto Rio Paraná, MS |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
30/05/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Agostinho Carlos Catella
- Edson Fontes de Oliveira
- Fabio de Oliveira Roque
- Fabrício Barreto Teresa
- Lilian Casatti
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Resumo |
O Brasil, um país de proporções continentais, possui uma enorme rede hidrológica distribuída em diferentes ecossistemas, o que contribui, entre outros fatores, para uma grande diversificação de espécies de peixes em ambientes de água doce. Compreender os processos que levam a esta diversificação é um dos grandes desafios da ecologia de comunidades. Neste sentido, o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de compreender parte destes processos, bem como de avaliar as influências das características ambientais sobre a composição taxonômica, funcional e filogenética de comunidades de peixes em ambientes lóticos, considerando também as interações bióticas como parte destes mecanismos de estruturação das comunidades. Para tanto, três capítulos foram elaborados a partir de um banco de dados de 13 anos de amostragens ao longo da bacia do rio Ivinhema (2000 à 2012), inserido em um trecho livre de represamentos e afluente oeste da bacia do Alto Rio Paraná. Primeiramente (capítulo 1), com o intuito de gerar conhecimentos acerca das espécies ocorrentes na bacia, uma lista de espécies foi construída com base em dados de campo e em consultas a coleções científicas. A composição taxonômica de trechos de diferentes corpos hídricos foi descrita e avaliada ao longo do gradiente fluvial. Detectou-se que há um processo de adição e de substituição de espécies no sentido montante-jusante e que a ocorrência das espécies foi influenciada pelas diferentes combinações de características ambientais. Posteriormente (capítulo 2), ao testar as regras de montagem em comunidades de peixes de riachos, verificou-se que estas comunidades foram estruturadas principalmente pelos filtros ambientais, sendo que riachos com condições mais restritivas, com velocidades da água mais elevadas, mais rasos e localizados em maiores altitudes definiram comunidades com maiores valores de agregação filogenética e funcional. Por último (capítulo 3), ao avaliar como as características funcionais das espécies de peixes e as diversidades filogenética (PD) e funcional (FD) são influenciadas pelas variáveis ambientais, verificou-se que riachos de menores altitudes, mais volumosos e menos correntosos abrigaram comunidades de peixes funcionalmente mais dissimilares e filogeneticamente menos relacionadas entre si, ou seja, ambientes com menos restrições abrigam comunidades mais diversas, com maiores valores de PD e FD. A composição funcional das comunidades de peixes foi fortemente influenciada pelas características físicas do habitat e pela altitude; riachos hidrologicamente mais instáveis e de altitudes elevadas foram mais seletivos em relação às características das espécies. |
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PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DA MIRMECOFAUNA (HYMENOPTERA, FORMICIDAE) NO CHACO BRASILEIRO |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
25/04/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Arnildo Pott
- Gustavo Graciolli
- Jacques Hubert Charles Delabie
- William Fernando Antonialli Júnior
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Resumo |
O Gran Chaco é o único bosque seco subtropical do mundo. Considerado a segunda floresta mais extensa da América do Sul, ocorre preponderantemente na Argentina, Paraguai e Bolívia, sendo que apenas sete centésimos da sua área localizam-se no Brasil, no extremo sul da planície pantaneira, onde apresenta quatro fitofisionomias mais marcantes e diversas espécies vegetais endêmicas. Apesar de sua reconhecida importância ecológica no contexto continental, a fração brasileira do Chaco passa por sérias ameaças, como o desmatamento, e são incipientes os estudos da biodiversidade local. Entre os grupos de organismos que poderiam contribuir para o conhecimento dessa fração, incluem-se as formigas, por apresentarem muitos táxons especializados, por serem facilmente amostráveis, relativamente fiéis aos ambientes por elas requeridos e sensíveis às mudanças ambientais. Com esta preocupação, no período de outubro de 2010 a janeiro de 2013 foi realizado o presente trabalho, objetivando caracterizar as assembleias de formigas epigeicas nas principais fitofisionomias chaquenhas no município de Porto Murtinho (MS), analisar se existem diferenças espaciais na riqueza e composição de espécies, como este resultado é afetado pelos diferentes métodos de amostragem comumente utilizados e quais espécies de formigas estão associadas a mirmecófitas amplamente distribuídas na área de estudo. Como resultado desse inventário são apresentadas, por fitofisionomia e método de coleta, 218 espécies e morfoespécies de formigas. Destas, 52 foram consideradas indicadoras de alguma das fitofisionomias (i.e, a diversidade e a composição encontradas podem ser explicadas pela diferenciação entre as fitofisionomias do Chaco Brasileiro), duas são espécies não descritas e 31 estão intimamente associadas a mirmecófitas, como Triplaris gardneriana (Polygonaceae), em que foram encontrados ninhos de dez espécies de formigas (são apresentados aspectos da ecologia, morfometria e formas de ocupação dos entrenós). |
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Variação na expressão da tristilia em uma espécie autoincompatível: implicações para a manutenção da heterostilia |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
11/12/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Clemens Peter Schlindwein
- Flávio Antônio Maes dos Santos
- Hélder Nagai Consolaro
- Michael John Gilbert Hopkins
- Paulo Eugênio Alves Macedo De Oliveira
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Resumo |
A tristilia é um polimorfismo genético pouco frequente em angiospermas, onde flores possuem três
morfotipos florais que diferem quanto à altura dos estigmas em relação aos estames. Polinizações
legítimas ocorrem por meio da transferência de pólen entre alturas equivalentes de antera e
estigma. O sistema é acompanhado de diversas características auxiliares e incompatibilidade
heteromórfica, logo qualquer outra combinação entre pólen e estigma resulta em poucas ou
nenhuma semente. A tristilia é apontada como mecanismo promotor de alogamia por meio de
polinização cruzada intermediada por visitantes florais especializados, além de redução da
interferência intrafloral entre pólen e estigma. A ação de forças estocásticas e deterministas podem
rapidamente desestabilizar a tristilia e levar à quebra do sistema favorecendo a endogamia. Neste
estudo viso compreender quais fatores determinam a manutenção e quebra da tristilia em
Eichhornia azurea, espécie neotropical auto-incompatível de ampla distribuição geográfica.
Amostrei populações no Pantanal, maior planície alagável do mundo, o qual tem a paisagem
determinada pelo pulso de inundação anual. O estudo esta estruturado em três capítulos; no
primeiro estimo a frequência dos morfotipos florais da espécie e quais são as forças estruturadoras
que determinam sua frequência em populações ao longo de um gradiente de inundação no
Pantanal. No segundo capítulo investigo a variação da comunidade de visitantes florais e sua
funcionalidade entre populações e relação com a reciprocidade hercogâmica entre morfotipos
florais de E. azurea. No terceiro e último capítulo investigo os fatores que determinam a variação
de tratos florais e quebra da tristilia em E. azurea. Discuto a importância do fator biótico visitante
floral e abiótico gradiente de inundação como forças direcionadoras para a manutenção e quebra
da tristilia em E. azurea no Pantanal. |
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Aspectos ecológicos da estrutura da vegetação em áreas inundáveis dominadas por Byrsonima cydoniifolia e Tabebuia aurea no Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
22/03/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Geraldo Alves Damasceno Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gisaine de Andrade Amador
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Banca |
- Arnildo Pott
- Beatriz Schwantes Marimon
- Marcelo Trindade Nascimento
- Marize Terezinha Lopes Pereira Peres
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Resumo |
Byrsonima cydoniifolia e Tabebuia aurea ocorrem em formações savânicas e florestais do Pantanal. Estas espécies podem ocorrer de maneira esparsa na vegetação, porém, em algumas regiões, são capazes de cobrir extensas áreas sazonalmente inundáveis e constituírem formações monodominantes. O estudo foi conduzido nas regiões do Miranda e Nabileque, Pantanal, Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. Em 5 ha de cada região, foram estabelecidas 10 parcelas de 0,5 ha para avaliar a relação entre a densidade de B. cydoniifolia e T. aurea com as condições do solo e inundação com o objetivo na tentativa de identificar quais características estão relacionadas à distribuição destas formações nas áreas estudadas. Também foram realizados estudos dendrocronológicos com 10 indivíduos de T. aurea para identificar quais condições favorecem o estabelecimento das populações como monodominante. Bioensaios em laboratório foram realizados para testar a existência de atividade alelopática de B. cydoniifolia sobre a germinação e crescimento de Lactuca sativa. A avaliação da dinâmica da estrutura da vegetação herbácea e plântulas nas duas áreas de estudo foi realizada para verificar como varia a cobertura vegetal das espécies em relação aos períodos de chuva, cheia e seca e às condições do solo. Os solos arenosos com baixa fertilidade estão relacionados à elevada densidade de B. cydoniifolia, enquanto T. aurea tende a ocorrer em solos argilosos e mais férteis. O estabelecimento das populações de T. aurea é favorecido nos períodos de anos de seca. Byrsonima cydoniifolia apresenta atividade alelopática sobre a espécie alvo selecionada. As mudanças na cobertura das espécies herbáceas e plântulas ao longo do ano apresentou forte correlação com as características químicas e textura do solo nas duas áreas de estudo; sendo que a inundação foi significativa somente para a região do Miranda. |
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Geotecnologias na análise da estrutura e dinâmica da paisagem do Parque Estadual das Nascentes do rio Taquari-MS |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
21/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alfredo Marcelo Grigio
- Luiz Eduardo Mantovani
- Marco Antonio Diodato
- Venerando Eustáqui Amaro
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
Uma das características fundamentais da ecologia da paisagem é o estudo da estrutura da
paisagem, que consiste nas relações espaciais entre os distintos elementos presentes, mais
especificamente, relacionar as dimensões, formas, número, tipo e configuração dos diferentes elementos
da paisagem com a distribuição de matéria, energia e espécies. As geotecnologias são as ferramentas
ideais para estudos que envolvem a análise da paisagem. Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar
a estrutura da paisagem de uma unidade de conservação formal, o Parque Estadual das Nascentes do Rio
Taquari, descrevendo os elementos espaciais que determinam os processos ecológicos existentes e sua
importância na conservação biológica, utilizando geotecnologias. A análise em conjunto do
relevo/geomorfologia, fitofisionomias, área ocupada pelos remanescentes de vegetação nativa, grau de
fragmentação, do tamanho e da forma dos fragmentos, a relação do NDVI com a estrutura da vegetação,
ou seja, dos parâmetros que determinam os processos ecológicos existentes e sua importância na
conservação biológica, mostraram-se ferramentas eficientes e fornecem subsídios para o melhor manejo
desta unidade de conservação, ajudando-a na sua sustentabilidade e na manutenção da biodiversidade
local. |
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"Estratégia de forrageamento das larvas de Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmeleontidae)" |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Tatiane do Nascimento Lima
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Banca |
- Antonio Pancracio de Souza
- Fabio de Oliveira Roque
- Glauco Machado
- Gustavo Graciolli
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Resumo |
Neste trabalho foram estudados alguns aspectos envolvidos na estratégia de forrageamento das larvas da formiga-leão Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmleontidae). As larvas foram observadas e coletadas em uma área de reserva florestal de mata ciliar em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, entre março de 2009 e fevereiro de 2011. Em laboratório, foram montados experimentos nos quais foram observadas as relações entre os custos e os benefícios da captura de presas por larvas de M. brasiliensis. Foi observado que as larvas tendem a adaptar o tamanho de suas armadilhas de acordo com as variações de oferta de alimento e da frequência de perturbação imposta às suas armadilhas. Com a construção de uma armadilha grande, o ganho com o sucesso na captura de presas sobrepõe os custos da sua manutenção. Também foi observado que há uma relação negativa entre o tamanho da presa e o sucesso de predação e uma relação positiva entre o tamanho da presa e o tempo gasto com a sua captura. O aumento no tamanho da presa não acarreta na destruição na armadilha, e sugere que a captura de presas pequenas pelas larvas de M. brasiliensis seja mais vantajosa para todos os estádios larvais. Nos estudos desenvolvidos no ambiente natural foi observado se a presença de M. brasiliensis afeta o forrageamento das formigas (Hymenoptera, Formicidae). Também foi observado que as larvas de M. brasiliensis consumiram presas que representaram somente uma parcela das espécies de presas disponíveis. Sendo que, as larvas capturaram uma maior proporção de presas dos tamanhos mais frequentes em todos os estádios. Além disso, as estimativas de riqueza de espécies de presas aumentaram em função do aumento no tamanho das armadilhas. |
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Efeito da disponibilidade de recursos alimentares sobre a diversidade e a composição de espécies de morcegos filostomídeos em regiões do Pantanal e do Cerrado |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Josue Raizer
- Marcelo Oscar Bordignon
- Marcelo Rodrigues Nogueira
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Resumo |
A especialização alimentar dos morcegos filostomídeos aparentemente tem fortes influências
históricas e tem sido apontada como um dos principais mecanismos que permitem a co-ocorrência de
várias espécies. Por outro lado, esta especialização pode implicar na ausência ou na baixa abundância
de determinada espécie em locais onde seu recurso alimentar principal é escasso. Neste estudo avalio
se há diferenças entre a planície (Pantanal) e o planalto (Cerrado) na diversidade de morcegos
filostomídeos, na diversidade de recursos alimentares disponíveis e na diversidade de itens
consumidos. Avalio também se a composição das espécies de frutos e flores e das ordens de
artrópodes disponíveis como recurso alimentar determinam a composição de espécies de morcegos
filostomídeos na planície e no planalto. A comunidade de filostomídeos do Cerrado apresentou maior
riqueza (S = 15) e índice de diversidade de Shannon (H’ = 1,46) que o Pantanal (S = 10 e H’ = 0,71,
respectivamente). A maior riqueza e diversidade de itens alimentares disponíveis no Cerrado que no
Pantanal permitem um número maior de espécies de morcegos filostomídeos naquela região. A
riqueza e diversidade de itens consumidos pelos morcegos também foram maiores no Cerrado que no
Pantanal. As maiores abundâncias relativas dos morcegos frugívoros Artibeus planirostris e
Platyrrhinus lineatus no Pantanal que no Cerrado são determinada pelas maiores abundâncias
relativas de seus alimentos principais – frutos de Ficus spp. e Cecropia pachystachya – no Pantanal
que no Cerrado. Por outro lado, as maiores abundâncias relativas dos frugívoros Carollia
perspicillata e Sturnira lilium e do nectarívoro Glossophaga soricina no Cerrado são determinadas
pelas maiores abundâncias relativas de seus alimentos principais – frutos de Piper spp. e recursos
florais – no Cerrado que no Pantanal. Os resultados sustentam que a composição e abundância de
plantas usadas como fontes alimentares determinam, em grande parte, a ocorrência e a abundância
local de espécies de filostomídeos no Cerrado e no Pantanal. Adicionalmente, corroboram hipótese
que a especialização alimentar é um fator chave para a co-ocorrência de espécies de filostomídeos. |
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"O fogo no Parque Nacional das Emas: efeitos na comunidade vegetal, fauna antófila e redes de interação" |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Frederico Santos Lopes
- Luciano Elsinor Lopes
- Luis Fernando Alberti
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Na região Neotropical, a maioria das Angiospermas depende predominantemente de animais como vetores de transferência de pólen e estes, por sua vez, utilizam recursos florais para as mais diversas finalidades (alimentação, nidificação, cópula). Estas relações entre as plantas e seus visitantes florais foram os objetos deste estudo, o qual teve por objetivos: (i) investigar os padrões de fenologia da floração das espécies, tendo em vista a disponibilidade de recursos florais para a fauna antófila, (ii) caracterizar a estrutura das redes de interação plantas-visitantes florais, verificando os efeitos da inserção de pilhadores nas análises da rede planta-polinizador e (iii) verificar como o fogo afeta a composição de espécies vegetais, a diversidade e quantidade de recursos florais disponíveis e definir como essas características podem explicar a variação na composição da fauna antófila, como forma de entender os efeitos indiretos do fogo sobre a comunidade de visitantes florais. O estudo foi conduzido entre outubro de 2008 e setembro de 2009, em áreas de campo sujo no Parque Nacional das Emas (PNE), utilizando 37 parcelas fixas de 15 x 25 m. Espécies em floração foram registradas durante todo o período de estudo e diversos tipos de recursos florais estiveram disponíveis ao longo de todo o ano. Os padrões fenológicos da comunidade refletiram o padrão registrado para estrato herbáceo-subarbustivo, o qual é dominante na área, com mais de 70 % das espécies registradas. Apesar da abundância e riqueza deste estrato, foi o componente arbustivo-arbóreo o responsável pela maior quantidade e diversidade de recursos florais ofertados durante o ano. A fauna antófila (285 espécies) foi composta exclusivamente por insetos, os quais atuaram principalmente como pilhadores, com exceção de abelhas, moscas e vespas. As redes foram aninhadas e modulares em todos os níveis estudados (polinizadores, pilhadores e visitantes florais). Desta forma a inclusão de pilhadores nas análises não resultou em alterações na estrutura da rede. A frequência de queimadas e tempo decorrido desde a última queima não influenciaram a riqueza ou abundância das espécies vegetais, mas afetaram a composição. Não foram observadas alterações significativas na comunidade de visitantes florais e nas redes de interação. Ao que tudo indica, há um rápido reestabelecimento da comunidade de visitantes florais e de suas interações com as plantas após o fogo. |
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FENOLOGIA DE FLORAÇÃO, SISTEMA REPRODUTIVO E EFETIVIDADE DE POLINIZAÇÃO DA ESPÉCIE DISTÍLICA PSYCHOTRIA CARTHAGENENSIS JACQ. (RUBIACEAE) EM ÁREAS DE CERRADO |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Pedroso Lorenz
- Cibele Cardoso Castro
- Isabel Alves Dos Santos
- Maria Rosangela Sigrist
- Silvana Buzato
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Resumo |
RESUMO GERAL
A espécie distílica Psychotria carthagenensis Jacq. é um arbusto de sub-bosque, distribuída da Costa Rica até a Argentina. Estudos prévios indicam uma ampla gama de variações nos atributos relacionados à distilia, sugerindo diferentes estratégias reprodutivas nas diversas populações. Este estudo teve como objetivo (i) avaliar a fenologia de floração de P. carthagenensis e a interação com seus visitantes florais; (ii) descrever o sistema reprodutivo de P. carthagenensis; (iii) verificar a efetividade dos polinizadores Apis mellifera e Augochloropsis sp para os morfos florais de P. carthagenensis. Entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010 foram realizados censos de flores e de polinizadores, experimentos de polinização manual e foi avaliado o efeito de uma única visita de Apis mellifera e Augochloropsis sp, os polinizadores mais frequentes, na frutificação de P. carthagenensis no Parque Estadual do Prosa, Reserva Biológica da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Reserva Natural da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, todas as populações localizadas no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. A floração de P. carthagenensis nas três populações ocorreu de outubro a dezembro, com alto grau de sincronia populacional e também entre os morfos florais. As taxas de visitas não diferiram entre morfos florais e apresentaram alta similaridade na composição de espécies de visitantes florais. As populações estudadas apresentaram isopletia e houve alta reciprocidade no posicionamento de estames e estigmas. As flores de P. carthagenensis são autocompatíveis, sendo compatíveis também com plantas do mesmo morfo. Não houveram diferenças significativas entre os morfos quando comparados os dados de frutificação resultantes de visitas de A. mellifera e Algochlropsis sp e os dados de polinização cruzada. Apesar de ocorrer em populações localizadas em fragmentos isolados e sob influência antrópica, P. carthagenensis parece sustentar interações que beneficiam sua reprodução, pela generalização quanto ao uso dos visitantes florais aliada à sua exibição floral sincrônica. Além disso, a quebra do sistema de auto-incompatibilidade apresentada por P. carthagenensis pode assegurar a reprodução da espécie na ausência de seus polinizadores. |
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RELAÇÕES ENTRE ICTIOFAUNA, CONECTIVIDADE E DISPONIBILIDADE DE ABRIGO EM HABITATS TEMPORARIAMENTE INUNDÁVEIS, NATIVOS OU ANTROPIZADOS, NO PANTANAL DE MATO GROSSO |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Emiko Kawakami de Resende
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Angelo Antônio Agostinho
- Jerry Magno Ferreira Penha
- Kennedy Francis Roche
- Paulo Andreas Buckup
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Este estudo poderia ter sido minha dissertação de mestrado, mas não o foi por falta de
apoio. A maioria das idéias vem de 2003 e 2004, derivadas da vontade de testar fenômenos
flagrados por observações naturalísticas. Certamente que as conversas com os caros ictiólogos
Izaías Fernandes, Jerry Penha e Francisco Machado, modelaram muitas abordagens, e o leitor
poderá comprovar isso nas citações e agradecimentos.
Com quatro anos de atraso, apresentamos os resultados dessas idéias postas à prova,
com o apoio de nova orientadora, que aceitou francamente o desafio e depositou honrável
confiança na idéia.
Essa confiança permitiu, inclusive, uma estrutura um pouco excêntrica de manuscrito,
misturando partes descritivas e detalhadas (5.1) e na forma de artigos (5.2 e 5.3), inclusive um
treino para aplicação de ecologia de peixes de alagados no fornecimento de informações sobre
impactos ambientais (afinal, “Ecologia & Conservação”). Esse treino, simulando um estudo de
impactos ambientais, tem como metas linguagem voltado ao público em geral e análise dos
dados baseada em interpretações gráficas.
Nos capítulos em forma de artigo são simplificadas, porém repetidas, coisas como e
área de estudos, materiais e métodos e bibliografia citada. Não é a intenção tornar a leitura
enfadonha com essas repetições, então a tempo, não é necessário a leitura seqüencial das
partes da tese. Garanto ao leitor que tentei não seguir os conselhos de Sand-Jensen (2007) na
redação das passagens menos formais... |
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COMUNIDADES DE MORCEGOS SOB DIFERENTES INTENSIDADES DE IMPACTO DA PECUÁRIA NO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
07/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christoph Friedrich Johannes Meyer
- Gledson Vigiano Bianconi
- Guilherme de Miranda Mourão
- Marcelo Oscar Bordignon
- Wilson Uieda
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Resumo |
Os morcegos têm sido considerados como grupo potencialmente indicador de perturbações ambientais por apresentarem ampla distribuição geográfica, diversidade de espécies e grande variedade de hábitos alimentares. O Pantanal, maior planície inundável do mundo, tem como base de sua economia a pecuária de corte, entretanto pouco se conhece sobre os impactos causados pelo gado sobre as comunidades naturais. Neste trabalho busco entender os efeitos da presença do gado sobre as comunidades de morcegos (composição, riqueza e diversidade), assim como sobre a dieta dos morcegos e sobre a fauna de ectoparasitas associados. Foram avaliados nove sítios com diferentes intensidades de uso pelo gado. As espécies de morcegos, itens alimentares e ectoparasitas foram amostrados em sete expedições, entre 2006 e 2007. Os sítios com intensidade intermediária de uso pelo gado apresentaram maior riqueza e diversidade de morcegos que os sítios com ausência de gado ou sítios com alta intensidade de uso pelo gado. A composição da dieta dos morcegos foi mais rica também sob condições intermediárias da intensidade de uso do ambiente pelo gado. Quanto à comunidade de ectoparasitos, apenas os carrapatos variaram com diferentes intensidades de uso pelo gado. Estes foram menos abundantes nos sítios com intensidade de uso intermediário. Provavelmente, níveis intermediários de perturbação pelo gado propiciam maior heterogeneidade de plantas e insetos utilizados como presas, levando os morcegos a uma dieta mais rica. Mudanças na comunidade de morcegos em diferentes intensidades de uso pelo gado refletiram alterações em outros grupos, insetos e vegetação, reforçando a importância de trabalhos com morcegos para inferência a respeito do estado de conservação do ambiente. |
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